quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Atividades na meia-idade diminuem riscos de doenças crônicas no futuro.



Com exercícios aeróbicos como caminhada e corrida, chances de desenvolver problemas como mal de Alzheimer no final da vida caem 20%.


OS PESQUISADORES examinaram os dados de 18.670 pacientes
Foto: Márcia Foletto
OS PESQUISADORES examinaram os dados de 18.670 pacientesMÁRCIA FOLETTO
RIO - Praticar atividades aeróbicas como caminhar e correr durante a meia-idade não só ajuda a prolongar a expectativa de vida, mas também aumenta as chances de envelhecimento saudável, livre de doenças crônicas no futuro, conclui estudo do Instituto Cooper. Por décadas, pesquisas mostraram que um alto nível de exercício cardiorrespiratório diminui o risco de morte, mas não se sabia até que ponto poderiam ter influência com o passar do tempo.
— Descobrimos que estar em forma não é apenas uma maneira de adiar o inevitável, mas também um método para reduzir o aparecimento da doença crônica nos últimos anos de vida — diz Jarrett Berry, autor do estudo.
Os pesquisadores examinaram os dados de 18.670 pacientes, homens e mulheres, do Estudo Longitudinal do Centro Aeróbico do Instituto Cooper, banco de dados com mais de 250 mil registros médicos mantidos durante um período de 40 anos. Análises mostraram que, quando pacientes aumentaram as atividades físicas em 20% na meia-idade, conseguiram diminuir as chances de desenvolver uma doença crônica, como insuficiência cardíaca, mal de Alzheimer e câncer de cólon. Os efeitos foram iguais em homens e mulheres.
— O estudo demonstra que as atitudes tomadas em determinado momento da vida podem ter efeitos mais tarde — explica Benjamin Willis, coautor da pesquisa.

Chocolate pode reduzir risco de derrame cerebral.



Os que ingerem mais o alimento têm menos 17% de chance de ter um derrame. Associação alerta que resultado não pode servir de desculpa para substituir exercícios e dieta.


O EFEITO benéfico do consumo de chocolate pode estar relacionado aos flavonóides no chocolate
Foto: Divulgação
O EFEITO benéfico do consumo de chocolate pode estar relacionado aos flavonóides no chocolateDIVULGAÇÃO
O chocolate pode proteger contra acidente vascular cerebral (AVC). Um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, com 37 mil homens mostrou que os que ingerem mais o alimento são os menos propensos a terem um derrame. O estudo foi publicado pela revista Neurology.
Todos os participantes foram questionados sobre os hábitos alimentares e a saúde monitorada por uma década. Eles foram divididos em quatro grupos, com base na quantidade de chocolate ingerido a cada semana. No extremo inferior estavam os homens que praticamente não o comiam. No superior, os que comiam cerca de 63 gramas, pouco mais do que uma barra média. Na comparação final, os que ingeriam mais chocolate tinham 17% menos chance de ter um derrame.
Detalhe importante é que, apesar de pesquisas recentes apontarem o chocolate escuro como o mais benéfico para o coração, a opção preferida da maioria dos participantes era ao leite.
Segundo a pesquisadora Susanna Larsson, autora do estudo, o efeito benéfico do consumo de chocolate pode estar relacionado aos flavonóides no chocolate.
— Estes fitoquímicos podem proteger contra doenças cardiovasculares, diminuindo as concentrações sanguíneas do mau colesterol e reduzindo a pressão arterial — declarou à Neurology.
A Associação Britânica de AVC, porém, alerta para a conclusão não ser usada como desculpa para se comer mais chocolate.
— Pesquisas anteriores já demonstraram que o alimento pode, sim, reduzir o risco de um derrame, mas se consumido como parte de uma dieta saudável e equilibrada. O chocolate não pode substituir o exercício regular e uma boa alimentação — diz Clare Welton, diretor da instituição.