sábado, 10 de novembro de 2012

Estudo afirma que dopamina melhora memória de longo prazo




Efeito de hormônio sobre cérebro de idosos foi pesquisado por alemães.
Substância está relacionada com sensação de prazer.

Cientistas alemães descobriram que a dopamina, substância ligada à sensação de prazer e bem-estar no cérebro, está também relacionada à memória de longo prazo. A pesquisa foi publicada na revista "Journal of Neuroscience".

Os resultados são da equipe do Centro Alemão de Doenças Degenerativas (DZNE) e da Universidade de Magdeburg, que analisaram pessoas entre 65 e 75 anos cuja tarefa era ver fotos de paisagens e lugares fechados. Depois de duas e seis horas, os voluntários reviram as imagens e passaram por exames de ressonância magnética.
Segundo os pesquisadores, liderados pelo neurocientista Emrah Düzel, as pessoas que receberam esse "hormônio do prazer" – que também funciona como um neurotransmissor, para a comunicação entre neurônios e músculos – tiveram um melhor desempenho nos testes de memória que o grupo que tomou placebo, ou seja, comprimidos sem nenhum princípio ativo.
Os autores destacam que o trabalho pode ajudar a entender como as lembranças de longa duração se formam e por que a memória se perde rapidamente após o início do mal de Alzheimer, que poderia se beneficiar com novos tratamentos no futuro. A falta de dopamina também pode ter implicações em sintomas de doenças como Parkinson.
Idosas (Foto: Sergei Supinsky/AFP)Memória a longo prazo em idosos está ligada à presença do hormônio dopamina (Foto: Sergei Supinsky/AFP)
De acordo com os cientistas, ao provocar uma "enxurrada" de satisfação no cérebro, a dopamina fica ligada a eventos gratificantes, que tendem a ser lembrados por um longo tempo.
Outros trabalhos já haviam analisado essa relação, mas é a primeira vez que uma equipe a confirma em pessoas mais velhas, especificamente no que se refere à "memória episódica", relacionada a situações autobiográficas lembradas conscientemente – e a primeira área atingida em casos de demência.
Memória (Foto: Arte/G1)

Reposição hormonal alivia os efeitos do processo de envelhecimento



Médicos explicam como funciona a terapia para homens e mulheres.
Saiba para quem o tratamento é indicado e quais pessoas não devem fazer.

Tratamentos hormonais aos 40 ou 50 anos têm ajudado homens e principalmente mulheres a retardar o processo de envelhecimento e aliviar seus efeitos.

Com a reposição de estrógeno e progesterona, por exemplo, o corpo feminino enfrenta melhor a menopausa, sem tantos sintomas indesejáveis.
Esse assunto, porém, provoca muitas dúvidas. Várias mulheres têm medo de desenvolver câncer de mama ou útero, por exemplo. Segundo os ginecologistas José Bento e Nilson Roberto de Melo, cada caso deve ser avaliado individualmente sobre as eventuais recomendações e contraindicações.
Reposição hormonal versão final (Foto: Arte/G1)reposição hormonal pode ser feita com dosagens relativamente baixas, por via oral ou transdérmica (adesivo, gel ou creme). Neste último tipo, os hormônios são absorvidos pela pele, caem na corrente sanguínea e se espalham pelo corpo. A vantagem da opção não-oral, segundo José Bento, é que ela não agride o fígado.
Como o sistema hormonal é o “maestro” do corpo, um desequilíbrio pode desencadear doenças e acelerar o processo de envelhecimento. Veja abaixo a função de cada hormônio:Veja todas as notícias sobre saúde do homem
- DHEA: regula o estresse
- Testosterona: controla a libido, a potência sexual, o coração, o tecido gorduroso e a musculatura
- Estrógeno e progesterona: age na libido, no coração, no tecido gorduroso e na densidade óssea
- Pregnenolona: regula a memória e o metabolismo neuronal
- T3 e T4: controla o metabolismo corporal, o peso, a energia, a pele, os cabelos, as unhas e o funcionamento intestinal
- Melatonina: é responsável pelos receptores hormonais, pelo sistema imune e pela qualidade do sono.
As taxas hormonais não caem porque envelhecemos, mas envelhecemos porque o corpo para de produzir as quantidades suficientes de hormônios. E eles não começam a cair ao mesmo tempo.
Esse nível nos homens geralmente baixa oito anos antes das mulheres, mas neles a redução é mais lenta. O sexo feminino passa praticamente três quartos da vida sob forte influência do sistema endócrino e se torna bem mais suscetível a flutuações hormonais.
O estrógeno reduz 30% aos 50 anos, com flutuações na menopausa. Já a progesterona tem queda de 75% entre os 35 e 50 anos, com contínuo declínio. Após a menopausa, ela praticamente desaparece. Esse hormônio tem a finalidade de manter a gravidez e proteger contra o câncer de endométrio (revestimento do útero), pólipos e miomas.
A testosterona baixa 40% entre os 40 e 60 anos e, aos 80 anos, fica praticamente zero. O DHEA diminui 50% entre os 25 e 50 anos. E, aproximadamente aos 75 anos, ele cai mais 50%.
Menopausa (Foto: Arte/G1)
Na menopausa, as mulheres ganham mais gordura na barriga e, consequentemente, aumentam as chances de sofrer um infarto. Muitas mantêm o peso, mesmo tendo menos músculos e mais gordura.
A queda do estrógeno causa uma “masculinização” no corpo da mulher. Ela deixa de ter curvas acentuadas, de "pera", e passa a ter as formas mais quadradas, de "maçã".
O metabolismo mais lento também propicia o aumento da massa gorda. Mulheres que não podem fazer reposição devem seguir uma dieta de baixa caloria e fazer atividade física para controlar o peso.
Dicas de hábitos saudáveis
- Tenha uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, vegetais, cálcio e peixes
- Limite o consumo de carne vermelha a uma ou duas porções por semana
- Aumente o consumo de soja, tofu, linhaça e semente de abóbora
- Evite frituras, gorduras, massas, doces, sal e café
- Beba muito líquido: no mínimo oito copos de água por dia
- Faça exercícios regulares
- Procure um médico para acompanhar suas taxas hormonais, por exame de sangue
- Pare de fumar e diminua a ingestão de bebida alcoólica
- Durma bem, de sete a oito horas por dia

