sábado, 13 de outubro de 2012

Açúcar: caso você decida usar, qual a melhor opção ?



Conhecendo um pouco a história: o açúcar já era produzido desde a Antiguidade por indianos e persas, extraído da cana. Foram os árabes que o apresentaram aos europeus  por volta do século X, como especiaria exótica e caríssima. No século XVI, 1 kg de açúcar era vendido por 10 cabeças de gado! O açúcar entrou para civilização Ocidental e evoluiu para a condição de fármaco que dava corpo e sabor doce a xaropes, avançou para a condição de especiaria apreciada pelas elites burguesas e finalmente saltou para a mesa de todos. Essa trajetória só foi possível graças a uma produção que ganhou escala cada vez maior depois que espanhóis e portugueses trouxeram para o novo mundo a cultura da cana-de-açúcar.
É comum chamar de açúcar tudo o que tem o poder de adoçar o alimento. Podendo ser o mel, adoçantes, açúcar de mesa (açúcar branco) e suas variações.
“Açúcar é a sacarose obtida de Saccoharum officinarum ou de Beta alba, L., por processos industriais adequados”, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na nossa alimentação pode estar presente em duas maneiras:
  • açúcar intrínseco (dentro de frutas, vegetais ou doces);
  • açúcar extrínseco (adicionado às preparações).
Ele é extraído sobretudo da cana-de-açúcar e da beterraba.
Tipos mais comuns de açúcar encontrados nos mercados:
  • Refinado ou branco: é o mais prejudicial. No refinamento, seus sais minerais e vitaminas são perdidos e inúmeros produtos químicos são utilizados para que o açúcar fique branco, solto e bonito, motivo este que leva à perda de seus nutrientes.
  • Cristal: com grânulos grandes, difíceis de serem dissolvidos, passa por refinamento, mas conserva 10% dos sais minerais;
  • Confeiteiro: muitíssimo refinado, recebe amido de arroz, de milho ou fosfato de cálcio para os minicristais não se juntarem novamente. Normalmente usado no preparo de doces;
  • Light: combina açúcar refinado a adoçantes artificiais. Porém contém mais aditivos químicos;
  • Demerara: de cor marron-clara, passa por leve refinamento e não tem aditivo químico. Tem alto valor nutricional;
  • Mascavo: é escuro e úmido (cuidado com a umidade devido a presença de fungos). Por não ser refinado, conserva cálcio, ferro e sais minerais. Tem acentuado gosto de cana.
O açúcar orgânico é um produto de granulação uniforme, produzido sem nenhum aditivo químico, tanto na fase agrícola como na industrial, e pode ser encontrado nas versões claras e dourada. Além disso o açúcar orgânico utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio ambiente, desde plantio até etapa final. No mercado já existem algumas opções, como o açúcar cristal orgânico e o açúcar demerara orgânico. Vale lembrar que o demerara possui mais nutrientes que o cristal, mesmo sendo orgânico.

Nutrientes
Refinado
Mascavo / Demerara
Energia
387kcal
376kcal
Carboidratos
99,9g
97,3g
Proteínas
-
-
Vitamina B1
-
0,01mg
Vitamina B2
0,02mg
0,01mg
Vitamina B6
-
0,03mg
Cálcio
1mg
85mg
Magnésio
0mg
29mg
Cobre
0,04mg
0,03mg
Fósforo
2mg
22mg
Potássio
2mg
346mg
Adaptado da Tabela de Composição de Alimentos. Sônia Tucunduva

O excesso de açúcar no organismo leva a alterações como cáries, superacidez (que provoca perda de minerais importantes como por exemplo o fósforo e o cálcio), até a desordens como Resistência a Insulina, Diabetes e até aumento de Triglicerídeos, colesterol, e como consequência a obesidade. Lembre-se: nosso organismo não é preparado para receber excessos dessa carga química.


O ideal é não consumir produtos e alimentos com grandes quantidades de açúcar e adoçantes (principalmente artificiais), como refrigerantes e doces de padaria. Saiba que até pão, pizza, molho shoyo, guaraná “natural” e vinho possui açúcar (olho no rótulo). Evite adicionar em sucos, chás e café, e quando fazê-lo tomar muito cuidado na quantidade (sempre pouco) e buscar pela melhor opção de açúcar: quanto mais escuro e orgânico, mais nutrientes são preservados e menos química é adicionada. Seu organismo agradece!

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