NUTRIENTES E COMPONENTES BIOATIVOS PRESENTES NOS ALIMENTOS POSSUEM POTENCIAL AÇÃO CARDIOPROTETORA
As doenças cardiovasculares (DCV) representam cerca de 30% de todas as causas de morte no mundo. Atingem grandes contingentes populacionais e representam elevados custos sociais e econômicos2,12,20,23. Diversos estudos epidemiológicos realizados nas últimas décadas têm demonstrado a estreita relação entre a causalidade das DCV e fatores dietéticos1,15.
O estudo Interheart, realizado com 27.098 pacientes com idade média de 56 anos em 52 países, avaliou o estilo de vida, incluindo fatores psicossociais, consumo de frutas e vegetais, consumo regular de álcool, tabagismo, atividade física e presença de fatores de risco cardiovascular. Os resultados mostraram que, para indivíduos que além do consumo regular de frutas e vegetais exerciam atividade física regular e não possuíam o hábito de fumar, o risco de infarto do miocárdio foi 80% menor24.
A American Heart Association (AHA), em seu Guia para a população Americana (2010), sugere a manutenção de peso saudável, auxiliado pela atividade física regular e consumo adequado de calorias (em uma dieta equilibrada) para a redução do risco e controle das DCV. Recomenda o consumo de cereais integrais, frutas e vegetais, peixes, oleaginosas, proteínas vegetais, alimentos fonte de ômega -3 e vitaminas (A, C, D, E, B6 e B12)3. As IV Diretrizes Alimentares para as Dislipidemias e Aterosclerose, publicada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007), recomenda o consumo de alimentos fonte de fibras (20-30g/dia, no qual 5-10g sejam solúveis, como medida adicional para a redução do colesterol), fitoesteróis (2g/dia), proteína de soja (25g/dia), compostos fenólicos, ômega-3 e ômega-6 19.
O consumo de alimentos à base de soja4,7,17,22, aveia, psyllium, linhaça, chá, alho, peixes, uvas, nozes 10,11 e margarinas enriquecidas com fitoesteróis5,7,21,14 pode ajudar na redução do risco de DCV por vários mecanismos potenciais: melhor complacência arterial, redução dos níveis de lipídios no sangue e da densidade de lipoproteínas de baixa oxidação, e também diminuição de placas e inibição da agregação plaquetária7,17.
Evidências científicas têm demonstrado que nutrientes e componentes bioativos presentes nos alimentos possuem potencial ação cardioprotetora, tais como: Proteína de Soja. Como alternativa aos alimentos fonte de proteína, destaca-se a proteína de soja (proteína texturizada de soja, bebida à base de soja, queijo à base de soja - tofu), uma vez que apresenta propriedades de melhora no perfil lipídico4, aumenta a elasticidade da parede arterial e atenua os mecanismos relacionados à inflamação sistêmica e ao estresse oxidativo4,22.
Meta-análise feita por Anderson e col (1995) mostrou que o consumo de proteína de soja em substituição à proteína animal resulta em diminuição significativa do colesterol total, do LDL-colesterol (LDL-C) e de triglicérides4. Em 2006, a AHA destacou que o consumo de proteína isolada da soja associava-se à redução de aproximadamente 3% no LDL-C, concluindo que o consumo de produtos à base de soja pode ser benéfico para a saúde cardiovascular em geral, devido à presença de diversos nutrientes e compostos bioativos (baixo conteúdo de ácidos graxos saturados, elevado conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados, fibras, vitaminas e minerais) que, em sinergia, podem reduzir o risco de algumas doenças, inclusive as cardiovasculares19.
Ácidos Graxos no Contexto das DCVEm relação às necessidades dietéticas de gorduras, há evidências científicas de que um menor consumo de gorduras saturadas e trans (= 1% ingestão diária)13 reduzem os riscos de DCV, preconizando substituí-las por gorduras poliinsaturadas8,10,11.Com o objetivo de avaliar os efeitos da substituição de gordura saturada por quantidades isocalóricas de gordura poliinsaturada, carboidrato ou gordura monoinsatura, Jakobsen e col (2009) realizaram um estudo longitudinal incluindo 11 coortes americanas e européias. Demonstrou-se que há, de fato, diferença no risco de DCV dependendo do tipo de substituição, indicando benefícios significativos na redução de Doença Arterial Coronariana (DAC) quando os indivíduos reduzem o consumo de gordura saturada da dieta, desde que esta redução seja acompanhada pelo aumento do consumo de ácidos graxos poliinsaturados9.