Risco de morte por câncer de próstata é maior em obeso, diz estudo Pesquisa revela que fatores metabólicos elevam risco de morte por doença.



Pressão alta e diabetes também influenciam; testes foram feitos na Suécia.

Pressão alta, açúcar e lipídios em excesso no sangue, além de obesidade são fatores metabólicos que foram relacionados ao aumento do risco de morte por câncer de próstata em homens, de acordo com estudo publicado na revista "Cancer", da Sociedade Americana do Câncer.
Os resultados da pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (22), sugerem que dieta e hábitos saudáveis para prever doenças no coração e diabetes ajudariam a reduzir a probabilidade de um homem morrer desta doença.
Cientistas da Universidade Umeå, na Suécia, analisaram informações de aproximadamente 290 mil homens durante 12 anos. Durante o acompanhamento, 6.673 homens foram diagnosticados com a doença e 961 morreram.
Pressão alta e obesidade têm risco maior de óbito
A partir das observações, os estudiosos sugerem que o risco de morte por câncer de próstata é 36% maior em homens com índice de massa corpórea alta, e 62% maior em pacientes com pressão alta.
A pesquisa não encontrou evidências que tais fatores metabólicos estão ligados ao desenvolvimento do câncer, mas aponta que, se a doença for desenvolvida em homens com tais características, o risco de morte é maior.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre todos os tipos de câncer no Brasil, o de próstata ainda atinge mais os homens que o de mama afeta as mulheres. Apesar de a próstata ser o problema mais frequente nos homens, com 60.180 novos casos previstos para 2012, o câncer de pulmão mata mais.

Casos previstos de câncer em homens no Brasil*
Próstata – 60.180
Traqueia, brônquios e pulmões – 17.210
Cólon e reto – 14.180
Estômago – 12.670
Cavidade oral – 9.990

Cânceres que mais matam homens no Brasil**
Traqueia, brônquios e pulmões – 13.677
Próstata – 12.778
Estômago – 8.633
Cólon, reto e ânus – 6.452
Esôfago – 5.923

* Estimativas para 2012
**Dados de 2010 do SUS

Os riscos do glúten



Especialistas alertam que sensibilidade à substância pode levar a distúrbios autoimunes


