sábado, 27 de outubro de 2012

Em uma década, país reduziu em 32% morte por AVC antes dos 70 anos


Dado foi divulgado pelo Ministério da Saúde por ocasião de congresso.
Doença está entre as principais causas de morte dos brasileiros.

Num período de dez anos, o Brasil registrou uma redução de 32% da taxa de mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas de até 70 anos, segundo o Ministério da Saúde. Entre 2000 e 2010, a taxa caiu de 27,3 para 18,4 mortes para cada 100 mil habitantes, o que representa uma diminuição média anual de 3,2%.
Segundo a pasta, foram registrados 33.369 mortes por AVC em 2010 nessa faixa etária. O AVC está entre as principais causas de morte no país. Os números foram divulgados por ocasião do 8º Congresso Mundial de AVC, que começou nesta quarta-feira (10) e prossegue até sábado (13), em Brasília.
A assistência no Sistema Único de Saúde (SUS) às vitimas de AVC isquêmico e hemorrágico foi ampliada este ano, segundo o governo. Entre as novidades, está a incorporação do medicamento alteplase e a reestruturação dos serviços para tratamento e assistência.
Arte Bem Estar AVC (Foto: Arte/G1)















A doença ocorre devido à alteração na circulação cerebral. No AVC isquêmico há a obstrução de um vaso sanguíneo cerebral, levando à diminuição da circulação em determinada região do cérebro. No hemorrágico, acontece a ruptura de um vaso sanguíneo com sangramento dentro do cérebro. Os principais fatores de risco são a hipertensão, o diabetes, o colesterol elevado e o fumo.
Duzentos hospitais da rede pública têm condições de realizar atendimentos a pacientes com AVC, segundo o ministério. Esses locais podem usar o medicamento alteplase para o tratamento às vitimas de AVC isquêmico. Aplicado até quatro horas e meia após os primeiros sintomas, o remédio diminui em 30% o risco de sequelas do AVC, além de reduzir em 18% a mortalidade.
Os sintomas mais comuns para identificar o AVC são a perda de força muscular de um lado do corpo, fala enrolada, desvio da boca para um lado do rosto, sensação de formigamento no braço, dores de cabeça súbita ou intensa, tontura, náusea e vômito, informa o Ministério da Saúde.

Metade das pessoas desiste da academia entre o 3º e 5º mês de aula


Metade das pessoas costuma desistir de praticar exercícios em academias, clubes e quadras entre o terceiro e o quinto mês de aula. Até o sexto mês, esse número chega a 65%.
Apenas 4% da população brasileira faz exercícios orientados nesses locais. Apesar disso, o número de academias cresce: em 2006, o país tinha 10 mil; hoje são mais de 25 mil.
Mas você não precisa estar matriculado em nada para começar a se mexer.
Atividade física por onde começar (Foto: Arte/G1)
Com o impacto do exercício, os ossos sofrem microfraturas e ficam com pequenas deformações. Os músculos são forçados a trabalhar e o tecido se contrai, o que também causa pequenos traumas.
Para dar combustível aos músculos, o corpo transforma a glicose estocada em energia, o que diminui o nível de açúcar no sangue (glicemia). Esse processo de queima de energia faz com que a temperatura aumente. Para controlá-la, liberamos água em forma de suor.

Depois do exercício – com repouso, alimentação adequada e hidratação –, em cerca de 12 a 24 horas o corpo passa por um processo completo de recuperação. Os ossos ficam mais fortes; os músculos, mais resistentes, e o nível de água e açúcar no corpo volta ao normal. Esse processo fortalece nosso sistema de defesa.

Além dessa recuperação, o organismo ganha mais resistência e força do que tinha antes da atividade física, justamente para poder se preparar para a próxima. É uma “supercompensação”, que faz muito bem para a saúde, mas que só funciona se os exercícios forem regulares.
Cinco exercícios para fazer em casa:
1) Fortalecimento das pernas (agachamento)
É importante porque as pernas carregam os músculos usados em qualquer deslocamento do corpo.

2) Fortalecimento do abdômen (prancha)
No abdômen, estão localizados alguns músculos profundos que são extremamente importantes para nossa sustentação, porque mantêm a estabilidade da coluna, a postura e previnem contra dores e o aparecimento de lesões .

