RIO - O brasileiro consumiu em média 4,81 kg de café no ano passado, equivalente a 81 litros por pessoa, segundo dados do Ministério da Agricultura. O maior nível de consumo em 45 anos pode ser também uma boa notícia para a saúde: segundo pesquisadores suecos, as mulheres que bebem cinco ou mais xícaras de café por dia podem estar se protegendo do tipo mais agressivo de câncer de mama. Com tantas pesquisas apontando benefícios e riscos da bebida, fizemos uma lista das últimas descobertas por dose de café.
UMA XÍCARA
De acordo com um estudo grego feito com 485 pessoas entre 65 anos e 100 anos, uma xícara de café por dia pode reduzir a pressão arterial. Os pesquisadores acreditam que a dose diária relaxa as paredes das artérias por causa dos antioxidantes que aumentam a produção de óxido nítrico. A mesma dose pode melhorar o funcionamento cerebral: pesquisadores da Universidade de Bristol estudaram 600 pessoas e descobriram que os que tomavam uma xícara de café por dia tiveram melhor desempenho em testes mentais do que os que não tomavam ou preferiam descafeinados. MAS esta xícara durante o dia pode tirar o sono, segundo a Associação Dietética Britânica: a cafeína demora oito horas para ser removida do organismo.
DUAS XÍCARAS
Em pesquisas com animais, pesquisadores da Universidade da Flórida descobriram que esta dose diária (cerca de 200 mg de cafeína) pode prevenir a perda de proteínas do cérebro relacionadas à perda de memória e, portanto, ao Alzheimer. Beber duas xícaras de café meia hora antes dos exercícios também pode melhorar a performance por fornecer mais energia, já que estimula a produção de ácidos graxos que usamos como combustível, segundo estudo publicado no "International Journal of Sports Medicine". MAS grávidas devem limitar o consumo a esta dose porque a cafeína faz com que o corpo libere hormônios de estresse, como cortisol e adrenalina, que podem aumentar o risco de aborto espontâneo.
TRÊS XÍCARAS
A ingestão dessa dose pode reduzir os riscos de câncer de ovário em 20%, segundo dados publicados em 2008 em uma revista médica especializada em câncer. Já os homens têm 40% menos risco de desenvolver cálculos biliares. Os pesquisadores acreditam que a cafeína estimula contrações na vesícula ajudando a mover pedras pequenas antes que virem um problema. MAS uma quantidade maior que três xícaras por dia aumenta os riscos de ataque cardíaco. E cientistas da Universidade de Lund, em Estocolmo checaram à conclusão, após entrevistar 300 mulheres, que três xícaras de café ao dia ajudam a encolher seus seios. Bizarro, mas segundo eles os efeitos da cafeína nos níveis de estrogênio podem ser responsáveis pelos resultados.
QUATRO XÍCARAS
Há 400 mg de cafeína em quatro xícaras de café, quantidade que fornece o máximo de antioxidantes que potencialmente diminuem os riscos de câncer. Pesquisadores da Universidade de Utah descobriram ainda que as quatro xícaras de café previnem contra o câncer de boca e de laringe. Outro estudo sugere que também evita o câncer de próstata e o diabetes tipo 2. MAS pessoas que consomem esta quantidade diária têm duas vezes mais chances de ter artrite reumatóide porque os componentes da bebida aumentam inflamações e dores nas articulações.
CINCO XÍCARAS
Pesquisadores do Centro Nacional de Câncer em Tóquio descobriram que esta dose reduz em até 3/4 os riscos de danos no fígado. O estudo foi feito com 90 mil homens e mulheres de meia idade por mais de dez anos e os pesquisadores acreditam que os antioxidantes são os responsáveis pelo efeito. MAS vários estudos mostram que esta quantidade de café é um fator de risco para osteoporose, já que a cafeína pode interferir na absorção de cálcio, embora não haja estudos conclusivos sobre o assunto.
SEIS XÍCARAS OU MAIS
Podem reduzir os riscos de câncer de pele em até 31%, de acordo com pesquisadores da Wayne State University, em Detroit, que estudaram mais de 90 mil mulheres. Tudo por causa dos (de novo!) antioxidantes. MAS esta quantidade de café pode levar à desidratação, já que o café acelera a perda de fluidos e, com eles, a eliminação de vitaminas e minerais, além de hormônios relacionados à ansiedade e ao estresse.
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