Farinha. Alimento básico de culturas no mundo, ela contém glúten, relacionada a uma série de doenças autoimunes
Foto: Mônica Imbuzeiro/04-04-2006
Farinha. Alimento básico de culturas no mundo, ela contém glúten, relacionada a uma série de doenças autoimunesMÔNICA IMBUZEIRO/04-04-2006
RIO - Presente em pães, massas, biscoitos, bolos, o trigo é um cereal tão integrante da alimentação de diversas populações no mundo que é difícil pensar numa sociedade sem ele. Para ser ter ideia, a Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) da ONU estima uma produção mundial de 690 milhões de toneladas este ano. Apesar de uma importante fonte de nutrientes, o trigo carrega a proteína do glúten, prejudicial ao organismo de um número crescente de indivíduos. Aveia, cevada e centeio também contêm esta proteína, que pode levar à chamada doença celíaca, um distúrbio autoimune. Além de lidar com a não absorção do glúten, os pacientes se deparam com mais um desafio pouco conhecido: o risco de desenvolver outras doenças autoimunes, tais como artrite reumatoide, diabetes tipo 1 e esclerose múltipla. O pior é que o caminho oposto também pode ocorrer.
Há pouco menos de duas décadas, imaginava-se que uma em cada dez mil pessoas no mundo tinha a doença celíaca. Nos anos 2000, a Universidade de Maryland, nos EUA, mostrou que ela é bem mais comum, e aparece em 133 a cada dez mil na América do Norte. No Brasil, são 400 por dez mil. A compreensão da doença levou à melhora do diagnóstico, assim como ao entendimento de seus outros riscos associados.
— A comorbidade (enfermidades relacionadas) da doença celíaca com outros distúrbios autoimunes tem sido descrito há algum tempo. Mas agora que conseguimos entender o genoma humano, ficou claro que estas comorbidades se devem a “assinaturas” comuns. Também existe uma corrente crescente de pensamento sugerindo que doença celíaca não tratada pode levar a outras doenças autoimunes — explicou um dos principais especialistas no tema, Alessio Fasano, coordenador do Centro de Pesquisa para Celíacos da Universidade de Maryland.
Em pessoas com doença celíaca, o glúten desencadeia uma reação autoimune que ataca o próprio intestino, incapaz de absorver a substância. Fasano explica que além da genética e do “gatilho” ambiental (no caso do celíaco, o glúten), descobriu-se que um terceiro elemento-chave está na gênese das doenças autoimunes: a perda da função de barreira do intestino, que acaba permitindo a entrada de substâncias nocivas no organismo.
Doença celíaca, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, artrite reumatoide e doenças inflamatórias do intestino têm em comum uma significativa “permeabilidade do intestino”, causada geralmente por níveis anormais da proteína zonulina — que modula as junções entre os enterócitos, as células do intestino delgado. No caso da doença celíaca, Fasano explica que o próprio glúten leva à produção exagerada desta proteína. Por enquanto, não foram descobertas substâncias associadas às outras doenças autoimunes, que, por associação, também poderiam levar ao aumento da zonulina.
Dieta sem glúten para paciente de doença autoimune
Ainda são poucos os estudos, mas a experiência tem mostrado que pacientes com doença autoimune podem se beneficiar de uma alimentação isenta de glúten.
— Há pouca evidência de que a dieta sem glúten pode ser benéfica para além dos celíacos. Mas há alguns relatórios, inclusive, sobre pessoas com esclerose múltipla ou diabetes que tiveram bons resultados — afirmou.
A dermatologista e reumatologista Sueli Coelho, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, afirma que pelo menos 30% dos pacientes com doenças autoimunes de pele, como dermatite herpetiforme, também têm doença celíaca.
— Nestes casos, o tratamento passa a ser o mesmo da doença celíaca, associada a uma medicação. A melhora é significativa — afirma.
Outras enfermidades, como a psoríase, eritema escamoso e artrite reativa, também podem estar associadas à doença celíaca.
— Os mecanismos imunológicos são aprimorados a cada dia. Antes não se ligava a doença da pele à do intestino, mas hoje já investigamos a doença celíaca neste quadro — explica.
Especialistas, entretanto, são enfáticos ao afirmar que os riscos do glúten não devem levar qualquer um a abandoná-lo. Cerca de 1% da população é celíaca. Enquanto isto, os cereais são fontes importantes de fibras e outros nutrientes.
— Quando a pessoa não tem doença celíaca, o glúten é bastante saudável, ajuda no trânsito intestinal e melhora a digestão — afirma o nutrólogo e médico consultor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Hélio Osmo, que ainda dá um conselho para os celíacos: — Eles passam por muita dificuldade na dieta. Ao não encontrar produtos específicos para celíacos, o melhor é evitar os industrializados, porque grande parte contém glúten.

