Camundongos que receberam suplementos do composto ganharam menos peso e apresentaram menos problemas associados ao excesso de peso
Maçã: Casca da fruta pode ser aliada no combate às doenças relacionadas à obesidade (ChinaFotoPress/Getty Images)
Uma substância encontrada em grandes quantidades na casca da maçã pode ter um efeito protetor contra a obesidade e os problemas de saúde que a síndrome provoca, como diabetes e hipertensão. Em testes realizados com camundongos, pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, observaram que o composto, chamado ácido ursólico, reduz o ganho de peso e evita o surgimento de doenças hepáticas. O estudo foi publicado nesta quarta-feira no periódico PLoS One.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Ursolic Acid Increases Skeletal Muscle and Brown Fat and Decreases Diet-Induced Obesity, Glucose Intolerance and Fatty Liver Disease
Onde foi divulgada: periódico PLoS One
Quem fez: Steven Kunkel, Christopher Elmore, Kale Bongers, Scott Ebert, Daniel Fox, Michael Dyle, Steven Bullard e Christopher Adams
Instituição: Universidade de Iowa, Estados Unidos
Resultado: Camundongos que seguiram uma dieta calórica e que receberam suplementos de ácido ursólico, substância encontrada na casca da maçã, ganharam menos peso do que animais que não receberam o suplemento. Eles também apresentaram níveis normais de açúcar no sangue e não desenvolveram doença hepática gordurosa
Segundo os autores do estudo, o ácido ursólico aumentou a massa muscular e a quantidade de gordura marrom dos camundongos — dois tecidos conhecidos por ajudar na queima de calorias. O nosso tecido adiposo é constituído por dois tipos de gordura: a branca e a marrom — esta última, por liberar energia excedente do corpo, e não acumulá-la, é considerada uma possível aliada contra obesidade e outras doenças relacionadas ao problema.
Nesse estudo, os camundongos seguiram uma dieta altamente calórica e rica em gordura ao longo de oito semanas, sendo que metade dos animais também recebeu suplementos de ácido ursólico. Os pesquisadores observaram, ao final da pesquisa, que esses camundongos apresentaram um peso menor do que os outros, níveis normais de açúcar na corrente sanguínea e não desenvolveram doença hepática gordurosa, uma condição comum associada à obesidade.
Segundo Cristopher Adams, que coordenou a pesquisa, os próximos estudos de sua equipe deverão observar a quantidade exata de gordura marrom que o ácido ursólico é capaz de aumentar e se esse benefício também pode ser obtido por camundongos quem não têm sobrepeso. “E, mais importante, queremos descobrir se o tratamento com ácido ursólico pode ajudar pacientes humanos”, diz.
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