quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um ano após proibição dos emagrecedores, pacientes continuam sem alternativas para perder peso



Após a retirada do femproporex, anfepramona e mazindol das farmácias, o consumo de medicamentos 'off label' aumentou. E cresceu o número de pacientes que, sem tratamento adequado, ganharam peso

Aretha Yarak
No próximo dia 4 de outubro, a proibição da venda dos derivados de anfetamina no Brasil completa um ano. A decisão da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retirou definitivamente das farmácias os remédios femproporex, anfepramona e mazindol, usados no tratamento da obesidade. Sessenta dias após o anúncio, em janeiro de 2012, as drogas tiveram de desaparecer das farmácias. "Não há nenhuma perspectiva de que esses remédios retornem ao mercado. Essa discussão foi encerrada", diz Dirceu Barbano, presidente da Anvisa, em entrevista ao site de VEJA. Com o tratamento interrompido, milhares de brasileiros viram o ponteiro da balança ir cada vez mais longe nos últimos nove meses. A obesidade, uma doença crônica que está virando uma epidemia no mundo todo, voltou a assombrar pacientes que não conseguem emagrecer com a combinação de dieta e exercícios físicos. Para muitos deles, o único medicamento do mercado especificamente destinado a esse fim - a sibutramina, um anorexígeno que não tem anfetamina em sua fórmula - não é eficaz. Com os quilos a mais, doenças que andavam controladas ou nem existiam acabaram voltando à tona — como diabetes e hipertensão.

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OBESIDADE
A obesidade é definida como uma doença crônica multifatorial, já que pode ser causada por fatores genéticos, ambientais e até medicamentosos. A doença pode desencadear outras condições de saúde, como problemas de articulação, de pressão arterial, diabetes e alguns cânceres. São considerados obesos pacientes que têm IMC maior que 30 — aqueles com peso ideal têm IMC de 18,5 a 24,9; com sobrepeso, de 25 a 29,9(calcule aqui o seu IMC). Dados do Ministério da Saúde apontam que quase metade da população brasileira está acima do peso. Em 2006, 42,7% dos brasileiros estavam com sobrepeso, proporção que aumentou para 48,5% em 2011 — a proporção de obesos aumentou de 11,4% para 15,8%.
A epidemia de obesidade não é, no entanto, uma exclusividade nacional. Países da Europa e os Estados Unidos também sofrem com um crescimento vertiginoso nos ponteiros da balança. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prevalência da doença triplicou na maioria dos países do continente velho desde a década de 1980. Na Europa, os derivados de anfetamina e a sibutramina estão proibidos. Já nos Estados Unidos, onde um terço da população adulta é obesa, as drogas dietilpropiona, benzithatamine, phendimeprazine, desoxim e dexitrina continuam sendo comercializadas.
Esse é o caso da curitibana Jaqueline Silva, de 47 anos. Quando engravidou, aos 26 anos, Jaqueline engordou 25 quilos. A luta contra a balança, que já se arrastava há alguns anos, piorou. Antes da gestação, seu índice de massa corporal (IMC) era 27, o que já indicava que ela estava com sobrepeso — eram 72 quilos para 1,62 metro de altura. Com os quilos a mais, o IMC pulou para 37 (o que indica obesidade mórbida) e a deixou em desespero. "Tentei de tudo por meses, mas não conseguia emagrecer por nada", diz. A solução veio depois de uma consulta ao endocrinologista e uma bateria de exames. Jaqueline tomou por seis meses amfepramona — combinada com exercícios físicos e dieta — e chegou aos 55 quilos. Depois disso, ela voltou a engravidar e a estabelecer, com a ajuda do medicamento, seu peso em torno dos 60 quilos. Desde a proibição da amfepramona, Jaqueline já engordou oito quilos, passou a vestir a numeração 44 (antes era 38) e viu sua saúde despencar. "Minha taxa de triglicerídeos [tipo de gordura que em alta concentração é prejudicial], que sempre foi menor que 100, passou para 180. Estou com uma lesão no menisco, por causa do peso, e preciso emagrecer para não me machucar mais."
Jaqueline, infelizmente, não está sozinha. Após a proibição da venda dos anfetamínicos, endocrinologistas consultados por VEJA afirmam que pacientes que estavam conseguindo controlar seu peso voltaram a engordar. "Há casos de pacientes que ganharam muito peso no péríodo de três a cinco meses", diz Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
O tratamento medicamentoso não faz milagres — tampouco é recomendado a todos os pacientes. Dados disponíveis sobre a sibutramina, por exemplo, mostram que ela é receitada a uma parcela pequena dos obesos.  "Pelos dados da Anvisa, em 2010, 1,7% dos obesos brasileiros recebram indicação de sibutramina. Esse número é muito pequeno, significa que os medicamentos não fazem parte do tratamento rotineiro", diz Ricardo Meirelles, ex-presidente da SBEM e membro do grupo médico que defendeu a permanência dos anorexígenos durante as reuniões com a Anvisa.
Para um certo perfil de paciente, contudo, o uso de remédios é a única saída. Ele é indicado para pessoas obesas (IMC maior que 30) ou que tenham sobrepeso mais alguma doença associada, e que não tenham histórico de problema cardiovascular ou de condição psiquiátrica importante. "Quando a perda de peso com dieta e exercícios físicos não funcionam, há a indicação para o início do tratamento farmacológico", diz Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Orientações da diretriz da SBEM afirmam que a perda de peso já é eficaz quando ela é igual ou maior a 1% do peso corporal por mês. Emagrecer de 5% a 10% do peso inicial já traz benefícios e reduz riscos de desenvolver diabetes e problemas cardiovasculares.
Após o anúncio da proibição pela Anvisa, o Ministério Público Federal de Goiás abriu inquérito sobre a decisão da agência. De acordo com Ailton Benedito de Souza, procurador responsável pelo inquérito, a ação judicial foi ajuizada no dia 2 de agosto deste ano. "Agora a Anvisa tem 60 dias para contestar. Depois disso, o juiz dá o seu parecer final", diz Souza. Na ação pública foi alegado que os medicamentos já estavam no mercado há décadas e que faziam parte de uma rotina dos pacientes. Ainda no âmbito público, está agendada uma audiência pública para o dia 9 de outubro pela Comissão de Seguridade Social e Família, na Câmara dos Deputados, com a finalidade de discutir a decisão final da Anvisa. 