Cinco dicas para se alimentar melhor no trabalho


Organização e disposição para fazer uma reeducação alimentar são os primeiros passos


Levar saladas de casa é uma boa opção para quem quer uma alimentação mais saudável no trabalho
Foto: Reprodução da internet
Levar saladas de casa é uma boa opção para quem quer uma alimentação mais saudável no trabalhoREPRODUÇÃO DA INTERNET
RIO - Comer todo dia fora de casa pode ser um problema. Nem sempre, conseguimos ter uma alimentação balanceada e, com o corre-corre do trabalho, muitos acabam optando por fast-foods ou lanchinhos nada saudáveis. Invariavelmente, ao fim de alguns meses notamos o ponteiro da balança subir ou, em alguns casos, surgem problemas de saúde. Para quem quer mudar esse quadro e, de quebra, voltar ao peso normal, é preciso um pouco de organização e disposição para fazer uma reeducação alimentar.
— Além de manter seu peso corporal, uma alimentação equilibrada ajuda a tolerar o estresse do dia a dia e ter energia suficiente para render ao máximo em suas atividades — explica a nutricionista argentina María Cecilia Ponce, do laboratório ALCAT, em artigo publicado no site do El Clarín.
A especialista lembra que o primeiro passo é tomar consciência e introduzir pequenas mudanças no seu estilo de vida. Para aqueles que estão dispostos a enfrentar o desafio, María Cecília dá algumas dicas. Confira:
1) Não deixe de almoçar — por mais atarefada que a pessoa esteja, deve respeitar seu tempo. Reserve alguns minutos para se sentar, mastigar com calma, saborear e desfrutar de um prato de comida leve, repleto de energia e nutrientes.
2) Planeje o que vai comer — A chave para ter uma alimentação balanceada é organização e entrar no que ela chama de cultura tupper(em referência aos potes da linha Tupperware). No início de cada semana, compre e leve para o trabalho os seguintes itens:
— Lanches saudáveis: leve frutas, iogurte, barrinhas de cereais ou biscoitos com baixo teor de gordura. Tenha esses alimentos estocados nas gavetas, pois assim conseguirá resistir aos doces e outras guloseimas oferecidas por seus colegas de trabalho.
— Saladas de vegetais: prepare potinhos com cenoura, ervilha, folhas verdes, aipo ou beterraba. Para acompanhar, opte por proteínas de baixa caloria, como pedaços frios de frango ou peru, atum natural, queijo magro, tofu ou ovo cozido. Também pode acrescentar arroz integral ou legumes.
— Pudins ou suflês de vegetais: ótimos para substituir as quiches ou empadões comprados prontos, que têm muita gordura trans e farinha.
3) Equipe seu escritório — Tenha sempre à mão água mineral ou com sabor, sucos ou refrigerantes diets, chicletes ou balas sem açúcar. Eles ajudam a vencer a ansiedade e evitam aquela hora do desespero típica da jornada de trabalho, quando temos vontade de comer o que vemos pela frente.
4) Substitua o cafezinho — Dê preferência a infusões mais saudáveis, como um chá de frutas ou de ervas.
5) E, depois do almoço...dê uma caminhada! — Por mais que tenha que comer no seu local de trabalho, tente caminhar por alguns minutos, nem que seja dando a volta no quarteirão. Ajuda a fazer a digestão e alivia o estresse, pois é uma oportunidade de se desligar os problemas do trabalho.

Especialistas revelam quais são os cinco mandamentos para uma velhice perfeita



Pesquisadores de Harvard e da Universidade da Califórnia descobriram que o segredo pode estar dentro de nós. E um médico brasileiro traduz o trabalho em cinco mandamentos.




Comer bem. Praticar atividades físicas. Não é de hoje que perseguimos a fórmula ideal para manter o corpo e a mente saudáveis, apesar do tempo que insiste em passar. E informação é o que não nos falta. O brasileiro se cuida, aprende, se esforça para viver mais e melhor.
Por que ainda é tão difícil? O que está faltando?
A melhor universidade do mundo foi atrás desta resposta. Pesquisadores de Harvard e da Universidade da Califórnia descobriram que o segredo pode estar dentro de nós.
E um médico brasileiro traduz o trabalho em cinco mandamentos. Fundamentais para quem deseja uma velhice feliz.
Primeiro mandamento: decisão. Disciplina e determinação para por em prática tudo aquilo que já sabemos.