Assim, a mudança de hábitos e comportamento requer esforço coletivo, como políticas de saúde mais abrangentes objetivando a valorização de consumo de alimentos mais saudáveis, substituições alimentares inteligentes e mudanças de estilo de vida. Portanto, práticas educativas implementadas por equipes multidisciplinares que conscientizem a população, bem como a consolidação de iniciativas governamentais são fundamentais para reverter a atual situação de morbimortalidade das doenças crônicas não transmissíveis, dentre as quais se destacam as doenças cardiovasculares, que ocupam as primeiras posições de causalidade de mortes16,17,18.
Referências:
1. Albert, NM. We are what we eat: women and diet for cardiovascular health. J Cardiovasc Nurs. 2005; Nov-Dec; 20(6):451-60.
2. American Heart Association. Heart disease and stroke statistics. 2005. Update. Dallas, Texas: American Heart Association; 2005
3. American Heart Association.American Stroke Association. 2010 Dietary Guidelines for Americans. Heart Disease and Stroke. You're the cure. 2010.
4. Anderson, JW, Jostone, BM, Cook-Newell, ME. Meta-analysis of the effects of soy protein on serum lipids. NEJM 1995; 333:276-282.
5. Damasceno, NágilaRaquel Teixeira. Nutrição e Doenças Cardiovasculares: Uma Revisão. Nutrição em Pauta jul/ago, 2009.
6. Hagdrup MD, Simões, EJ, Brownson RC. Fruit and vegetable consumption in Missouri: knowledge, barriers and benefits. Am J Health Behav. 1998; 22(2):90-100.
7. Hasler, CM; Kundrat, S; Lã, D. Functional foods and cardiovascular disease. Curr Atheroscler Rep. 2000;2(6):467-75.
8. Hu FB, Stampfer MJ, Manson JE, et al. Dietary fat intake and the risk of coronary heart disease in women. N Engl J Med 1997; 337:1491-9.
9. Jakobsen MU, O´Reilly EJ, Heitmann BL, Pereira MA, Bälter K, Fraser GE, Goldbourt U, Hallmans G, Knekt P, Liu S, Pietinen P, Spiegelman D, Stevens J, Virtamo J, Willett WC, Ascherio A. Major types of dietary fat and risk of coronary heart disease: a pooled analysis of 11 cohort studies. Am J Clin Nutr 2009; 89(5): 1425-32.
10. Matthan NR, Welty FK, Barrett PH, Harausz C, Dolnikowski GG, Parks JS, Eckel RH, Schaefer EJ, Lichtenstein AH. Dietary hydrogenated fat increases high-density lipoprotein apoA-I catabolism and decreases low-density lipoprotein apoB-100 catabolism in hypercholesterolemic women. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2004; 24: 1092-1097.
11. Mozaffarian D, Aro A, Willett WC. Health effects of trans-fatty acids: experimental and observational evidence. European Journal of Clinical Nutrition 2009; 63: S5-S21.
12. Organização Mundial da Saúde - OMS. Obesity and Overweight. [acesso em 20/02/2011]. in: http://www.who.int/dietphysicalactivity/media/em/gsfsobesity.pdf.
13. Organização Mundial da Saúde - OMS. Diet Nutrition and Prevention of chronic diseases. Report of a joint WHO/FAO expert consultation. Geneva, 2009, disponível em:http://www.who.ent/hpr.
14. Plat J, Mensink RP. Plant stanol and sterol esters in the control of blood cholesterol levels: mechanism and safety aspects. Am J Cardiol. 2005;96(1A):15D-22D. 15. Pryde, MM e Kannel, WB. Efficacy of dietary behavior modification for preserving cardiovascular health and longevity. Cardiol Res Pract. 2010; 2011:820457.
16. Reddy, KS. Cardiovascular diseases in the developing countries: dimensions, determinants, dynamics and directions for public health action. Public Health Nutr. 2002;5(1A):231-7.
17. Retelny VS, Neuendorf A, Roth JL. Nutrition protocols for the prevention of cardiovascular disease Nutr Clin Pract. 2008;23(5):468-76
18. São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde, Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre Vranjac, Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DDCNT. Programa alimentação saudável na Prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. 2.ed. São Paulo; 2002 [acesso em 20 fev. 2011]. Disponível:http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cronicas/dcnt_docman.htm.
19. Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Arquivos Brasileiros de Cardiologia 2007;88(1):2-19.
20. Strong K, Mathers C, Leeder S, Beaglehole R. Preventing chronic diseases: how many lives we can save? Lancet. 2005; 366(9496): 1578-82.
21. Theuwissen E, Plat J, van der Kallen CJ, van Greevenbroek MM, Mensink RP. Plant stanol supplementation decreases serum triacylglycerols in subjects with overt hypertriglyceridemia. Lipids. 2009;44(12):1131-40.
22. Van Popele NM, Grobbe De Bots MI et al Association between arterial stiffness and atherosclerosis: the Rotterdam Study Stroke; 2001.