3) Fortalecimento dos braços (flexão de cotovelo)
Para quem não trabalha carregando coisas, os braços são músculos pouco exercitados, já que temos máquinas que fazem esse trabalho. Mas aí na hora de carregar um peso maior, como uma mala, um móvel ou uma criança, se tivermos os músculos fracos, podemos ter problemas sérios e sentir dores. Por isso, é importante fortalecer o tríceps e os músculos dos braços.

4) Alongamento das pernas (parte posterior de coxa)
É importante para todo mundo que passa muito tempo sentado, uma vez que a musculatura posterior da coxa é a que mais se encurta no corpo, já que, quando sentamos, não a usamos. Para reativar esses músculos e também prevenir o encurtamento deles, é bom mantê-los em movimento.

5) Alongamento peitoral
Quem vive o estresse do dia a dia tem tendência a ir se "fechando" em termos posturais. As costas vão se arredondando e a gente vai se encurvando para a frente, o que tende a causar dores musculares no tórax e nas costas. Esse alongamento peitoral é bom para evitar essas dores e melhorar a postura.
Cinco dicas para você fazer exercícios:
1 – Experimente: Se você não gosta de atividade física, é porque ainda não encontrou uma que lhe dê prazer.
2 – Sinta os seus limites: O corpo dá pistas de como a atividade está interferindo na sua saúde. Esses sinais podem vir na hora ou no dia seguinte. Se você sentir dores, indica que exigiu demais dos músculos. Portanto, repense na sua dinâmica.
3 – Comece devagar: Você é o único que manda no seu corpo. Se nunca fez uma atividade física e quer começar, já é uma vitória. Mas não adianta sair correndo e querer resolver tudo em pouco tempo, porque não vai dar certo. Comece devagar e vá aumentando a carga, a intensidade e a frequência aos poucos. Isso vai ajudá-lo a se acostumar com o exercício.
4 – Descubra como anda a sua saúde: Ter consciência de como anda a sua saúde é fundamental antes de praticar um exercício físico. Há problemas de saúde em que algumas atividades são vetadas, mas também existem outros quadros em que se movimentar pode ajudar a combater a dor, a doença ou o problema. Portanto, vá ao médico, faça exames periódicos regulares, saiba como está a sua pressão arterial e peça ajuda na hora de escolher o exercício mais adequado.
5 – Descanse entre um treino e outro: A recomendação mais importante para quem está começando um exercício é o repouso. No início, treine um dia sim, outro não. Conforme você gostar da atividade e se acostumar com ela, pode aumentar a frequência. Mas não deixe de descansar entre um treino e outro para recuperar as energias, não ter um trauma nem prejudicar seu corpo. Além disso, o músculo só cresce quando descansa.
 

Um terço dos usuários de academias são idosos, calcula associação


Dentista de 80 anos malha 3 vezes por semana e mantém peso de jovem.
Especialistas dão dicas para se exercitar sem ter dor ou piorar problemas. 

