sábado, 13 de outubro de 2012

Combinar atividades que estimulam mente e corpo é melhor para a memória



Associar as práticas, em comparação com realizar somente uma, reduz pela metade a chance de o idoso apresentar sinais de problemas de cognição

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Atividade física: junto a exercícios que estimulam o pensamento, idoso pode ter uma maior proteção da memória (Getty Images)
Diversas pesquisas feitas anteriormente já mostraram que atividades que estimulam o cérebro, inclusive aquelas envolvendo o uso de computador, assim como exercícios físicos, protegem uma pessoa contra a perda de memória. No entanto, em um novo estudo, pesquisadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, descobriram que a combinação dessas duas ocupações é muito mais benéfica à cognição do idoso do que a prática isolada de uma delas. O trabalho completo foi publicado na edição do mês de maio da revista Mayo Clinic Proceedings.

Saiba mais

COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE
É o período de transição entre quadro de envelhecimento normal e diagnóstico de demência, que é a diminuição da função mental e comprometimento da memória, do pensamento, da capacidade para aprender e do juízo.
 
Nesse estudo, foram analisadas 926 pessoas de 70 a 93 anos. Elas responderam a questionário sobre seus hábitos, informando com que frequência costumavam realizar atividades que estimulam a mente, como leitura, artesanato, jogos, música e uso de computadores — esta última foi a mais destacada pela pesquisa, já que foi a mais popular entre os participantes. Os idosos também indicaram se costumavam exercitar-se. O estudo classificou como exercício físico moderado caminhadas e outras atividades aeróbicas, musculação leve, tênis, yoga e artes marciais.
Resultados — Os pesquisadores observaram que, entre os idosos que combinavam as atividades, 36% não tinham problemas de cognição e 18,3% apresentaram sinais de comprometimento cognitivo leve, esses índices foram de 20,1% e 37,6%, respectivamente, entre os participantes que não combinavam os dois tipos de atividades.

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