“Se o fato apenas de saber fosse suficiente, médicos não fumavam e nutricionistas não seriam gordas. É porque mesmo sabendo não tiveram ou não têm atitude de mudar. O adulto que quer ter uma velhice boa, antes de mais nada invista na vida de agora olhando pro futuro. Mude o que tiver de mudar agora olhando pro futuro, e não esperar o futuro chegar pra dizer: perdi tempo”, afirmou o geriatra Renato Maia.
Segundo mandamento: evitar comportamentos de risco que comprometam nossa saúde.
“É um comportamento de risco a velocidade, a violência, é um comportamento de risco também a pessoa tentar, do ponto de vista físico, ultrapassar os limites. É preciso viver sem medo, mas sem adotar comportamentos que no fundo, no fundo, podem dar até um prazer naquele momento, mas são contra o tempo de vida”, explicou Renato Maia.
Terceiro mandamento: saber enfrentar as adversidades e as dificuldades que a vida nos apresenta.
“A perda, o dissabor, a tristeza com o acontecimento não podem ser negados. As pessoas que conseguem resolver enfrentar essas situações com reações mais positivas elas vivem mais e vivem melhor”, disse o geriatra.
Quarto mandamento. Cultivar os laços sociais.
“Os laços sociais, eles começam na família, passam pela comunidade, podem passar pela igreja, mas são relacionamentos que devem ser positivos, construtivos, harmônicos, solidários. A pessoa que tem bons laços sociais, ela tem motivo para viver muito mais e melhor”, ressaltou Renato Maia.
E o quinto mandamento: ter um projeto para a aposentadoria, que não seja somente garantir a renda necessária para viver.
“A aposentadoria hoje não dura apenas cinco ou dez anos como no passado, ela pode durar 20, 30 anos. Então é preciso ter um projeto para esse momento da vida. Porque essa história de sonhar em fazer nada, sonhar em ser inútil, sonhar em não ter compromisso, isso não é um projeto de vida, isso é um projeto de morte. Esse projeto não é voltar ao trabalho , não significa voltar a ter renda, mas ter algo que preencha a vida, algo que dê significado a vida”, completou o geriatra.

Cientista americano afirma ter encontrado ponto G feminino




Pesquisa, porém, contraria estudos anteriores, que eliminaram a existência de uma área específica capaz de gerar prazer sexual à mulher


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Ponto G (Foto: SXC)(Foto: SXC)
Cientista americano garante ter finalmente achado o ponto G na área genital da mulher – aquele ponto famoso por provocar grande prazer sexual quando estimulado. Em pesquisa publicada nesta quarta-feira (25) no periódico The Journal of Sexual Medicine, o diretor do Instituto de Ginecologia de São Petersburgo, nos Estados Unidos, Adam Ostrzenski, descreve tamanho e local exato do ponto. A afirmação, porém, é controversa.
Ostrzenski garante que encontrou uma estrutura claramente definida, nunca antes descrita cientificamente, que ele acredita ser o ponto G da mulher. Para confirmar a teoria – idealizada primeiramente a partir de procedimentos ginecológicos de rotina em suas pacientes no consultório –, o pesquisador dissecou a parede vaginal do cadáver de uma mulher de 83 anos de idade.
A análise levou Ostrzenski a encontrar uma região entre a vagina e a uretra, perto da membrana perianal, a 16 milímetros da entrada do canal vaginal. O ponto G teria 8,1 milímetros de comprimento, de 1,5 a 3,6 milímetros de largura e 0,4 milímetros de altura.
De acordo com ele, ninguém nunca havia encontrado tal estrutura antes por causa de seu pequeno tamanho e localização profunda dentro do tecido vaginal. “Este estudo confirmou a existência anatômica do ponto G, que pode levar a um melhor entendimento e ao desenvolvimento da função sexual feminina”, diz o cientista em comunicado à imprensa.
A existência de uma área sensível na vagina foi abordada já no século XI, em antigos textos indianos. Pesquisas científicas posteriores também confirmaram diferenças anatômicas no tecido genital de mulheres que afirmaram chegar ao orgasmo. Porém, um estudo recente, de janeiro de 2012, sugeriu que não há evidências plausíveis e consistentes para a existência de uma região semelhante ao ponto G na anatomia feminina. Agora, novas pesquisas devem ser realizadas para comprovar a descoberta do americano.

