sábado, 17 de novembro de 2012

Por que só os serem humanos são obesos?
Os animais na natureza não são gordos nem obesos, tem o peso que lhes serve. A baleia é um animal gordo? Sim, é. Da mesma forma que os ursos, os leões marinhos e outros que não vem ao caso. Mas eles não gordos porque querem ou gostam de comer além do necessário. A natureza os fez grandes e gordos por razões fisiológicas e climáticas, por uma questão de sobrevivência, não porque gostem de ficar comendo.
Por outro lado os seres humanos tem a capacidade de decidir comer além do necessário, decidem comer e beber por prazer, gula, frustração ou por qualquer outro motivo que vai muito além da sua sobrevivência. Come-se por distração, por profissão, por gostar de comer, por seguir uma moda ou tendencia...

O segredo da longevidade está nos relacionamentos



Estudo que acompanha americanos desde 1940 relata que viver muito tem mais a ver com felicidade do que com classe social; donos de cães têm mais saúde



Donos de cães como Kevin Doorlag, com Zeus, o canino mais alto pelo Guinness, têm menos problemas de pressão, colesterol, e a imunidade mais alta
Foto: AP

Donos de cães como Kevin Doorlag, com Zeus, o canino mais alto pelo Guinness, têm menos problemas de pressão, colesterol, e a imunidade mais altaAP
NOVA YORK - O segredo da longevidade está em três coisas aparentemente simples: ter um cachorro, um casamento feliz e alguns bons amigos, segundo um estudo de referência que identificou estas metas como as mais importantes, seja qual for a origem ou classe social do indivíduo.
Desde 1940, o estudo acompanhou mais de 200 americanos jovens, brancos e saudáveis da juventude à velhice, com avaliações a cada dois anos. O relatório final constatou que longevidade tem muito mais a ver com felicidade do que com classe social.
O atual diretor do estudo, George Vaillant, da Escola de Medicina de Harvard, contou que os relacionamentos são a chave para uma vida longa e disse que apenas quatro dos 31 homens solteiros do início do estudo estão vivos até hoje, comparados a mais de um terço daqueles em “bons relacionamentos”.
— Ter uma família é importante, mas se você quer ser feliz e não tem um bebê de seis meses para trocar sorrisos, compre um cachorro — disse Vaillant. — A descoberta da felicidade é que esta é a palavra errada. O certo seria inteligência emocional, relacionamentos, alegria, contatos e resiliência — afirmou.
O estudo também descobriu que os casamentos trazem mais contentamento após os 70 anos de idade e nosso jeito depois dos 80 anos tem mais a ver com os hábitos formados antes dos 50 anos do que com a genética.
— O crédito por envelhecer com graça e vitalidade é mais de cada indivíduo do que do mapa genético — concluiu Vaillant, que acrescentou ter tido prazer e ganhado esperança com os homens acompanhados no estudo.
Pesquisas anteriores da Universidade Queens, em Belfast, já tinham descoberto que ter um cachorro era mais benéfico para a saúde física e mental do que um gato. Os cães evitam que seus donos fiquem doentes (por fortalecer seu sistema imunológico) e os ajuda na rápida recuperação quando isso acontece. Além disso há o fato de fazerem mais exercícios físicos e donos de cães também tem menos problemas de pressão e colesterol.

Bebidas açucaradas danificam os joelhos



Pesquisa foi realizada com mais de 2 mil pacientes com osteoartrite, doença que atinge as articulações. Homens magros têm mais tendência a serem afetados por produtos


Os homens com peso normal viram suas junções se danificarem mais rapidamente que os acima do peso ou obesos
Foto: André Arruda/05-08-1999
Os homens com peso normal viram suas junções se danificarem mais rapidamente que os acima do peso ou obesosANDRÉ ARRUDA/05-08-1999
RIO - Ingerir bebidas açucaradas não apenas pode engordar, como danificar os joelhos. Pesquisadores do Hospital Brigham and Women, nos Estados Unidos, estudaram mais de 2 mil pacientes que sofriam de osteoartrite nas junções. O trabalho mostrou que, quanto mais produtos do tipo eram consumidos, mais rapidamente a condição da doença se alastrava. Os homens magros apresentaram uma tendência maior à associação.
No início da pesquisa, cada voluntário respondeu a um questionário sobre os hábitos da dieta. Em seguida, foram acompanhados por quatro anos. No período, foram registradas as mudanças no espaço articular do compartimento medial dos joelhos. Os homens com peso normal viram suas junções se danificarem mais rapidamente que os acima do peso ou obesos. Em relação às mulheres, porém, apenas as com peso normal apresentaram uma associação entre bebidas açucaradas e os sintomas.
— Pouco ainda se sabe sobre o avanço do desgaste dos joelhos em pacientes com osteoartrite. O estudo pode oferecer o potencial para identificar os fatores da dieta que podem ser modificados para impedir a progressão dos sintomas — explica Bing Lu, um dos autores do trabalho.
Não se sabe ainda se o problema se deve à quantidade de caloria das bebidas e o consequente peso aos joelhos ou outros ingredientes nos produtos que contribuem para a progressão dos danos. Com a descoberta, o fator se unem a outros de risco aos joelhos de pacientes com osteoartrite como a obesidade, a idade e o estresse.