23. Willett WC. Nutritional epidemiology. 2nd ed. New York: Oxford University Press; 1998.
24. Yosuf S, Hawkewn S, Ôunpuu S, Dans T, Avezum A, Lanas F, et al. Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEARTH study): case-control study. Lancet. 2004; 364(9438):937-952.
O estudo Interheart, realizado com 27.098 pacientes com idade média de 56 anos em 52 países, avaliou o estilo de vida, incluindo fatores psicossociais, consumo de frutas e vegetais, consumo regular de álcool, tabagismo, atividade física e presença de fatores de risco cardiovascular. Os resultados mostraram que, para indivíduos que além do consumo regular de frutas e vegetais exerciam atividade física regular e não possuíam o hábito de fumar, o risco de infarto do miocárdio foi 80% menor24.
A American Heart Association (AHA), em seu Guia para a população Americana (2010), sugere a manutenção de peso saudável, auxiliado pela atividade física regular e consumo adequado de calorias (em uma dieta equilibrada) para a redução do risco e controle das DCV. Recomenda o consumo de cereais integrais, frutas e vegetais, peixes, oleaginosas, proteínas vegetais, alimentos fonte de ômega -3 e vitaminas (A, C, D, E, B6 e B12)3. As IV Diretrizes Alimentares para as Dislipidemias e Aterosclerose, publicada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2007), recomenda o consumo de alimentos fonte de fibras (20-30g/dia, no qual 5-10g sejam solúveis, como medida adicional para a redução do colesterol), fitoesteróis (2g/dia), proteína de soja (25g/dia), compostos fenólicos, ômega-3 e ômega-6 19.
O consumo de alimentos à base de soja4,7,17,22, aveia, psyllium, linhaça, chá, alho, peixes, uvas, nozes 10,11 e margarinas enriquecidas com fitoesteróis5,7,21,14 pode ajudar na redução do risco de DCV por vários mecanismos potenciais: melhor complacência arterial, redução dos níveis de lipídios no sangue e da densidade de lipoproteínas de baixa oxidação, e também diminuição de placas e inibição da agregação plaquetária7,17.
Evidências científicas têm demonstrado que nutrientes e componentes bioativos presentes nos alimentos possuem potencial ação cardioprotetora, tais como: Proteína de Soja. Como alternativa aos alimentos fonte de proteína, destaca-se a proteína de soja (proteína texturizada de soja, bebida à base de soja, queijo à base de soja - tofu), uma vez que apresenta propriedades de melhora no perfil lipídico4, aumenta a elasticidade da parede arterial e atenua os mecanismos relacionados à inflamação sistêmica e ao estresse oxidativo4,22.
Meta-análise feita por Anderson e col (1995) mostrou que o consumo de proteína de soja em substituição à proteína animal resulta em diminuição significativa do colesterol total, do LDL-colesterol (LDL-C) e de triglicérides4. Em 2006, a AHA destacou que o consumo de proteína isolada da soja associava-se à redução de aproximadamente 3% no LDL-C, concluindo que o consumo de produtos à base de soja pode ser benéfico para a saúde cardiovascular em geral, devido à presença de diversos nutrientes e compostos bioativos (baixo conteúdo de ácidos graxos saturados, elevado conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados, fibras, vitaminas e minerais) que, em sinergia, podem reduzir o risco de algumas doenças, inclusive as cardiovasculares19.
Ácidos Graxos no Contexto das DCVEm relação às necessidades dietéticas de gorduras, há evidências científicas de que um menor consumo de gorduras saturadas e trans (= 1% ingestão diária)13 reduzem os riscos de DCV, preconizando substituí-las por gorduras poliinsaturadas8,10,11.Com o objetivo de avaliar os efeitos da substituição de gordura saturada por quantidades isocalóricas de gordura poliinsaturada, carboidrato ou gordura monoinsatura, Jakobsen e col (2009) realizaram um estudo longitudinal incluindo 11 coortes americanas e européias. Demonstrou-se que há, de fato, diferença no risco de DCV dependendo do tipo de substituição, indicando benefícios significativos na redução de Doença Arterial Coronariana (DAC) quando os indivíduos reduzem o consumo de gordura saturada da dieta, desde que esta redução seja acompanhada pelo aumento do consumo de ácidos graxos poliinsaturados9.
Assim, a mudança de hábitos e comportamento requer esforço coletivo, como políticas de saúde mais abrangentes objetivando a valorização de consumo de alimentos mais saudáveis, substituições alimentares inteligentes e mudanças de estilo de vida. Portanto, práticas educativas implementadas por equipes multidisciplinares que conscientizem a população, bem como a consolidação de iniciativas governamentais são fundamentais para reverter a atual situação de morbimortalidade das doenças crônicas não transmissíveis, dentre as quais se destacam as doenças cardiovasculares, que ocupam as primeiras posições de causalidade de mortes16,17,18.
