domingo, 2 de setembro de 2012

Saiba quais são os principais fatores de risco para o mal de Alzheimer.




IDADE: É possível manifestar a demência antes da velhice, mas as chances de desenvolver o Alzheimer aumentam muito com a idade. A maior incidência de doenças do coração e derrames, mudanças nas estruturas e no DNA das células nervosas, e o enfraquecimento dos sistemas de reparo do corpo são alguns dos motivos.
GÊNERO: Mulheres têm mais riscos de desenvolver a doença. O motivo pode ser a falta de estrogênio na pós-menopausa, mas estudos apontam riscos ainda maiores com a reposição hormonal.
GENÉTICA: Os genes podem ser um determinante, mas seu papel no desenvolvimento da doença ainda não foi totalmente entendido.
HISTÓRICO MÉDICO: Esclerose múltipla, doença de Huntington, HIV e síndrome de Down podem estar associadas ao Alzheimer. Pressão alta, colesterol, diabetes e obesidade também são fatores de risco.
DIETA: A alimentação pode afetar o desenvolvimento de muitas doenças, inclusive a demência. Alguns estudos, ainda sem confirmação, apontam o café e alguns temperos como protetores do cérebro.
FUMO: É nocivo para o coração, os pulmões e o sistema vascular, incluindo os vasos do cérebro.
ÁLCOOL: Em excesso, por um longo período, aumenta as chances de desenvolver demência. Mas alguns estudos sugerem que o consumo moderado de vinho tinto ajuda a proteger contra a doença.
EXERCÍCIOS: Atividades regulares ajudam a manter o coração e o sistema vascular saudáveis. Mesmo a movimentação mais leve ajuda a prevenir a doença.
FONTE: Alzheimer’s Society

‘O importante é se mexer’, diz pesquisadora sobre prevenção do Alzheimer.



Risco da doença é 50% menor em idosos mais ativos ou que praticam exercícios.


A neurocientista Michal Schnaider Beeri: investimento em pesquisas sobre o Alzheimer está aumentando, mas ainda não se compara aos esforços contra o câncer
Foto: Agência O Globo
A neurocientista Michal Schnaider Beeri: investimento em pesquisas sobre o Alzheimer está aumentando, mas ainda não se compara aos esforços contra o câncerAGÊNCIA O GLOBO
TEL AVIV - A neurocientista Michal Schneider Beeri nunca vai esquecer a reação de seu pai quando o informou que seguiria carreira científica, deixando de lado o diploma de administração: “Tudo bem, minha filha, mas como você vai ganhar dinheiro?”. Vinte anos depois, Michal é uma estrela em ascensão no estudo do mal de Alzheimer, trabalhando na Escola de Medicina do Hospital Mount Sinai, em Nova York, e como diretora do Centro de Neurociência do Hospital Sheba, em Tel Aviv. Filha de um brasileiro e uma chilena, ela atualmente participa da criação de um banco de dados com informações de filhos de portadores de Alzheimer, em Israel, para detectar os primeiros sintomas e ajudar na prevenção da doença.