A descoberta fornece novas interpretações sobre as bases da doença. Pessoas com uma mutação no gene chamado TREM2 têm quatro vezes mais chances de ter o problema.


A doença atingiu celebridades como o ator Charlton Heston (foto) e o ex-presidente americano Ronald Reagan
Foto: EFE/Volker Dornberger
A doença atingiu celebridades como o ator Charlton Heston (foto) e o ex-presidente americano Ronald ReaganEFE/VOLKER DORNBERGER
RIO - Duas equipes internacionais de cientistas identificaram uma rara mutação em um gene ligado a inflamações que aumenta significativamente o risco de desenvolver a forma mais comum de Alzheimer, a primeira descoberta do tipo em uma década.
A descoberta, publicada esta semana no "New England Journal of Medicine", fornece novas interpretações sobre as bases do Alzheimer, uma doença mortal, devastadora, que rouba memórias, independência e a vida das pessoas.
Em estudos separados, as equipes lideradas pelo laboratório deCode Genetics e por John Hardy, do University College de Londres, descobriram que pessoas com uma mutação no gene chamado TREM2 têm quatro vezes mais chance de ter Alzheimer.
O risco de desenvolver a doença é comparável ao ApoE4, a causa genética mais conhecida de Azheimer que atinge os idosos. Entretanto, o novo gene é dez vezes mais raro que o ApoE4, que atinge 40% das pessoas com o mal.
Raro ou não, cientistas dizem que a descoberta representa um grande avanço na pesquisa do Alzheimer.
"Trata-se de uma das mais comuns e mais devastadoras doenças em humanos, e nós ainda não temos um bom entendimento das causas desse mal", disse Allan Levey, diretor do Centro de Excelência da Doença de Alzheimer de Emory (Atlanta, EUA) que auxiliou na confirmação das descobertas do deCode. "Acredito que isso é muito importante. Proporciona outra importante pista de um dos fatores biológicos que contribuem para causar a doença", completou.
Apesar das inúmeras tentativas, a indústria farmacêutica se frustrou em seus esforços de desenvolver uma droga que possa alterar as origens do Alzheimer, que afeta mais de 5 milhões de norte-americanos e custa anualmente ao país mais de US$ 170 bilhões em tratamento.
Pesquisas atuais têm sido focadas na remoção de amontoados de proteína --conhecida como beta-amiloide-- que se acumulam no cérebro das pessoas com o mal de Alzheimer. Porém, muitas drogas que têm sido desenvolvidas para remover essas proteínas têm falhado na melhora significativa dessa forma de demência.
Com a nova descoberta, pesquisadores acreditam que o foco será no papel da inflamação no Alzheimer.
Resposta inflamatória
TREM2 é o gene que afeta a proteína da superfície da célula de vários tecidos que "recolhe o lixo", segundo o Dr. Kari Stefansson, do laboratório deCode, de Reykjavik (Islândia). Essas células, conhecidas como microglia, são constantemente associadas à inflamação.
Uma mutação que altera a função dessas células "faxineiras" poderia afetar a forma como o cérebro lida com o excesso de proteínas tóxicas acumuladas, explicaram Stefanssom e outros cientistas. Isso sugere que, mesmo que o TREM2 seja raro, a forma como atua no cérebro pode ser importante para a saúde delas.
"É plausível que o TREM2 esteja envolvido em todas as formas do mal de Alzheimer", disse Andrew Singleton, do Instituto Nacional do Envelhecimento (Estados Unidos), que trabalhou no artigo com Hardy e colegas do University College. "Acredito que talvez seja generalizado", completou Singleton.
Em sua pesquisa, Hardy e colegas utilizaram uma técnica de sequenciamento de genes para estudar 988 pessoas com mal de Alzheimer e mil voluntários saudáveis
A equipe também examinou tecidos do cérebro de pacientes que sucumbiram à doença, e estudaram o gene TREM2 em camundongos geneticamente modificados.