Novos estudos reforçam vínculo entre bebidas açucaradas e obesidade



Pesquisas sugerem que refrigerantes e sucos com açúcar podem afetar o funcionamento dos genes, aumentando a pré-disposição para engordar

Refrigerante em lata
Refrigerante e outras bebidas com adição de açúcar estão associadas à epidemia de obesidade nos Estados Unidos, afirmam novos estudos (Thinkstock)
Três novos estudos publicados neste fim de semana reforçam o vínculo entre a ingestão de bebidas com adição de açúcar, como refrigerantes e sucos artificiais, e a epidemia de obesidade nos Estados Unidos. Segundo os autores dessas pesquisas, que foram divulgadas na edição online do periódico New England Journal of Medicine, o consumo desses produtos no país mais que dobrou desde os anos 1970, assim como a taxa de obesidade entre os americanos no mesmo período, que afeta atualmente 30% da população adulta.
O primeiro estudo, feito pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com mais de 33.000 americanos, homens e mulheres, indicou que consumir essas bebidas açucaradas pode agir nos genes, afetando o peso e ampliando a pré-disposição genética de uma pessoa a engordar. Para chegar a essa conclusão, a equipe usou as 32 variações de genes conhecidos por influenciar no peso com a finalidade de estabelecer um perfil genético dos participantes do estudo. Os autores determinaram também seus hábitos alimentares, de consumo de bebidas açucaradas e de práticas de exercícios baseados nas respostas a um questionário durante quatro anos.
Hábitos mais saudáveis — Os outros dois estudos demonstraram que o fato de dar a crianças e adolescentes bebidas sem calorias, como água mineral ou refrigerantes com adoçantes, levaram a uma perda de peso. Uma dessas pesquisas foi feita no Hospital Infantil de Boston com 224 adolescentes obesos ou que tinham excesso de peso, aos quais os cientistas mandaram regularmente a domicílio garrafas d'água ou refrigerantes light. Os pesquisadores também os incentivaram a consumir essas bebidas durante um ano, período de duração do estudo. Esses adolescentes não tiveram ganho de peso superior a 1,5 quilo durante este prazo, contra um aumento médio de 3,4 quilos observado no grupo que consumiu refrigerantes normais.
A última pesquisa que chegou a conclusões semelhantes foi realizada por cientistas da Universidade VU de Amsterdã, na Holanda, com 641 crianças com idades entre 4 e 11 anos com peso normal. Metade desses participantes consumiu diariamente um quarto de litro de bebidas de frutas açucaradas e o restante, a mesma quantidade de bebidas, mas com adoçantes no lugar do açúcar. Após 18 meses, as crianças que consumiram bebidas de baixas calorias ganharam 6,39 quilos em média. No grupo que ingeriu bebidas de frutas açucaradas houve um aumento de 7,36 quilos.
"Tomados em conjunto, esses três estudos parecem indicar que as calorias provenientes de refrigerantes e bebidas de frutas fazem diferença", destacou, em um editorial que acompanhou as pesquisas, a doutora Sonia Caprio, do serviço de Pediatria da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Segundo ela, "chegou o momento de agir e apoiar vigorosamente a implementação das recomendações das instituições médicas para reduzir o consumo de refrigerantes e outras bebidas açucaradas entre crianças e adultos."
A American Beverage Association/ABA, grupo profissional que representa a indústria de refrigerantes e bebidas de frutas, rejeitou vigorosamente as conclusões destes estudos. "A obesidade não se deve unicamente a um só tipo de comida ou bebida", escreveu a ABA em um comunicado, destacando que "as bebidas açucaradas têm um papel menor na alimentação dos americanos" e não representam, em média, mais que 7% das calorias absorvidas pelas pessoas nos Estados Unidos.