Muitos brasileiros têm passado dos 60 anos com um ritmo diário de exercícios físicos de dar inveja a jovens e adultos sedentários. Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Academias (Acad), os idosos já são responsáveis por um terço das matrículas no país.
Esse número é equivalente a 1,8 milhão de alunos - há dez anos não passava de 300 mil.
Em Santos, no litoral sul de São Paulo, o dentista João Henrique de Mesquita, de 80 anos, é um exemplo dessa disposição há 62 anos, quando começou a malhar.
Além de fazer musculação três vezes por semana, o profissional – que ainda não pensa na aposentadoria – se mantém ativo com aulas de natação, surfe, kitesurf, caminhadas e corridas na praia.
João academia (Foto: Arquivo pessoal)João Henrique de Mesquita, de 80 anos, frequenta a academia três vezes por semana (Foto: Arquivo pessoal)
"Mantenho o peso desde os 18 anos: 70 kg em 1,76 m. Não sinto dor, não tenho colesterol alto, nada. Sempre me cuidei e tive uma alimentação saudável, e nunca malhei para ficar forte, com braço e peitoral. Isso tudo é consequência", diz Mesquita.
Segundo ele, é possível reconhecer quem não faz atividade física regular só de olhar na rua, pelo andar cansado. Mas o dentista destaca também que os exageros são tão prejudiciais quanto a falta de exercícios, e cita ex-atletas que se desgastaram e sentem dores após anos de treinamento intensivo.
"Amigos meus extrapolaram e tiveram que parar, por causa de lesões, problemas nas articulações e até rompimento do bíceps. O excesso em tudo é ruim", afirma o santista.
João praia (Foto: Arquivo pessoal)Em imagem de 2004, dentista de Santos aparece
após aula de surfe na praia (Foto: Arquivo pessoal)
E os idosos não querem apenas aulas de baixo impacto, como hidroginástica, alongamento e pilates. Procuram diversificar as modalidades e também ter um gasto calórico alto, para manter a forma.
É o caso da dona de casa paulistana Terezinha Jorge, de 63 anos, que faz natação e hidroginástica duas vezes por semana, musculação e esteira na academia do prédio há um ano, e corridas no parque com um personal trainer, para fortalecer o corpo.
"Sempre me exercitei, faço natação há 30 anos e gosto muito do estilo borboleta, que todo mundo acha pesado. Nado entre 1.000 e 1.200 metros em 45 minutos", revela.
Terezinha conta que é "caxias" e não falta a nenhuma aula, mesmo não gostando muito de musculação. Já o personal, segundo ela, é um incentivo a mais, pois, se não tiver ninguém do lado, acaba não tendo ânimo para se mexer.
Durante a menopausa, a dona de casa diz que passou por um período de pré-diabetes, hipertensão, colesterol e triglicérides altos – que já baixaram.
"Para controlar a alimentação, estou consultando uma nutricionista, porque gosto muito de comida salgada", revela.
Terezinha academia (Foto: Arquivo pessoal)Terezinha Jorge, de 63 anos, faz esteira na academia do prédio onde mora, em SP (Foto: Arquivo pessoal)
Avaliação médica
Para que a atividade na terceira idade seja prazerosa e não provoque dores, o ortopedista Erick Murata, que atua em São Paulo, destaca alguns cuidados. Para quem tem problemas na coluna ou nas articulações, como artrose no quadril, joelho ou tornozelo, o ideal é mesmo fazer exercícios mais leves, de baixo impacto, como alongamento, hidroginástica, natação, esteira e musculação – com menos carga e mais repetições.
"A pessoa não pode sofrer, precisa ter condição física, ortopédica e também força de vontade", enumera.
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE
1. Melhora o equilíbrio e a flexibilidade
2. Aumenta os reflexos e a velocidade
3. Melhora a autoestima e a independência
4. Contribui para a manutenção da densidade óssea e o aumento da massa muscular
5. Ajuda a combater a insônia e a depressão
6. Diminui o peso, a pressão arterial, os níveis de glicose, colesterol, triglicérides e os batimentos cardíacos (poupando o coração)
O médico reforça a importância de fazer uma avaliação geral antes de sair do sedentarismo, principalmente para ver as condições cardiovasculares, a pressão arterial e a capacidade respiratória.
"Se o paciente estiver bem, pode começar no dia seguinte. É recomendado fazer o check-up antes do início e a cada seis meses, ou assim que tiver alguma alteração, como falta de ar, dor no peito ou tontura", cita.
Murata ressalta que a musculação também pode trazer benefícios aos ossos, por prevenir a osteoporose ou evitar que um estágio anterior da doença avance. Segundo o ortopedista, a partir dos 45 anos, a mulher tem uma perda de massa óssea de até 1% por ano, enquanto o homem tem um desgaste anual de 0,3% a 0,5% a partir dos 50 anos.
Além disso, é indicado usar um tênis de boa qualidade. Se o indivíduo tiver preparo e não sofrer nenhuma doença, pode atingir o nível de um jovem.
A pessoa não pode sofrer na atividade, precisa ter condição física, ortopédica e também força de vontade"
Erick Murata,
ortopedista
"Tudo é questão de treino e condicionamento. E o exercício também aumenta o convívio social e melhora o humor dos praticantes", diz.
Preparação física
Na opinião do preparador Alcides Sousa da Silva, que trabalha em uma academia em São Paulo e também como personal trainer, os idosos precisam de um treino individualizado, com base no histórico clínico, para saber se há algum limite e evitar eventuais abusos.
"Assim, dá para fazer todo dia, e sempre algo diferente", enfatiza Silva, que tem 20 alunos nessa faixa entre os 110 para os quais dá aula.