Testosterona nelas: gel promete recuperar a libido feminina



Marasmo nos lençóis, querida? Procure um médico e faça exames hormonais
Há fases na vida das mulheres em que o parceiro provoca tanto tesão quanto um vaso de samambaias. Não necessariamente, caros leitores, esse desinteresse sexual é culpa da sua barriguinha de chope ou da falta de bons estímulos. A não ser que você faça o tipo Coronel Jesuíno Mendonça, personagem de José Wilker em “Gabriela”, e apenas diga “hoje eu vou lhe usar”. 

A libido feminina depende de um bom estoque de testosterona, o hormônio responsável pelo vigor. É comum, por exemplo, que mulheres na menopausa sintam desânimo e fadiga por causa de uma deficiência de testosterona. Jovens que usaram continuamente pílula anticoncepcional também podem sofrer desse problema. Uma amiga de 27 anos consultou um endocrinologista com a seguinte queixa: “Doutor, estou com preguiça de pensar e fazer sexo!”. Depois de checar o resultado dos exames hormonais, ele prescreveu um gel.

Ela seguiu à risca a recomendação e começou a usá-lo diariamente. Em poucos dias, vieram os calores internos e a hipersensibilidade e o desejo irrefreável. O namorado se beneficiou horrores do tratamento. Eu quis saber em que região do corpo, exatamente, ela massageava o tal gel. Porque, reflitam comigo, se fosse lá na dita cuja… podia ser até gel fixador de cabelo! Óbvio que ela estaria curtindo um momento placebo, né? Mas, não, era na parte interna das coxas.

A testosterona com essa finalidade não foi aprovada pela ANVISA nem pelo FDA, órgãos que regulamentam a indústria farmacêutica. Apesar das inúmeras pesquisas que comprovam a eficácia nos casos de ausência de libido, as duas instituições temem os efeitos colaterais a longo prazo. Em países como a Austrália, ela é vendida como remédio nas farmácias. No Brasil, é preciso levar a receita médica para um laboratório de manipulação. O produto pode ser indicado na forma de gel, comprimido, sublingual, implante ou injeção.
Segundo a ginecologista e sexóloga Carolina Ambrogini, as pacientes relatam mais pensamentos sexuais, sonhos eróticos e lubrificação. Elas ficam mais suscetíveis às investidas do parceiro. “Mas não é mágico”, diz Carolina, coordenadora do Projeto Afrodite (Unifesp). “Principalmente se a ausência de libido for um problema emocional, como casamento falido”.

Como nem tudo na vida são orgasmos múltiplos, o uso de testosterona também tem possíveis efeitos colaterais, ligados à virilização: crescimento dos pelos e do clitóris, voz mais grossa e até calvície. Aquela minha amiga chegou atrasada ao nosso encontro porque está levando muito mais tempo na depilação. Não foi só o tesão que aumentou. Os pelos da região da perna em que aplica o gel, antes finos e clarinhos, agora tem aspecto de pelos pubianos!

O risco da garganta profunda



Transmitida por sexo oral e resistente aos antibióticos, uma nova forma de gonorreia de faringe está se tornando epidêmica