O GLOBO:
 A senhora escreveu um editorial sobre um estudo da Universidade de Rush, de Chicago, publicado na “Neurology”, segundo o qual ser fisicamente ativo reduz o risco de contrair o mal de Alzheimer. De que tipo de atividade estamos falando?
MICHAL SCHNAIDER BEERI:Qualquer atividade. Os pesquisadores amarraram um aparelhinho no pulso de pacientes com média de idade de 82 anos e mediram todos os movimentos deles por mais de três anos: andar, cozinhar, lavar louça, varrer a casa, dirigir, subir escadas, brincar com os netos. Os resultados mostram que as pessoas, incluindo os idosos, que se movimentam menos, têm duas vezes mais chance de desenvolver o mal de Alzheimer. O importante é se mexer, ser ativo, não importa como e em que idade.
O GLOBO: O que mais está provado que ajuda a reduzir o risco de contrair Alzheimer?
MICHAL: Um fator importante é a educação formal. Analfabetos têm mais risco de desenvolver a doença, por exemplo. Quanto mais anos de estudo você tem, menos chance terá de desenvolver a doença. Outro exemplo é a atividade cerebral. É fazer a cabeça funcionar. Isso vale com joguinhos de computador, de cartas, de tabuleiro. Quando você lê o jornal, deve ler não só as manchetes. Deve ler os artigos até o fim, pensar sobre eles, criticá-los, discuti-los com outras pessoas.
O GLOBO: Quer dizer que joguinhos no computador não são perda de tempo?
MICHAL: Não, mas é preciso que haja um equilíbrio. Exercícios físicos ainda são mais vantajosos, porque exercitam o corpo e o cérebro ao mesmo tempo. Quando você está jogando bola com os amigos, tem que pensar onde a bola vai cair, calcular a velocidade para chegar até ela, pensar numa estratégia. Isso tudo é exercício mental, além de físico.
O GLOBO: Há muito investimento na pesquisa sobre cura e prevenção do mal de Alzheimer hoje?
MICHAL: Está aumentando, mas ainda não pode ser comparado ao financiamento para a cura do câncer, por exemplo. O conceito de investir em velhice ainda não é bem aceito. Mas as coisas estão mudando, porque a demografia no mundo está mudando. A faixa de idade de 85 anos em diante é o segmento populacional que mais cresce.
O GLOBO: Mas houve avanços que a senhora considere importantes no tratamento da doença na última década?
MICHAL: Do lado terapêutico, não. Há alguns remédios novos, mas essas drogas têm efeitos colaterais fortíssimos. Houve um avanço grande, no entanto, no entendimento de que a doença começa por volta dos 40 anos de idade, três ou quatro décadas antes da manifestação dos primeiros sintomas clínicos. Quando eles surgem, já é tarde demais. O problema é detectar os sintomas tão cedo. Procuramos sinais biológicos que acendam uma luz vermelha. A genética é um deles. Mas a maior parte dos casos não tem a ver com genética. Os fatores de risco mais conhecidos são doenças como diabetes e seus sintomas, além de hipertensão, colesterol e triglicerídeos altos, excesso de peso e estresse. Tudo o que é ruim para o coração ou outros órgãos, é ruim para o cérebro.
O GLOBO: Sua ligação com o Brasil foi importante para seu sucesso profissional?
MICHAL: Deixei o Brasil com 17 anos mas sinto que a alegria de viver, a animação, a energia positiva que faz as pessoas ao meu redor quererem trabalhar duro, vieram da minha cultura brasileira.

Números e fatos sobre o cigarro.


MALEFÍCIOS: Morre em média uma pessoa por minuto no Brasil devido a doenças causadas pelo tabagismo, segundo o Ministério da Saúde. São, ao todo, cerca de 200 mil pessoas por ano. Apenas em 2012, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 37% dos casos de câncer do país estarão relacionados ao cigarro. O Inca mostra ainda que o hábito é responsável por 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. No mundo, o tabagismo é a principal causa de morte evitável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Outras doenças comuns causadas pelo cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem.
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS: A cada tragada, a fumaça do cigarro é inalada para os pulmões, levando cerca de 4.700 substâncias tóxicas ao organismo, aponta o Inca. A principal delas é a nicotina, considerada pela OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina chega em 9 segundos ao cérebro e age no sistema nervoso central, liberando dopamina, substância que dá a sensação de prazer. O efeito dura de 30 minutos a duas horas, por isso o fumante recorre a vários cigarros durante o dia. Outra substância é o monóxido de carbono (CO): o mesmo que sai do cano de escapamento dos carros e que é responsável por reduzir a oxigenação sanguínea no corpo. Além disso, o alcatrão, um composto de mais de 40 substâncias cancerígenas, entre elas, o arsênio e resíduos de agrotóxicos.
DEPENDÊNCIA: Há três tipos de dependência do cigarro: física (da nicotina), psicológica e comportamental. No caso da psicológica, o cigarro está associado às emoções: “são bengalas pra lidar com emoções, com solidão, com estresse”, afirma a psicóloga Daniela Faertes. A comportamental refere-se aos hábitos associados a fumar: depois das refeições, junto com o café ou com o álcool. O tratamento psicoterápico treina a habilidade para lidar com estes tipos de dependência. Não há dose segura para controlar o vício, costumam dizer especialistas. Portanto, não há dose segura para não se tornar dependente, nem para voltar a fumar com menos intensidade. Um cigarro para o reincidente pode ser suficiente para reavivar o vício.
PARAR DE FUMAR: O mais importante é escolher uma data para ser o primeiro dia sem cigarro, recomenda o Ministério da Saúde. Este dia não precisa ser um dia de sofrimento. É possível fazer dele uma ocasião especial e é aconselhável programar algo que dê prazer para se distrair e relaxar. Há duas formas de largar o cigarro: a parada imediata, recomendada pelos órgãos de saúde; ou a parada gradual, ou seja, a redução gradual do número de cigarros. Este segundo processo não deve levar mais do que duas semanas.
BARREIRAS: Síndrome de abstinência, medo de fracassar, dificuldade de lidar com a ansiedade e com o estresse são algumas das principais barreiras para parar de fumar. Entre as mulheres, o ganho de peso é um temor constante e atinge cerca de 48% das fumantes, segundo a psicóloga Daniela Faertes. O periódico British Medical Journal (BMJ) apontou que o receio realmente tem fundamento: fumantes engordam, em média, entre quatro e cinco quilos no primeiro ano sem cigarro. Mas a psicóloga explica que controlar a ansiedade e fazer exercícios pode quebrar este paradigma. Medicamentos e ajuda profissional também ajudam na crise.
DISTRAIR O VÍCIO: Chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta distraem quem tem vontade de fumar, recomenda o Ministério da Saúde. Manter as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel também ajudam. A vontade de fumar não dura mais do que alguns minutos. Outra dica é guardar o dinheiro que se gastaria com o cigarro e utilizá-lo em presentes para si próprio ou colocá-lo na poupança.
BENEFÍCIOS: Parar de fumar pode trazer benefícios imediatos ao organismo. De acordo com o Ministério da Saúde, em 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; após duas horas, não há mais nicotina no sangue; após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza; após dois dias, o olfato e o paladar ganham sensibilidade; após três semanas, a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora; após dez anos, o risco de sofrer infarto do coração será igual ao de quem nunca fumou, e o risco de desenvolver câncer de pulmão cai à metade.
ECONOMIA: O Brasil gastou em 2011 cerca de R$ 21 bilhões no tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, valor equivalente a 30% do orçamento do Ministério da Saúde nesse período. O dado é da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). Além disso, o tabagismo gera uma perda mundial de US$ 200 bilhões por ano, sendo que a metade nos países em desenvolvimento. Este valor, calculado pelo Banco Mundial, é o resultado da soma de fatores, como o tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de faltas ao trabalho e menor produtividade.