'Mais difícil foi mudar a mente', avalia jovem do PR depois de eliminar 27 kg


Joyce aprendeu a pensar como magra e comer apenas para matar a fome.
Antes de começar a emagrecer, ela comia muito, sem horário e por gula.

Joyce perdeu 27 kg em pouco menos de 1 ano (Foto: Arquivo pessoal)Joyce perdeu 27 kg em pouco menos de 1 ano
(Foto: Arquivo pessoal)
Ter consciência da alimentação e não resistir às tentações do dia a dia não é uma tarefa fácil, mas é essencial para quem quer perder peso e levar uma vida saudável. Para a carioca Joyce Ribeiro, de 28 anos, aprender a pensar dessa maneira foi a maior dificuldade na tentativa de emagrecer.
“Foi muito difícil não pensar mais como gordinha. Tive que mudar a mentalidade e pensar como magra, ou seja, comer para matar a fome e não mais por gula”, lembra a jovem, que atualmente mora em Curitiba, no Paraná. Foi com esse novo pensamento que ela saiu dos 85 kg para os 58 kg, 27 kg a menos na balança.
O excesso de peso veio nos últimos 5 anos, depois que Joyce saiu do Rio de Janeiro, mudou-se para Curitiba e engravidou. “No fim de 2011, fui procurar um médico porque queria fazer uma cirurgia de redução dos seios e ele me perguntou por que eu ia gastar tanto dinheiro com aquilo se eu tinha tanta gordura sobrando”, lembra.
A jovem, que já tinha ouvido de outras pessoas que estava gordinha, se incomodou mais especialmente com a palavra do médico e usou aquilo como um incentivo para começar a mudança no estilo de vida. “Eu tinha uma imagem distorcida de mim, me acostumei com o excesso de peso. Precisei ouvir de outra pessoa para perceber que eu não estava feliz com o que via no espelho”, avalia.
Após o fim do ano, em janeiro de 2012, ela procurou um nutricionista. “Não queria tomar remédios porque sabia que engordaria de novo depois. A minha ideia era chegar no meu peso ideal com mudança de hábitos para conseguir manter”, lembra Joyce. O nutricionista então montou uma dieta de 1.400 calorias diárias e estipulou um prazo de 6 meses para o resultado.
O nutricionista passou uma dieta de 1.400 calorias diárias para a jovem seguir. Na imagem à esquerda, Joyce ainda está acima do peso; na direita, depois de emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)O nutricionista passou uma dieta de 1.400 calorias diárias para a jovem seguir. Na imagem à esquerda, Joyce ainda está acima do peso; na direita, depois de emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)
Ela teve que cortar doces e refrigerantes e adotar uma alimentação equilibrada, com salada, frutas, cereais e integrais, sempre em intervalos de 3 horas. “Comia muito mal. E foi difícil mudar, senti falta de algumas coisas no começo”, recorda.
A jovem, que viaja bastante a trabalho, passou a levar marmita, frutas e biscoitos integrais na bolsa. “A tentação é maior quando não temos rotina. Quando viajo, prefiro restaurantes por quilo e não mais fast food, que é o que eu comia antes”.
Somada à reeducação alimentar, veio a atividade física. Mas como musculação não era a preferência da carioca, ela procurou um esporte com que se identificasse e encontrou o muay thai. “Quando entrei na aula pela primeira vez, era a mais sedentária e a mais gordinha. Mas não senti vontade de desistir porque era algo que eu tinha gostado”, conta. Com aulas três vezes por semana, ela diz que está prestes a conseguir sua primeira faixa na modalidade.
A nova vida melhorou a saúde, diminuiu os níveis de colesterol e açúcar da jovem e influenciou também a família. “Antes, eu dizia para o meu filho que não podia, mas fazia. Por exemplo, ele não podia tomar refrigerante, mas eu tomava. Isso era errado”, lembra a carioca.
As pessoas não querem emagrecer, querem ser emagrecidas. Não querem esforço, não querem malhar, mas não existe isso. Tem que batalhar."
Joyce Ribeiro
Com o novo peso, vieram também o novo cabelo, o novo guarda-roupa e a nova aparência. “Mudei tudo! Fiquei mais vaidosa e mais disposta”, conta.
Ela também aposentou o carro e passou a usar a bicicleta como meio de transporte. Mesmo depois de perder o excesso de peso, a batalha não terminou: ela adicionou a musculação à rotina para ganhar massa magra.
“Ninguém pode fazer por você. O maior problema é que as pessoas não querem emagrecer, elas querem ser emagrecidas. Não querem esforço, não querem malhar, mas não existe isso. Tem que batalhar”, avalia Joyce. Agora a nova luta é para ganhar 4 kg de massa magra e chegar aos 62 kg.