A Organização Mundial de Saúde estima entre 700 mil e 1 milhão de brasileiros infectados com gonorreia. Nos Estados Unidos, ela é a segunda doença contagiosa mais comum. Causada pela bactéria gonococo, a gonorreia é transmitida principalmente pelo ato sexual. São raros os casos de contaminação por artigos de higiene íntima ou vasos sanitários. O que pouca gente sabe – ou o que muita gente subestima – é o risco de ser contaminado pelo sexo oral. Nessa prática sexual, seja por aversão ao gosto do látex ou pela diminuição da sensibilidade, as pessoas costumam ignorar a camisinha. Isso para não falar do prazer feminino: você conhece alguém com o hábito de cobrir a vagina com papel celofane ou plástico de embalar alimentos para evitar o contato direto com a língua? Pois é.
Boca sensual (Foto: SXC.HU)
Mas o risco existe – e tem se tornado cada vez mais alto, por causa dos novos hábitos sexuais disseminados pela pornografia disponível na internet. As exibições de cenas explícitas de sexo oral do tipo “garganta profunda”, realizadas por profissionais, parecem estar estimulando os jovens a fazer o mesmo com os seus diversos parceiros – com péssimos resultados. Em Los Angeles, segundo reportagem publicada na revista Newsweek, os casos de gonorreia de faringe aumentaram desde 1988 sete vezes em relação aos de órgãos genitais. “Apesar de as pessoas acharem que sem penetração é seguro, o risco de contaminação pela boca existe”, diz a médica Mariângela Freitas da Silveira, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Uma pesquisa americana publicada em 2004 revelou que 82% dos adultos sexualmente ativos nunca usaram preservativo no sexo oral. “Não dá para ser hipócrita: é muito desagradável mesmo”, afirma o ginecologista Paulo Canella, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por esse motivo, cresceu o número de infectados pela garganta.
A outra novidade, igualmente negativa, é que bactéria que migrou para a garganta já não é uma bactéria comum. Ela resiste a boa parte dos antibióticos disponíveis. Até a década de 1980, a gonorreia era curada com penicilina. Num rápido processo de evolução, a bactéria tornou-se resistente a esse tipo de medicamento. Os médicos começaram a usar a quinolona, uma nova classe dos antibióticos. Recentemente, dados epidemiológicos mostraram que também esse antibiótico não faz mais efeito em regiões da Ásia e da Europa. “No Brasil, a resistência da bactéria ainda é baixa”, afirma o infectologista Max Igor Lopes. “Mas estamos vivendo uma epidemia global de doenças sexualmente transmissíveis e nada impede que tenhamos esse problema aqui em breve”. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 10 milhões de brasileiros tiveram alguma DST ao longo da vida sexual.
Sabe-se que os homens têm menos chance de serem contaminados no sexo oral. Isso porque a bactéria não gosta de colonizar a parte mais externa da boca (gengiva, língua ou bochecha), uma vez que a saliva tem enzimas que destroem a gonococo. Já as mulheres convivem com um perigo muito maior ao levar a extremidade do pênis até o fundo da boca – ou mesmo até a garganta. O infectologista Max Igor Lopes, do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que a parte posterior da boca, quente é úmida, é o ambiente propício para a bactéria. “Cerca de 20% das pessoas infectadas têm gonorreia na faringe”, diz Lopes. Os sintomas são de uma inflamação normal – dor, vermelhidão e pus na garganta. Na maioria das vezes, o paciente nem desconfia da doença e é tratado com uma faringite corriqueira. Assim, continua contaminado e transmitindo a bactéria. Diagnosticada, é preciso tratar também os parceiros sexuais com uma dose única de antibiótico. 

Não é dor de cabeça. É de barriga



Um novo estudo revela o verdadeiro motivo do “hoje não, querido”. Problemas intestinais afetam a vida sexual de 57% das mulheres entrevistadas