Açúcar: um grande vilão da saúde



Além dos já conhecidos problemas com diabetes e obesidade, pesquisa recente diz que o açúcar também pode prejudicar o aprendizado e a memória

Aretha Yarak
Açúcar: a Associação Americana do Coração indica o consumo máximo de seis colheres de chá por dia para as mulheres e de nove para os homens
Açúcar: a Associação Americana do Coração indica o consumo máximo de seis colheres de chá por dia para as mulheres e de nove para os homens (Thinkstock)
Um estudo divulgado nesta semana por pesquisadores da Universidade da Califórnia adicionou mais um prejuízo à saúde ao vasto repertório de problemas trazidos pelo consumo de açúcar: além de aumentar os riscos de doenças como o diabetes tipo 2, ele também pode atrapalhar o aprendizado e a memória. Pesquisadores conseguiram provar em laboratório que o alto consumo de frutose, um tipo de açúcar, diminuiu o número de conexões entre as células nervosas de ratos.
O potencial danoso do açúcar pode ter origem no fato de que ele é um ingrediente recente na dieta humana. Ao longo da história, o homem obteve quantidades limitadas desse alimento, por meio de frutas ou mel. O consumo anual, no final do século XIX, por exemplo, era de apenas dois quilos por pessoa. Atualmente é de 37 quilos, segundo Michel Raymond, pesquisador do Instituto de Ciências Evolutivas da Universidade de Montpellier, na França, e autor do livroTroglodita é você! (Ed. Paz e Terra, 256 páginas). Essa mudança drástica não deixou o organismo humano impune. Estudos mostram que o açúcar, por alterar alguns tecidos humanos durante a fase de crescimento, pode ser o responsável por problemas que vão de miopia e acne até o câncer. Em comunicado emitido em 2009, a Associação Americana do Coração recomendou a redução do consumo do açúcar alertando que ele pode causar problemas metabólicos, como diabetes, hipertensão e aumento do colesterol ruim.

Tipos de açúcar

FRUTOSE
Açúcar obtido de frutas, mel, de alguns cereais e vegetais e do xarope de milho. A frutose é metabolizada diretamente no fígado, não precisando de insulina para sua quebra primária. Por ter um gosto mais doce, vem sendo usada como adoçante em alimentos industrializados. Seu consumo excessivo pode sobrecarregar o fígado, levando ao acúmulo de gordura no órgão e à hepatite não-alcoólica.
SACAROSE
É o açúcar refinado, e também o mascavo, comprados em supermercados e que provêm da cana-de-açúcar ou de outros processos alcoólicos. Formado por uma molécula de glicose e uma de frutose, esse açúcar consome mais energia do organismo para sua quebra.
GLICOSE
É um açúcar simples, cuja fonte de energia é fundamental para o funcionamento do organismo. A glicose dificilmente é consumida em forma de alimento, sendo sua utilização pelo corpo fruto de processos químicos de degradação – como a quebra da frutose e da sacarose.
* Fonte: Ricardo Meirelles, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Alguns especialistas, no entanto, vão mais longe. O endocrinologista Robert Lustig, professor de pediatria da Universidade da Califórnia (UCLA) e diretor do Programa de Avaliação de Peso para Saúde do Adolescente e da Criança, considera o açúcar — em qualquer forma — um veneno para o corpo.
Recomendação – A quantidade ideal de consumo do açúcar ainda é controversa. A Associação Americana do Coração indica que mulheres consumam no máximo seis colheres de chá de açúcar por dia (30 gramas ou 100 calorias). Para os homens, o limite seria de nove colheres de chá (45 gramas ou 150 calorias). Em 2009, quando a recomendação foi publicada, o americano consumia em média 22 colheres de chá de açúcar todos os dias — o Brasil não tem estimativas seguras, mas calcula-se, com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, algo em torno de 150 gramas por dia, ou 30 colheres de chá.
Grande parte vem de uma fonte só: os refrigerantes. Embora as frutas sejam naturalmente ricas em frutose, contêm pouco açúcar. Uma maçã grande tem pouco mais de 23 gramas de açúcares, ou menos de cinco colheres de chá. Uma porção de morangos com 150 gramas tem menos de duas colheres de açúcar. Em uma lata de 350 mililitros de Coca-Cola, por exemplo, há 37 gramas de açúcar. Há outra vantagem no consumo de frutas: as fibras atrasam a digestão dos açúcares, evitando sobrecarga do fígado.
No Brasil, não há uma indicação específica para o consumo de açúcar. Segundo Regina Pereira, presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia de São Paulo, existe apenas uma recomendação do consumo total de carboidratos, que ao ser metabolizado pelo corpo transforma-se em glicose. Em uma dieta de 2.000 calorias, por exemplo, o indicado é que 50% seja de carboidratos, independente do tipo. "Mas o brasileiro tem o hábito de consumir bastante açúcar. Um pouco disso se deve à característica do açúcar de ajudar a aliviar a tensão", diz..