Braços e pernas reúnem 75% dos músculos e precisam ser exercitados


Saiba como evitar perda muscular e acúmulo de gordura ao longo da vida.
Médica e geriatra dão dicas sobre o que comer antes e depois do treino.

Nossos braços e pernas concentram 75% dos músculos do corpo e, para darem sustentação aos ossos, precisam ser exercitados ao longo de toda a vida.
Além disso, os músculos têm “memória”, ou seja, apresentam uma capacidade de “lembrar” como a pessoa já os trabalhou no passado e, assim, responder melhor às atividades. É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece depois que aprendeu – mesmo que se passem décadas de sedentarismo.
A má notícia é que, depois dos 30 anos de idade, a perda de massa muscular e o acúmulo de gordura corporal se acelera, principalmente após os 60 anos.
Para saber como está a sua situação, existe um teste proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS): pegue uma fita métrica e veja a circunferência da sua panturrilha. Se ela for igual ou maior que 31 cm, significa que você tem uma boa reserva de massa muscular e está bem. Se a circunferência for menor que 31 cm, é sinal de tendência à perda de massa magra. Se você estiver doente, pode indicar, inclusive, uma desnutrição.
Segundo o geriatra João Toniolo e a médica do esporte Fernanda Lima, pelo espelho também é possível perceber o aumento dos músculos, principalmente nos braços e pernas.
Uma alimentação equilibrada também é fundamental para dar energia aos músculos. E só fazer musculação, sem pensar em que, quando e quanto comer para ganhar massa magra, pode acabar tendo o efeito contrário.
A principal dica é comer carboidratos antes de malhar, e proteínas e fibras depois. No período que precede a musculação, é recomendada a ingestão de carboidratos de rápida absorção (equivalente a duas fatias de pão), pelo menos 30 minutos antes do treino. Isso porque, na hora dos exercícios, a intenção é usar a energia (açúcar) do alimento para garantir um bom desempenho.
Comer exercício (Foto: Arte/G1)
Ir para a academia sem nada no estômago ou depois de comer alimentos que demoram a ser digeridos faz com o que seu corpo busque energia dos músculos para trabalhar. Com isso, a pessoa perde massa magra, e esse não é o objetivo.
O que não comer antes do treino: gordura (manteiga, requeijão, etc.), fibras (barra de cereais, granola, etc.) e proteínas (queijos, iogurtes e leite). Como esses três grupos demoram mais para serem digeridos e metabolizados, devem ficar para depois – as gorduras, com muito mais moderação que os outros dois alimentos.
Curiosidades 
- Temos mais de 600 músculos esqueléticos no corpo, que constituem de 45% a 55% de toda nossa massa corporal
- Para homens, o percentual de gordura ideal é de 25%. Para as mulheres, até 30%
- Existem exames, como a bioimpedância, que possibilitam medir o percentual de gordura, a massa magra e a quantidade de água corporal. Outros testes mais completos são capazes de medir a composição corporal total, que inclui, além do percentual de gordura e massa magra, a densidade óssea
Benefícios da musculação
- Aumenta a massa muscular
- Ajuda na perda e na manutenção do peso corporal
- Melhora a estabilidade
- Protege as articulações
- Aumenta a capacidade funcional
- Melhora o metabolismo de glicose e proteínas
- Melhora a função cardiovascular
- Diminui os fatores de risco para doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2
- Previne a osteoporose
- Causa prazer e bem-estar
Dicas
- Antes de começar a praticar qualquer atividade física, faça uma avaliação médica (eletrocardiograma) e um teste físico que envolva condicionamento, flexibilidade e aferição de medidas
- Não ultrapasse o período de 1 hora diária de musculação. Se for passar mais tempo, faça atividades aeróbicas como esteira, bicicleta e step
- Faça atividade física pelo menos três vezes por semana
- Faça musculação supervisionada. Apesar de ser uma atividade de baixo risco de lesão, pode acontecer. Nesse caso, é preciso ficar em repouso
- Procure tomar sol de 10 a 15 minutos por dia para garantir a dose diária de vitamina D e prevenir a osteoporose

Animação com ursos polares alerta para malefícios de tomar refrigerante


Campanha publicitária 'The Real Bears' fala de doenças ligadas ao açúcar.
Em dois dias, vídeo americano teve mais de 250 mil acessos no YouTube.

