sábado, 25 de agosto de 2012

Diabetes atinge um em cada quatro idosos.


Diabetes atinge um em cada quatro idosos.


RIO - Uma em cada quatro pessoas com mais de 65 anos sofre de diabetes tipo 2. A falta de informação continua sendo um grande obstáculo para o tratamento ideal da doença. Sem sintomas claros e específicos, o diabetes é uma doença que evolui silenciosamente e traz uma série de complicações.

Depois de um longo período sem tratamento, a doença, que aumenta a quantidade de glicose no sangue, pode provocar dificuldade visual, disfunção renal, a dificuldade de cicatrização de feridas e o aumento da incidência de alterações cardíacas, como enfarte e derrame; a amputação de membros inferiores. Além da obesidade e do sedentarismo, a herança familiar e a hipertensão arterial também estão entre os fatores que causam o diabetes.
Para o cirurgião Jackson Caiafa, presidente da Associação Carioca de Diabéticos e do Centro Integrado de Diabetes do Rio de Janeiro (CID/RJ), é comum os pacientes levarem cinco anos para descobrir que estão com a doença, o que pode comprometer outros órgãos. Ele acredita que metade dos pacientes com diabetes tipo 2 não sabe da existência da doença.
Isso ocorre, segundo Caifa, porque a glicose aumenta muito lentamente, provocando a secura na boca, a maior necessidade de urinar, de beber água e de comer. Porém passam despercebidos. Dos pacientes que têm o diagnóstico, a metade, de acordo com Caifa, não faz o tratamento adequado.
- Como a pessoa não sofre com dores, não passa mal, minimiza os riscos da doença. É muito comum a negação da doença. Afinal, o paciente descobre ter uma doença crônica, que vai obriga-lo a mudar o estilo de vida e a alimentação, além de trazer uma série de ameaças à saúde- afirma Caiafa.
Isaac Benchimoli, endocrinologista do Hospital do Servidor do Estado do Rio de Janeiro, da Clínica São Vicente e professor de pós-graduação de endocrinologia da Uni-Rio, destaca que o diabetes é uma doença metabólica genética degenerativa que evolui com a passagem do tempo.
- O doente tem o poder de decidir sobre a vida do doente. Ele escolhe se quer controlar o diabetes e não ter as complicações que envolvem a doença, sendo disciplinado e participando ativamente do tratamento - ressalta Benchimoli.
Segundo dados da International Diabetes Federation (IDF na sigla em inglês), há hoje no mundo 230 milhões de diabéticos, número que pode chegar a 350 milhões nos próximos 20 anos, em um incremento de seis milhões de novos doentes a cada ano, caso nada for feito contra a má alimentação e o sedentarismo.

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