Nova técnica contra câncer de próstata reduz efeitos colaterais.


Tratamento é válido para fase inicial da doença e evitaria problemas como incontinência urinária e impotência sexual.

LONDRES — A revista científica The Lancet Oncology publicou, na sua última edição, uma técnica menos agressiva para o câncer de próstata. O tratamento foi previamente realizado em 41 pacientes e poderia diminuir os riscos de impotência sexual e incontinência urinária. De acordo com Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido (MRC na sigla inglesa), que financiou os estudos, os resultados iniciais foram satisfatórios. O próximo passo é estender a pesquisa a um número maior de voluntários.
No novo procedimento, médicos da Universidade College Hospital, em Londres, realizaram o primeiro teste com ultrasom de alta intensidade (HIFU), destinado a pequenas manchas de células cancerígenas na próstata. Os médicos colocaram uma sonda dentro da próstata que emite ondas sonoras que aquecem células-alvo à 80 graus. A ideia é que a técnica substitua a quimioterapia e radioterapia em casos menos graves. Os procedimentos atuais afetam todo o tecido circundante à próstata e causam efeitos como incontinência urinária e a impotência sexual.
O urologista que coordenou a pesquisa, Hashim Ahmed, ficou confiante com o resultado dos primeiros 12 meses de tratamento. Ele diz que as primeiras evidências sobre o controle do câncer são bons, mas tudo precisa ser avaliado por estudos mais abrangentes.
— Isto pode transformar a maneira que tratamentos o câncer de próstata, pois seria uma opção de baixo custo e ofereceria aos homens com a doença na fase inicial uma oportunidade para tratar a doença com menos efeitos negativos — diz o médico.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que cerca de 60 mil novos casos apareçam em 2012 no Brasil. Mesmo com dados consideráveis, existe uma grande resistência dos homens pelos exames preventivos e efeitos colaterais do tratamento.

Teste de PSA para rastreamento do câncer de próstata causa polêmica.



Realização do exame opõe médicos e confunde pacientes.