Uma animação com ursos polares que adoram tomar refrigerante e acabam sofrendo as consequências disso na saúde ganha repercussão na internet, com mais de 250 mil visualizações no YouTube entre esta terça (9) e quinta-feira (11).
O vídeo "The Real Bears" é na verdade uma campanha do Centro para a Ciência no Interesse Público (CSPI, na sigla em inglês), feita pelo publicitário americano Alex Bogusky, que no passado já atendeu a Coca-Cola e hoje ataca a indústria das bebidas açucaradas. E a crítica à multinacional fica clara, já que os ursos polares são tradicionalmente os mascotes dos comerciais da empresa.
Urso polar  (Foto: Reprodução/YouTube)Urso polar tem a perna esquerda amputada por causa da obesidade e diabetes (Foto: Reprodução/YouTube)
Com a música "Sugar" ao fundo, feita por Jason Mraz e MC Flow especialmente para a ação, a peça publicitária de quase 4 minutos de duração conta a história de ursos viciados em refrigerante que vão desenvolvendo doenças como obesidade, diabetes e disfunção erétil, além de queda de dentes e amputação de membros.
Entre uma cena e outra, aparecem alguns dados de revistas científicas e órgãos americanos para embasar o tamanho do problema.
As informações citadas pelo vídeo, na ordem em que aparecem, são:
- Refrigerantes e outras bebidas adoçadas são a maior fonte de calorias da sua alimentação. Fonte: 2011 Dietary Guidelines for Americans
- Uma porção extra de bebidas adoçadas por dia eleva o risco de obesidade de uma criança em 60%. Fonte: The Lancet, 2001
- Um ou dois copos de bebidas adoçadas por dia aumenta o risco de diabetes tipo 2 em cerca de 25%. Fonte: Diabetes Care, 2010
- Cerca de metade dos homens com diabetes vai ter problemas de ereção. Fonte: Current Diabetes Reports, 2005
- O açúcar e ácidos contidos em refrigerantes favorecem a queda dos dentes. Fonte: Surgeon General’s Report On Oral Health, 2010
- A diabetes é a causa de mais de 60 mil amputações por ano, US Centers for Disease Control (CDC)
A campanha politicamente correta, porém, termina de forma nada ecológica. Após perceberem os riscos de tomar refrigerante em excesso, os ursos decidem despejar o líquido no oceano.
Em nota, a Coca-Cola do Brasil informou que "a campanha do CSPI é irresponsável e excessiva, além de não colaborar para a compreensão do que é balanço calórico. Ela também distorce a realidade enquanto a indústria está trabalhando junto com o governo e a sociedade civil em busca de soluções reais".