GREVE A dentista Renata Vasconcelos, de 31 anos. Nas semanas em que ela se esquece do banheiro, sexo nem pensar (Foto: Letícia Moreira/ÉPOCA)
A dor de cabeça – desculpa universal das mulheres para dispensar o parceiro, virar para o lado e dormir – pode ser um eufemismo para outro tipo de desconforto, tão constrangedor que elas preferem nem nomeá-lo. E ainda abrem mão do prazer por ele. Um levantamento inédito sobre a saúde feminina revela que distúrbios intestinais, como a prisão de ventre, afetam a vida sexual de 57% das entrevistadas. Muitas dizem perder o apetite sexual (22%). Algumas deixam de ter relações sexuais (17%). Os dados são de um estudo com 3.500 mulheres, realizado em dez cidades pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) com a Danone Research, centro de pesquisa da empresa multinacional de produtos lácteos.
Os desconfortos causados pela prisão de ventre – dores, cansaço, inchaço – estendem a preguiça do intestino à libido. Elas ficam irritadas, sentem-se feias e ainda temem que algum efeito colateral do problema se manifeste justamente na hora H. “Tenho medo sim”, diz a dentista Renata Vasconcelos, de 31 anos. Ela diz que chega a “esquecer” o banheiro por uma semana. Nesses dias, sexo é impraticável. O receio de Renata é o mesmo de 24% das mulheres entrevistadas durante o estudo. A dona de casa Severina Ferreira, de 50 anos, também prefere fugir das investidas do marido. “Fico tão inchada e deprimida que fazer sexo nem passa pela minha cabeça”, diz. Ela avisa o marido de que está “naqueles dias”, e ele logo entende o recado: não se trata de tensão pré-menstrual. São poucas as mulheres que falam sobre o problema com os parceiros. A paisagista Kátia Teixeira, de 45 anos, prefere as desculpas convencionais, como dor de cabeça. “Por maior que seja a intimidade, acho que falar sobre o assunto quebra o encanto.”
*  Amostra: 3.500 mulheres, entre 18 e 60 anos, em dez cidades brasileiras  (Foto: Fontes: Federação Brasileira de Gastroentereologia e Danone Research )
O tabu só contribui para piorar o problema, a que as mulheres estão naturalmente mais propensas. Descargas de um dos hormônios femininos, a progesterona, diminuem os movimentos intestinais. Como o intestino é uma das áreas com mais enervações do corpo, é muito suscetível à ação de outros hormônios. “O tubo digestivo acaba sendo um catalisador das tensões. Elas podem se manifestar na forma de doenças”, diz o gastroenterologista José Galvão, presidente da FBG.
Como as mulheres têm vergonha de falar de assuntos intestinais, minimizam a importância do desconforto e não procuram ajuda. “A mulher está ligada à ideia de pureza, e a evacuação contrasta com essa imagem estereotipada”, afirma a psicóloga Pâmela Magalhães, especialista em clínica hospitalar. “No inconsciente feminino, ela deixará de ser desejada se fizer ‘essas coisas sujas’.” A vergonha explica por que 20% das entrevistadas afirmaram esperar que o problema passe sozinho, sem buscar orientação médica. “A mulher trata o intestino na terceira pessoa, como se não fizesse parte dela”, diz o bioquímico de alimentos Guilherme Rodrigues, pesquisador da Danone Research.
Seguindo a lógica da inibição, muitas mulheres adotam um comportamento que agrava a prisão de ventre: ignoram os chamados da natureza. “Elas costumam repelir a vontade de ir ao banheiro se estão no trabalho porque têm vergonha dos colegas”, diz Rodrigues. Se estão na rua, fazem o mesmo porque têm asco aos banheiros públicos. Quando estão viajando, a quebra na rotina e a companhia de outras pessoas são o suficiente para afastá-las do banheiro. À medida que elas desprezam os estímulos do intestino, eles vão se apagando. Quando finalmente se sentem confortáveis – sem ninguém por perto, em seu banheiro de estimação –, é o intestino que não quer trabalhar. A memória do organismo registrou que ele deve segurar os estímulos. O bloqueio cultural se transforma numa doença crônica.
Os impactos dessa retenção indesejada vão além da vida sexual. Pioram a qualidade do sono e afetam a produtividade no trabalho (leia o quadro abaixo). Mulheres que dizem com muita frequência “hoje não, querido” devem prestar atenção em seu intestino. A cabeça pode estar ok. 

Um em cada cinco homens com problemas sexuais se automedica, diz estudo



"Os efeitos colaterais são perigosos, mas há ainda o risco da dependência psicológica", afirma médico do Centro de Referência em Saúde do Homem


Remédio - Pílula azul (Viagra) (Foto: SXC)
Um em cada 5 pacientes de 20 a 35 anos que apresentam problemas sexuais já se automedicou com algum tipo de estimulante, seja remédios, como Viagra, ou fitoterápicos, como Ginkgo biloba e ginseng. Esse é o resultado de uma pesquisa feita pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Na hora da consulta, as explicações que mais ocorrem são a curiosidade, a vontade de aprimorar o desempenho sexual e o receio de falhar no momento da relação. No entanto, os comprimidos não apresentam resultados para grande parte dos homens, segundo Joaquim Claro, médico-chefe do serviço de urologia do hospital.
“A medicação não é instantânea e muito menos mágica como acreditam os pacientes. Se o indivíduo já é saudável, o pênis dele não vai ficar ainda mais rígido após o consumo. Portanto, não vai haver mudança no desempenho”, afirma o médico.
Joaquim lembra que esses remédios podem desencadear dores de cabeça e musculares, diarreia, alergias, visão dupla e, em casos mais severos, até cegueira. Em associação com outros medicamentos, podem causar ainda hipertensão e enfarte. Por isso, somente um especialista pode diagnosticar a necessidade de uso e, ainda, o melhor método.
“Os efeitos colaterais são perigosos, mas há ainda o risco da dependência psicológica. O homem passa a supervalorizar a droga e liga o seu próprio desempenho sexual ao uso do remédio", diz. Esta atitude gera um grau elevado de ansiedade e o paciente fica com medo de não ter mais relações satisfatórias se não contar com a ajuda medicamentosa."
Segundo Claro, a prática de atividade física é uma maneira saudável e eficaz de melhorar a atuação na hora do sexo. Os exercícios contribuem com o condicionamento físico, melhoram a circulação sanguínea e aumentam resistência trabalhando as regiões do peito, ombros, braços e pernas, além de elevar a autoestima.