Metade dos brasileiros não pratica atividades físicas
Média está muito acima da registrada em 122 países, que é de 31%
RIO. A pouco mais de uma semana do início dos Jogos Olímpicos de Londres, a revista “The Lancet” publicou uma edição com cinco estudos que mostra como a população está fora de forma. Seus coordenadores compararam pesquisas da área de saúde feitas com a população adulta (acima de 15 anos) de 122 países, que concentram 89% da população mundial. O sedentarismo causa 5,3 milhões por ano — mais do que o tabagismo (5,1 milhões). E o Brasil não saiu bem no retrato: 49,2% de sua população é fisicamente inativa. A média mundial é de 31%.
O conceito de atividade física suficiente é de meia hora de exercícios moderados cinco dias por semana, ou 20 minutos de práticas mais intensas três vezes semanalmente, ou ainda alguma combinação entre essas duas formas.
O percentual brasileiro de homens fisicamente inativos (47,2%) é semelhante ao visto em países escandinavos e aos ibéricos, mas acima do visto nos Estados Unidos e Canadá (ambos entre 30-39%) e França, Alemanha, Rússia e China (todos entre 20 a 29%).
Um índice pior que o das mulheres brasileiras (51,6%) é visto em ainda menos países — entre eles África do Sul (56,5%), Reino Unido (68,6%) e Argentina (70,9%).
O sexo feminino, quase no mundo inteiro, é mais sedentário que o masculino: 34% delas não praticam exercícios, enquanto 28% dos homens estão na mesma condição. Há, no entanto, exceções: em países como Rússia, Croácia, Luxemburgo, Grécia e Iraque, elas se mexem mais do que eles.
Malta, um arquipélago no sul da Europa, é a nação mais preguiçosa: 72% dos adultos de lá praticam menos exercício do que o recomendado. Suazilândia e Arábia Saudita vêm logo atrás, com 69% da população avessa à atividade física. No outro extremo da tabela, Bangladesh aparece como o país mais preocupado com a boa forma: apenas 5% dos adultos declaram não fazer exercícios.
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