RIO - No fim de maio, a U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF, uma força-tarefa composta por médicos e especialistas em medicina preventiva) recomendou que o teste antígeno prostático específico (PSA) não seja usado como método de rastreamento para o câncer de próstata, já que “muitos homens são prejudicados e poucos são beneficiados pelos resultados destes exames”. A decisão criou polêmica entre os urologistas e confundiu os pacientes. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) tem as mesmas diretrizes e o motivo principal é o desconhecimento da história natural do câncer de próstata: não se sabe por que o tumor aparece ou como evolui, só se sabe que surge em homens a partir de uma certa idade, mas alguns vivem com a doença sem saber dela — 30% dos casos são descobertos na necrópsia, segundo dados do Inca. O PSA é um corte numa situação: um exame normal não significa que o paciente está seguro e um nível alto não quer dizer que o paciente tem câncer. Uma vez detectada a doença, o médico ainda deve medir perdas e ganhos na qualidade de vida do paciente, pois o tratamento pode causar incontinência urinária e impotência sexual.
— A letalidade do câncer de próstata é uma variável que ninguém pode prever. O PSA detecta que há uma alteração na próstata, não é específico para apontar um tumor, já que uma lesão ou aumento na próstata podem provocar aumento de PSA, por isso não é eficaz como rastreamento. Mas isso não significa que o paciente não possa decidir fazer junto com seu médico, a partir de uma avaliação individual — diz o diretor geral do Inca, Luiz Antônio Santini.
Rastreamento em grupos de risco
O médico Miguel Srougi, professor titular de Urologia na Universidade de São Paulo (USP), classifica a atitude da força-tarefa americana como irresponsável e diz que no Brasil os custos já inviabilizariam qualquer rastreamento: pelos seus cálculos se todos os homens acima de 50 anos fizessem a triagem, isso custaria R$ 6 bilhões ao governo.
— Quando fazemos campanhas no Hospital das Clínicas, de 20% a 25% são indolentes, mas 75% são cânceres agressivos. Essa visão da força-tarefa é enviesada, de clínicos que nunca viram um doente, ninguém se preocupou em ver como fica um paciente que sofre durante cinco anos com a doença — diz Srougi. — Pelo menos nos grupos de risco deveria haver rastreamento: negros, obesos e pessoas com histórico familiar da doença.
Em comunicado da USPSTF, o representante Michael Le Favre escreve que “o câncer de próstata é um problema sério de saúde pública que afeta milhares de homens e suas famílias, mas antes de fazer o teste PSA , todos os homens merecem saber o que a ciência sabe sobre o exame: há pequenos benefícios e prejuízos significativos. Encorajamos clínicos a considerar esta evidência e não fazer o rastreamento a menos que o indivíduo tenha estas informações e tome uma decisão pessoal”.
Toque retal causa constrangimento
A Sociedade Brasileira de Urologia ainda não se posicionou sobre a recomendação da força-tarefa americana, mas segundo o diretor de Comunicação, Carlos Alberto Bezerra, uma análise já foi encomendada para saber os impactos na população brasileira, que tem características parecidas com a americana.
O medo do toque retal por parte de muitos homens, segundo ele, pode ter levado ao aumento do número de exames de PSA. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2010 foram feitos 3,6 milhões de testes de PSA no Sistema Único de Saúde (SUS) e em 2011 o número subiu para 3,9 milhões de exames. Na rede particular, em laboratórios como o Richet, por exemplo, onde o teste de PSA custa R$ 121,00 e fica pronto no mesmo dia, são feitos 1.500 exames do tipo por mês.
— Muitos homens pedem para fazer só o PSA, mas diante de qualquer alteração o médico tem que pedir biópsia. Com o toque retal conjugado ao PSA o médico pode acompanhar melhor — diz o urologista. — No meu consultório a detecção é feita mais pelo exame de PSA — admite.
O urologista Fernando Vaz, que atualmente está nos EUA e acredita que a nova recomendação trará muitas dúvidas para os doentes brasileiros, critica os resultados da forca-tarefa com base em decisões anteriores desse grupo que não tem um especialista em urologia:
— Há poucos anos eles desaconselharam o screening de câncer de mama e mamografias, o que encontrou uma forte resistência e nunca se transformou em recomendação oficial. O programa certamente visa a diminuir os custos e julga de forma equivocada o resultado — acredita. —Nenhum programa de prevenção pode ser julgado isoladamente. O uso isolado de um teste com resultados tipo branco no preto tiram a arte da medicina e a transforma em ciência pura, o que ela não é, pois trata pessoas diferentes.
O diretor geral do Inca dá o exemplo do câncer de colo do útero como parâmetro de rastreamento eficaz.
— A gente sabe que uma lesão iniciada pelo HPV provoca alteração na mucosa do colo do útero, que em um percentual mínimo pode se transformar em câncer, então vale a pena fazer o exame periódico porque se pode evitar a doença: o médico retira a lesão e acabou. Mas isso só acontece porque conhecemos bem a história natural desse tumor e isso faz toda a diferença — diz Santini.
Para o urologista Miguel Srougi, mesmo com todas as falhas do exame, vale a pena o rastreamento. Segundo ele 40 mil americanos morrem por ano vítimas da doença e 18% dos homens no mundo ainda terão câncer de próstata. Quando tratado o tumor, os riscos de incontinência urinária decorrentes da cirurgia são de 15% e de impotência, por causa da radioterapia, de 2% a 3%, segundo ele. Mas a espera por um exame perfeito, no entanto, ainda deve durar cerca de dez anos.
— Estamos no início das pesquisas que apontam para um novo marcador, o HGC, mas isso ainda não foi testado em grandes populações. No futuro vamos chegar a um exame sem falhas, mas até isso acontecer teremos que usar o PSA mesmo. E aí rege o bom senso: se o tumor for agressivo o especialista trata, se for indolente o médico avalia — diz.