Referências:
1. Albert, NM. We are what we eat: women and diet for cardiovascular health. J Cardiovasc Nurs. 2005; Nov-Dec; 20(6):451-60.
2. American Heart Association. Heart disease and stroke statistics. 2005. Update. Dallas, Texas: American Heart Association; 2005
3. American Heart Association.American Stroke Association. 2010 Dietary Guidelines for Americans. Heart Disease and Stroke. You're the cure. 2010.
4. Anderson, JW, Jostone, BM, Cook-Newell, ME. Meta-analysis of the effects of soy protein on serum lipids. NEJM 1995; 333:276-282.
5. Damasceno, NágilaRaquel Teixeira. Nutrição e Doenças Cardiovasculares: Uma Revisão. Nutrição em Pauta jul/ago, 2009.
6. Hagdrup MD, Simões, EJ, Brownson RC. Fruit and vegetable consumption in Missouri: knowledge, barriers and benefits. Am J Health Behav. 1998; 22(2):90-100.
7. Hasler, CM; Kundrat, S; Lã, D. Functional foods and cardiovascular disease. Curr Atheroscler Rep. 2000;2(6):467-75.
8. Hu FB, Stampfer MJ, Manson JE, et al. Dietary fat intake and the risk of coronary heart disease in women. N Engl J Med 1997; 337:1491-9.
9. Jakobsen MU, O´Reilly EJ, Heitmann BL, Pereira MA, Bälter K, Fraser GE, Goldbourt U, Hallmans G, Knekt P, Liu S, Pietinen P, Spiegelman D, Stevens J, Virtamo J, Willett WC, Ascherio A. Major types of dietary fat and risk of coronary heart disease: a pooled analysis of 11 cohort studies. Am J Clin Nutr 2009; 89(5): 1425-32.
10. Matthan NR, Welty FK, Barrett PH, Harausz C, Dolnikowski GG, Parks JS, Eckel RH, Schaefer EJ, Lichtenstein AH. Dietary hydrogenated fat increases high-density lipoprotein apoA-I catabolism and decreases low-density lipoprotein apoB-100 catabolism in hypercholesterolemic women. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2004; 24: 1092-1097.
11. Mozaffarian D, Aro A, Willett WC. Health effects of trans-fatty acids: experimental and observational evidence. European Journal of Clinical Nutrition 2009; 63: S5-S21.
12. Organização Mundial da Saúde - OMS. Obesity and Overweight. [acesso em 20/02/2011]. in: http://www.who.int/dietphysicalactivity/media/em/gsfsobesity.pdf.
13. Organização Mundial da Saúde - OMS. Diet Nutrition and Prevention of chronic diseases. Report of a joint WHO/FAO expert consultation. Geneva, 2009, disponível em:http://www.who.ent/hpr.
14. Plat J, Mensink RP. Plant stanol and sterol esters in the control of blood cholesterol levels: mechanism and safety aspects. Am J Cardiol. 2005;96(1A):15D-22D. 15. Pryde, MM e Kannel, WB. Efficacy of dietary behavior modification for preserving cardiovascular health and longevity. Cardiol Res Pract. 2010; 2011:820457.
16. Reddy, KS. Cardiovascular diseases in the developing countries: dimensions, determinants, dynamics and directions for public health action. Public Health Nutr. 2002;5(1A):231-7.
17. Retelny VS, Neuendorf A, Roth JL. Nutrition protocols for the prevention of cardiovascular disease Nutr Clin Pract. 2008;23(5):468-76
18. São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde, Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre Vranjac, Divisão de Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DDCNT. Programa alimentação saudável na Prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. 2.ed. São Paulo; 2002 [acesso em 20 fev. 2011]. Disponível:http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cronicas/dcnt_docman.htm.
19. Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Arquivos Brasileiros de Cardiologia 2007;88(1):2-19.
20. Strong K, Mathers C, Leeder S, Beaglehole R. Preventing chronic diseases: how many lives we can save? Lancet. 2005; 366(9496): 1578-82.
21. Theuwissen E, Plat J, van der Kallen CJ, van Greevenbroek MM, Mensink RP. Plant stanol supplementation decreases serum triacylglycerols in subjects with overt hypertriglyceridemia. Lipids. 2009;44(12):1131-40.
22. Van Popele NM, Grobbe De Bots MI et al Association between arterial stiffness and atherosclerosis: the Rotterdam Study Stroke; 2001.
23. Willett WC. Nutritional epidemiology. 2nd ed. New York: Oxford University Press; 1998.
24. Yosuf S, Hawkewn S, Ôunpuu S, Dans T, Avezum A, Lanas F, et al. Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEARTH study): case-control study. Lancet. 2004; 364(9438):937-952.
Nenhum comentário:
Postar um comentário