Essas pacientes relatam enfrentar problemas relacionados ao sexo com maior frequência do que aquelas que não têm a doença
Mulher faz exame de diabetes: doença prejudica vida sexual, diz estudo (Jeffrey Hamilton/Getty Images)
Segundo uma pesquisa feita nos Estados Unidos, mulheres adultas que sofrem de diabetes estão menos satisfeitas com sua vida sexual do que aquelas que não têm a doença. No entanto, segundo os autores do estudo, que foi publicado na edição deste mês do periódico Obstetrics & Gynecology, isso não quer dizer que essas pacientes não se interessam pelo sexo, mas sim que elas enfrentam problemas sexuais com maior frequência.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Diabetes Mellitus and Sexual Function in Middle-Aged and Older Women
Onde foi divulgada: periódico Obstetrics & Gynecology
Quem fez: Kelli Copeland, Jeanette Brown, Assiamira Ferrara, Alison Huang e outros
Instituição: Universidade da Califórnia, San Francisco, Estados Unidos
Dados de amostragem: 2.300 mulheres de 40 a 80 anos de idade
Resultado: 33% das mulheres com diabetes dzem estar moderadamente ou muito insatisfeitas com sua vida sexual. Esse índice é de 25% entre aquelas que não têm a doença. Pacientes com diabetes relatam enfrentar com mais frequencia problemas como dificuldades de orgasmo e lubrificação
O coordenador do trabalho e pesquisador da Universidade da Califórnia, San Francisco, Alison Huang, explica que a relação entre diabetes e vida sexual é mais estudada sob o ponto de vista do homem. Estudos anteriores mostraram que a doença aumenta os riscos de pessoas do sexo masculino enfrentarem problemas sexuais, principalmente a impotência. A influência da síndrome entre as mulheres, especialmente as mais velhas, porém, é pouco conhecida.
Com base em questionários respondidos por aproximadamente 2.300 mulheres de 40 a 80 anos de idade, os pesquisadores descobriram que cerca de uma em cada três pacientes diagnosticadas com diabetes se dizia moderadamente ou muito sexualmente insatisfeita. Por outro lado, apenas uma em cada quatro participantes que não apresentavam a doença afirmou o mesmo. Essa diferença foi semelhante mesmo depois de os autores ajustarem os resultados em relação a outros fatores, como idade, raça, estado civil e peso. Entre os problemas sexuais relatados pelas participantes, os mais prevalentes foram os associados ao orgasmo e à lubrificação.
Para Huang, o fato de viver com uma doença crônica por si só já pode ser um fator que complica a vida sexual da mulher. No entanto, mais pesquisas devem ser feitas para que seja encontrada uma explicação para a associação entre diabetes e insatisfação sexual.
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