Fazer sexo duas vezes por semana aumenta vida em até um ano e meio


São apenas quatro letras que mexem com a imaginação, a autoestima, o comportamento e o humor: sexo. E a atividade não faz bem apenas para o corpo e a mente – a expectativa de vida também se beneficia. Quem transa duas vezes por semana pode ganhar até um ano e meio, segundo um estudo inglês.
O Ministério da Saúde brasileiro recomenda que as pessoas façam sexo com frequência, algo considerado tão importante quanto controlar a pressão arterial e estar no peso adequado. O próprio ato ajuda a emagrecer: em uma boa sessão de meia hora, podem-se queimar até 500 calorias.
Para falar sobre o assunto, o Bem Estar desta terça-feira (28) convidou o ginecologista José Bento e a psicóloga especializada em sexo Tatiana Presser. Eles falaram que, durante a prática, o corpo inteiro entra em estado de alerta e sofre várias transformações.
Sexo (Foto: Arte/G1)
Além da endorfina liberada, que causa satisfação e bem-estar, a dopamina age no organismo relacionada ao vício: por isso, quem faz sexo costuma querer sempre mais. Mas, para não correr nenhum risco, é fundamental usar sempre camisinha – disponível na rede pública para pessoas acima de 12 anos de idade.
Segundo especialistas, a atividade sexual não deve ser usada em um relacionamento como ferramenta de chantagem. Pelo contrário, conforme você vai conhecendo o parceiro e sabendo o que lhe agrada, a relação só tende a melhorar, com mais prazer e compreensão.
Estimular o outro com um filme, um brinquedo, uma posição ou uma fantasia nova pode ajudar a apimentar o namoro ou o casamento. E essas inovações são importantes para estimular o cérebro e manter a chama acesa. A tendência é que, após 5 anos, a frequência sexual caia pela metade, por isso aumentar a qualidade é tão necessário. Um beijo prolongado, que dure pelo menos 10 segundos, já contribui para elevar o desejo.
De acordo com o dr. José Bento, o sexo está relacionado à sobrevida humana na Terra. E, depois que os métodos contraceptivos foram descobertos, sobrou apenas a parte boa da prática. Ele disse, ainda, que o ritmo de homens e mulheres é diferente: enquanto eles atingem o orgasmo em 2,5 a 5 minutos em média, elas demoram de 14 a 20 minutos.
O sexo também diminui a depressão e pode ser feito inclusive por mulheres grávidas, desde que elas não tenham sangramentos, corrimentos, contrações nem estejam em trabalho de parto. Ainda segundo o ginecologista, o autoestímulo é tão positivo quanto a atividade sexual, principalmente para a mulher, que pode se conhecer mais.

Corpo também poupa energia, restaura tecidos e ganha massa muscular.
Sempre que uma pessoa acorda durante a noite, volta ao estágio inicial.

O sono tem quatro fases, e cada uma delas é responsável por uma atividade diferente – seja a liberação de hormônios, seja a consolidação da memória e do aprendizado.
Por essa razão, dormir bem e de forma contínua é importante, já que, sempre que uma pessoa acorda durante a noite, volta ao estágio inicial de sono. E isso pode interferir em alguns processos que só ocorrem na fase mais profunda: a REM.
Indivíduos que fazem muito esforço mental, como estudantes de vestibular, têm um sono REM mais forte.
Fases do sono (Foto: Arte/G1)
No início da manhã, o corpo para de liberar o hormônio do crescimento (GH) e começa a produzir o hormônio cortisol, que controla inflamações, alergias, estresse, e ajuda a manter a estabilidade emocional, segundo o especialista em medicina do sono Sérgio Tufik e o professor de medicina e biologia do sono Marco Túlio de Mello, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Outros hormônios liberados são a melatonina, a adrenalina, o TSH (que estimula a tireoide e tem um pico no início do sono) e a noradrenalina (que favorece o sono REM).Segundo Tufik, as pessoas só se lembram do sonho quando acordam sonhando – por isso,  em estudos sobre sonhos, elas são despertadas na fase REM. Um indivíduo normal sonha de quatro a cinco vezes por noite.A economista Ana Clara Finamore e o músico e publicitário Ricardo Côrte Real têm dificuldade para dormir e fizeram um teste chamado polissonografia, no Instituto do Sono. Eletrodos transmitem para um computador as informações do corpo durante o sono.
Já Ricardo acorda sempre cansado e sonolento, mas demorou a associar isso ao fato de ter um distúrbio do sono. A mulher dele é quem reclamava que ele roncava. E foi por causa do relato dela que ele se animou a procurar ajuda.Ana Clara conta que adormece com facilidade, mas custa a manter o sono.
Ele e Ana Claram também fizeram meia hora de atividade física em intensidade moderada para ver o impacto na qualidade do sono.
A queda rápida de temperatura corporal que se dá após o término da atividade também faz com que a pessoa pegue no sono mais facilmente. E uma das características da fase inicial é justamente a queda da temperatura, que provoca sonolência.Quando alguém se exercita, o cérebro libera várias substâncias que melhoram a qualidade do sono. As principais são a endorfina e a dopamina, que dão sensação de prazer, e a serotonina, responsável por diminuir a ansiedade.

Dormir pouco aumenta o apetite e a obesidade, aponta revisão de estudos



Pesquisa nos EUA analisou artigos médicos publicados entre 1996 e 2011.
Falta de sono altera níveis de hormônios que agem sobre controle de peso.

