Joyce aprendeu a pensar como magra e comer apenas para matar a fome.
Antes de começar a emagrecer, ela comia muito, sem horário e por gula.
Ter consciência da alimentação e não resistir às tentações do dia a dia não é uma tarefa fácil, mas é essencial para quem quer perder peso e levar uma vida saudável. Para a carioca Joyce Ribeiro, de 28 anos, aprender a pensar dessa maneira foi a maior dificuldade na tentativa de emagrecer.
“Foi muito difícil não pensar mais como gordinha. Tive que mudar a mentalidade e pensar como magra, ou seja, comer para matar a fome e não mais por gula”, lembra a jovem, que atualmente mora em Curitiba, no Paraná. Foi com esse novo pensamento que ela saiu dos 85 kg para os 58 kg, 27 kg a menos na balança.
O excesso de peso veio nos últimos 5 anos, depois que Joyce saiu do Rio de Janeiro, mudou-se para Curitiba e engravidou. “No fim de 2011, fui procurar um médico porque queria fazer uma cirurgia de redução dos seios e ele me perguntou por que eu ia gastar tanto dinheiro com aquilo se eu tinha tanta gordura sobrando”, lembra.
A jovem, que já tinha ouvido de outras pessoas que estava gordinha, se incomodou mais especialmente com a palavra do médico e usou aquilo como um incentivo para começar a mudança no estilo de vida. “Eu tinha uma imagem distorcida de mim, me acostumei com o excesso de peso. Precisei ouvir de outra pessoa para perceber que eu não estava feliz com o que via no espelho”, avalia.
Após o fim do ano, em janeiro de 2012, ela procurou um nutricionista. “Não queria tomar remédios porque sabia que engordaria de novo depois. A minha ideia era chegar no meu peso ideal com mudança de hábitos para conseguir manter”, lembra Joyce. O nutricionista então montou uma dieta de 1.400 calorias diárias e estipulou um prazo de 6 meses para o resultado.
Ela teve que cortar doces e refrigerantes e adotar uma alimentação equilibrada, com salada, frutas, cereais e integrais, sempre em intervalos de 3 horas. “Comia muito mal. E foi difícil mudar, senti falta de algumas coisas no começo”, recorda.
A jovem, que viaja bastante a trabalho, passou a levar marmita, frutas e biscoitos integrais na bolsa. “A tentação é maior quando não temos rotina. Quando viajo, prefiro restaurantes por quilo e não mais fast food, que é o que eu comia antes”.
Somada à reeducação alimentar, veio a atividade física. Mas como musculação não era a preferência da carioca, ela procurou um esporte com que se identificasse e encontrou o muay thai. “Quando entrei na aula pela primeira vez, era a mais sedentária e a mais gordinha. Mas não senti vontade de desistir porque era algo que eu tinha gostado”, conta. Com aulas três vezes por semana, ela diz que está prestes a conseguir sua primeira faixa na modalidade.
A nova vida melhorou a saúde, diminuiu os níveis de colesterol e açúcar da jovem e influenciou também a família. “Antes, eu dizia para o meu filho que não podia, mas fazia. Por exemplo, ele não podia tomar refrigerante, mas eu tomava. Isso era errado”, lembra a carioca.
Com o novo peso, vieram também o novo cabelo, o novo guarda-roupa e a nova aparência. “Mudei tudo! Fiquei mais vaidosa e mais disposta”, conta.
Ela também aposentou o carro e passou a usar a bicicleta como meio de transporte. Mesmo depois de perder o excesso de peso, a batalha não terminou: ela adicionou a musculação à rotina para ganhar massa magra.
“Ninguém pode fazer por você. O maior problema é que as pessoas não querem emagrecer, elas querem ser emagrecidas. Não querem esforço, não querem malhar, mas não existe isso. Tem que batalhar”, avalia Joyce. Agora a nova luta é para ganhar 4 kg de massa magra e chegar aos 62 kg.
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