quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Idosos bilíngues têm maior agilidade cerebral do que os monoglotas



  • Segundo estudo, quem domina duas línguas consegue adaptar-se mais rapidamente a circunstâncias inesperadas. Diferença entre os resultados obtidos no experimento aumenta conforme envelhecemos


Integrantes da banda inglesa “The Zimmers”, formada apenas por idosos
Foto: Reprodução
Integrantes da banda inglesa “The Zimmers”, formada apenas por idosos Reprodução
Idosos que falam duas línguas desde a infância são mais rápidos do que os monoglotas ao mudar de uma tarefa para outra, segundo um estudo publicado na edição desta quarta-feira da revista “The Journal of Neuroscience”. Comparados aos contemporâneos que dominam apenas um idioma, os bilíngues também mostram diferentes padrões de atividade cerebral ao trocar de exercícios.
A pesquisa explora o valor do estímulo da atividade cerebral durante a vida. Conforme envelhecemos, declina nossa flexibilidade cognitiva — ou seja, a habilidade de adaptar-se a circunstâncias não familiares ou inesperadas —, entre outras funções relacionadas. Estudos recentes sugerem que estimular o aprendizado de um segundo idioma pode reduzir esta perda de agilidade no cérebro. Seria um impulso decorrente da experiência de mudarmos constantemente o idioma usado.
Neste novo experimento, Brian Gold, da Faculdade de Medicina da Universidade de Kentucky, usou imagens obtidas por ressonância magnética para comparar a atividade cerebral de idosos saudáveis entre 60 e 68 anos, monoglotas e bilíngues, enquanto eles recebiam tarefas que testavam sua flexibilidade cognitiva. Os pesquisadores apuraram que os dois grupos cumpriam os exercícios corretamente, mas os bilíngues o faziam mais rapidamente e exigindo menor atividade do córtex frontal, uma área do cérebro envolvida com a mudança de trabalhos.
— O estudo corresponde a uma das primeiras provas de uma associação entre atividades que estimulam a cognição (neste caso, falar mais de uma língua) e funções cerebrais — explica John Woodard, especialista em envelhecimento da Universidade do Estado de Wayne, que não participou do estudo. — Os autores obtiveram evidências claras de um padrão diferente do funcionamento neural em indivíduos bilíngues e nos monoglotas.
Os pesquisadores também mediram a atividade cerebral em jovens adultos bilíngues e monoglotas enquanto cumpriam exercícios que cumpriam a flexibilidade cognitiva.
De forma geral, os adultos foram mais rápidos do que os idosos nas tarefas. Mas, entre os voluntários mais jovens, ser bilíngue não trazia uma diferença na performance nos exercícios ou na atividade cerebral — algo completamente diferente do que o visto entre os mais velhos.
— Juntos, esses resultados sugerem que estimular o domínio de mais de uma língua durante toda a vida trará benefícios maiores para as regiões frontais do cérebro durante o envelhecimento — ressaltou Gold.

Trabalhar em pé ajuda a emagrecer, diz estudo



  • Pesquisa da Universidade de Chester, da Grã-Bretanha, conclui que hábito pode significar perda de quase quatro quilos em um ano


Professora em atividade passa boa parte do tempo em pé. Segundo estudo britânico, atividade pode ajudar a emagrecer
Foto: Hudson Pontes 29.10.2012
Professora em atividade passa boa parte do tempo em pé. Segundo estudo britânico, atividade pode ajudar a emagrecer Hudson Pontes 29.10.2012
CHESTER, Grã-Bretanha — Ficar em pé pode cansar, mas melhora a circulação do sangue e combate a obesdidade, conclui um estudo da Universidade de Chester, na Inglaterra. Jonh Buckley, professor do Departamento de Ciências Clínicas e Nutrição da instituição divulgou estudo que informa que trabalhar em pé até três horas por dia consome 144 calorias. Somando-se um ano inteiro de atividade, o gasto de energia pode significar menos 3,6 quilos na balança.
Ficar muito tempo sentado, de acordo com o cientista, pode aumentar os riscos de diabetes e ficar mais tempo em pé — uma vez que o corpo humano foi projetado para tal condição, explica Buckley — é pode ser um grande benefício.
Segundo Buckley, hábitos sedentários do homem contemporâneo como trabalhar sentado, usar automóveis e ficar em frente à TV pode reduz o metabolismo à níveis mínimos, e o sedentarismo torna-se um fator de risco tão importante quanto o hábito de fumar.
O professor, que fez carreira também como treinador de tênis e pesquisa em ciências do esporte, defende mudanças nos escritórios como a introdução de escrivaninhas que permitam trabalhar em pé.