Uma grande revisão de artigos médicos publicados entre 1996 e 2011 comprova que dormir menos que o necessário mexe com hormônios que podem aumentar o apetite e favorecer a obesidade. As conclusões são de cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, que publicaram o estudo na revista "Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics".
Segundo os autores, que elaboraram tabelas comparativas sobre o funcionamento do metabolismo e o consumo energético dos pacientes, os níveis de hormônios como grelina (que controla e fome) subiram e os de leptina (que age sobre o apetite e o gasto de energia) diminuíram durante a privação de sono, o que pode agir sobre o ganho de peso.
A equipe também analisou as taxas de insulina (hormônio do pâncreas, que quebra o açúcar), glicose (açúcar) e cortisol (hormônio do estresse) das pessoas. Foi encontrada uma menor sensibilidade à insulina, o que pode elevar o risco de diabetes.
Distúrbios de sono.  (Foto: René Blankenstein/ stock.xchng)Não dormir direito à noite pode causar problemas
futuros (Foto: René Blankenstein/ stock.xchng)
Os pesquisadores, liderados pela professora de ciências da nutrição Sharon Nickols-Richardson, destacam que mudar o estilo de vida, como foco na alimentação e na atividade física, é importante para controlar a gordura corporal, mas alterações na rotina diária, como a adoção de melhores hábitos de sono, também ajudam a regular o balanço energético.
O estudo diz que novos trabalhos são necessários para determinar os efeitos da privação de sono sobre a composição corporal – quanto há de gordura e músculos em cada pessoa.
Dados americanos apontam que mais de 35% dos adultos estão obesos e 28% dormem menos de 6 horas por noite.
Sono (Foto: Arte/G1)

Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro



Segundo estudo, que analisou 638 idosos, grupo fisicamente mais ativo obteve maiores benefícios.

Cérebro (Foto: SPL)Exercícios têm mais efeito sobre o cérebro que ser
mental e socialmente ativo, diz estudo (Foto: SPL)






A atividade física regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo feito pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e publicado na revista "Neurology".
A pesquisa analisou dados de 638 pessoas com 70 anos, submetidas a exames cerebrais.
Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram uma menor retração do cérebro do que os indivíduos que não se exercitavam.
Por outro lado, as pessoas que faziam atividades de estimulação mental e intelectual, como palavras cruzadas, leitura de livros ou socialização com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro.
Deterioração
A ciência já provou que a estrutura e o funcionamento do cérebro se deterioram com o passar dos anos.
Também são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento. Essa retração está ligada a uma perda de memória e das capacidades cerebrais, dizem as pesquisas.
Os estudos também têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para prevenir essa deterioração. No entanto, ainda não haviam sido feita pesquisas amplas com imagens para observar essas mudanças na estrutura e no volume do cérebro.
Segundo o estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias.
No final desse período, quando os voluntários completaram 73 anos, eles passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.
Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com uma menor atrofia do tecido cerebral.
"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, como caminhadas várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aquelas que eram menos ativas fisicamente", exlicou Grow.
"Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro em decorrência da participação em atividades mentais e socialmente estimulantes, conforme foi observado pelas imagens em scanners de ressonância magnética durante os três anos de estudo", acrescentou.
Segundo o pesquisador, a atividade física também foi associada a um aumento no volume de massa cinzenta. Essa é a parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções. Em trabalhos anteriores, essa região foi relacionada à melhora da memória de curto prazo.
Quando os cientistas analisaram o volume de massa branca, responsáveis pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam pouco.
Causas
Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não está claro os motivos por que isso acontece. Os pesquisadores acreditam que as vantagens da atividade esportiva podem estar ligadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro.
Mas uma outra teoria é que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios. Seja qual for a explicação, dizem os especialistas, os resultados servem para comprovar que o exercício físico é benéficio para a saúde.
"Esse estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de envelhecimento do cérebro, sugerindo que o esporte é uma forma de proteger nossa saúde cognitiva", disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research, do Reino Unido.
"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal desse estudo, sabemos que o exercício na meia idade pode reduzir o risco de demência futura", afirmou.
"Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com um maior declínio cognitivo nos próximos anos. Também será necessário mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico", acrescentou Ridley.
Já o professor James Goodwin, da organização Age UK, que financiou a pesquisa, disse: "Esse estudo destaca novamente que nunca é tarde para se beneficiar dos exercícios, seja uma simples caminhada para fazer compras, seja um passeio no jardim", disse.