Refrigerante aumenta acúmulo de gordura em torno dos órgãos



Esse tipo de bebida não só aumenta gordura no organismo, mas também a concentra em lugares como o fígado, elevando risco de diversos problemas

Efeito inverso: a bebida, usada normalmente para evitar o ganho de peso, está relacionada ao aumento no acúmulo de gordura na cintura
Refrigerantes com açúcar: consumo de bebida acumula gordura em lugares como fígado e músculos, oferecendo riscos para diabetes e problemas cardíacos (Thinkstock)
Os efeitos negativos do consumo de refrigerantes comuns, com açúcar, vão além do ganho de peso e de gordura. Um estudo feito no Hospital Universitário de Aarhus, na Dinamarca, concluiu que quem consome pelo menos um litro desse tipo de bebida todos os dias acumula maior quantidade de gordura em lugares perigosos, como no fígado, nos músculos e em órgãos localizados no abdome. E, consequentemente, corre maior risco de desenvolver diabetes e doenças cardíacas. A pesquisa foi publicada no periódico American Journal of Clinical Nutrition.
CONHEÇA A PESQUISA
Título: Sucrose-sweetened beverages increase fat storage in the liver, muscle, and visceral fat depot: a 6-mo randomized intervention study

Onde foi divulgada: periódico American Journal of Clinical Nutrition

Quem fez: Maria Maersk, Anita Belza, Hans Stødkilde-Jørgensen, Steffen Ringgaard, Elizaveta Chabanova, Henrik Thomsen, Steen B Pedersen, Arne Astrup, and Bjørn Richelsen

Instituição: Hospital Universitário de Aarhus, Dinamarca

Dados de amostragem: 47 pessos obesas ou com sobrepeso

Resultado: Pessoas que consumiram diariamente, por seis meses, um litro de refrigerante açucarado aumentaram em 25% a gordura em torno dos órgãos e dobraram a gordura acumulada no fígado e nos músculos.
Os pesquisadores acompanharam 47 pessoas que beberam todos os dias, durante seis meses, um litro da bebida de sua escolha: água, leite, refrigerante normal ou refrigerante diet. Todos os participantes escolhidos eram obesos ou tinham sobrepeso, já que, segundo os pesquisadores, pessoas com esse perfil são mais sensíveis a mudanças de dieta do que aquelas que têm peso normal.
Após os seis meses, os participantes que consumiram refrigerante normal foram os que mais acumularam gordura. Ao final do estudo, eles tinham 25% a mais de gordura em torno dos órgãos e cerca de duas vezes mais gordura acumulada no fígado e nos músculos do que quando a pesquisa começou.
A gordura acumulada em regiões onde não deveriam, como no fígado, por exemplo, é chamada de gordura ectópica. Segundo um dos autores do estudo, Bjorn Richelsen, essa gordura é mais perigosa para a saúde de uma pessoa do que a gordura subcutânea, que é aquela que fica sob a pele. A gordura ectópica induz a uma disfunção dos órgãos e pode representar um fator de risco para problemas como diabetes, doenças cardíacas, derrames e problemas no fígado.
De acordo com os pesquisadores, esse estudo fornece informações importantes que podem apoiar recomendações para redução do consumo de bebidas açucaradas.

Tomate, melancia e pimentão podem reduzir o risco de AVC



Pesquisa mostra que o licopeno, uma substância que dá a cor avermelhada aos alimentos, é um grande aliado.

Substância encontrada no tomate pode ser um grande aliado na luta contra o AVC
Foto: Reprodução
Substância encontrada no tomate pode ser um grande aliado na luta contra o AVCREPRODUÇÃO
Uma dieta rica em tomate pode reduzir o risco de um acidente vascular cerebral. É o que afirmam pesquisadores da Finlândia. De acordo com os estudiosos, o licopeno — uma substância avermelhada encontrada em alimentos como tomate, pimentão vermelho e melancia — é o grande responsável pela diminuição de incidências de AVC.
Para comprovar os benefícios da substância, a pesquisa reuniu 1.031 homens. Eles tiveram seus níveis de licopeno no sangue avaliados no início dos estudos e nos 12 anos seguintes. Os participantes foram divididos em quatro grupos, com base na quantidade de licopeno no sangue. E, de acordo com os testes, aqueles com mais de licopeno na corrente sanguínea foram os menos propensos a ter um acidente vascular cerebral.
O estudo afirma que o risco de AVC foi reduzido em 55% nos indivíduos que apresentaram uma dieta rica em licopeno.
A “Stroke Association“, porém, pediu mais pesquisas sobre a relação da substância com os resultados apresentados.
Dr. Jouni Karppi, da “University of Eastern Finland”, em Kuopio, disse que o estudo apresenta mais evidências de que uma dieta rica em frutas e vegetais está associado com um menor risco de acidente vascular cerebral.
— Os resultados apoiam a recomendação de que as pessoas consumam mais de cinco porções de frutas e vegetais por dia, o que provavelmente levaria a uma grande redução no número de AVC em todo o mundo.
Dr. Karppi disse que o licopeno agiu como um antioxidante na redução da inflamação e impediu a coagulação do sangue.
— Esse estudo sugere que um antioxidante encontrado em alimentos como o tomate, pimentão vermelho e melancia pode ajudar a diminuir o risco de AVC. Porém, as pessoas não devem deixar de comer outros tipos de frutas e legumes, pois todos eles têm benefícios e continuam a ser uma parte importante de uma dieta básica — reforçou Dr. Clare Walton, da “Stroke Association”, que continuou: — Serão necessárias mais pesquisas para nos ajudar a entender como esse antioxidante pode ajudar a manter baixo o risco de derrame.

10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Reposição Hormonal Feminina


Embora seja uma fase natural da vida para todas as mulheres, a menopausa - fase em que o corpo para de produzir os hormônios estrógeno e progesterona- é vista de modo negativo por muitas mulheres pelo fato dela vir acompanhada de sintomas desagradáveis. Pensando nisso foi desenvolvido um tratamento para aliviar essa etapa, a chamada terapia de reposição hormonal. Confira abaixo 10 coisas que você precisa saber sobre esse tratamento.


1.       De acordo com o Comitê de Nomenclaturas da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, a menopausa é a fase em que a mulher passa do estágio reprodutivo para o não reprodutivo.

2.       Os principais sintomas que identificam a menopausa começam a acontecer entre 45 e 55 anos. 

3.       Os principais sintomas dessa fase são a parada das menstruações, ondas de calor e suores noturnos, insônia, diminuição no desejo sexual, irritabilidade, depressão, osteoporose, ressecamento vaginal, dor durante o ato sexual e diminuição da atenção e memória. Esses sinais podem variar de mulher para mulher.

4.       A diminuição na produção hormonal na menopausa aumenta as chances do aparecimento de doenças cardiovasculares e da osteoporose.

5.       O tratamento existe com a finalidade de aliviar os sintomas e não de cessar o processo da menopausa.

6.       As doenças cardiovasculares e a osteoporose também podem ser prevenidas com o tratamento, já que melhora a quantidade do cálcio no esqueleto, age beneficamente nos níveis do colesterol bom (HDL) e diminui a possibilidade de doença coronariana.

7.       O tratamento é geralmente realizado com dosagens relativamente baixas de estrógenos, por via oral ou trans-dérmica (adesivos sobre a pele ou gel).

8.       O tratamento também pode ser feito com implantes hormonais, método menos utilizado no nosso meio. 

9.       Para as mulheres que retiraram o seu útero, não há necessidade da reposição da progesterona. Já as pacientes que não fizeram esse procedimento devem receber, além do estrogênio, a progesterona ou um progestágeno sintético. 

10.   Não há consenso quanto ao tempo que deve ser mantida a terapia hormonal, que deve ser decidido caso a caso.