domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sangue tipo O é associado a menor chance de ataque cardíaco, diz estudo


Anna-Marie Lever

Bolsa de sangue (Arquivo/PA)
Pessoas com sangue tipo O se beneficiam de nível maior de elemento que ajuda o fluxo e a coagulação
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que pessoas que têm o sangue do tipo O são menos suscetíveis a problemas cardíacos do que quem possui sangue A, B, e AB.
O estudo, realizado por cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston, concluiu que as pessoas com o tipo sanguíneo mais raro, o AB, são as mais vulneráveis a doenças do coração.

A pesquisa também descobriu que para pessoas com sangue do tipo B o risco de doenças cardíacas aumentava em 11% e, para pessoas com sangue tipo A, o aumento era de 5%.Para estas pessoas a probabilidade de sofrer com doenças cardíacas é 23% maior do que para as pessoas com o tipo sanguíneo O.
Os pesquisadores não sabem a razão deste aumento de probabilidades. Eles vão agora analisar como os grupos sanguíneos reagem a um estilo de vida mais saudável.
"As pessoas não podem mudar o tipo sanguíneo, mas nossas descobertas podem ajudar os médicos a compreender melhor quem tem risco de desenvolver doenças cardíacas. É bom saber qual o seu tipo sanguíneo, da mesma forma como você deveria saber seu colesterol ou pressão sanguínea", disse o professor Lu Qi, que liderou o estudo.
"Se você sabe que o risco é maior, pode reduzi-lo adotando um estilo de vida mais saudável, ao se alimentar bem, praticar exercícios e não fumar."
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada American Heart Association Journal.

'Complicado'

As descobertas dos cientistas americanos são baseadas em dois grandes estudos realizados nos Estados Unidos, um envolvendo 62.073 mulheres e outro, 27.428 pessoas adultas. Eles tinham entre 30 e 75 anos e foram acompanhados durante 20 anos.
Como a etnia das pessoas estudadas era predominantemente caucasiana, os pesquisadores afirmam que ainda não foi esclarecido se as descobertas podem ser apicadas para outros grupos étnicos.
O grupo sanguíneo AB foi ligado à inflamações, que têm um papel importante nos danos em artérias.
Também foram encontradas provas de que o tipo sanguíneo A está associado ao colesterol ruim, o LDL, que pode bloquear as artérias.
Já as pessoas com o tipo sanguíneo O podem se beneficiar dos níveis maiores de um elemento químico que ajuda no fluxo sanguíneo e na coagulação.
No entanto, o estudo não analisou as razões dos riscos diferentes para os tipos sanguíneos distintos.
"O tipo sanguíneo é algo muito complicado, então podem existir múltiplos mecanismos influenciando (estas diferenças)", disse Lu Qi.

Estudo liga dieta vegetariana a menor risco de doença cardíaca


James Gallagher

Verduras e legumes (Foto: PA)
Cientistas dizem que alimentação variada e equilibrada é determinante para saúde do coração
Deixar de lado carnes e peixes em favor de uma dieta vegetariana pode ter um efeito positivo na saúde do coração, sugere um estudo recente.
A pesquisa, que avaliou 44,5 mil pessoas na Inglaterra e na Escócia, indica que os vegetarianos têm 32% menos probabilidade de morrer ou necessitar de tratamento hospitalar em decorrência de doenças cardíacas.

As conclusões do estudo foram publicadas no American Journal of Clinical Nutrition.Acredita-se que as diferenças em níveis de colesterol, pressão arterial e peso estejam por trás dos benefícios à saúde.
Doenças cardíacas são um grande problema em países ocidentais. Somente na Grã-Bretanha – onde o estudo foi feito – esses males matam 94 mil pessoas por ano, mais do que qualquer outra doença. Outras 2,6 milhões de pessoas têm problemas cardíacos.
O bloqueio, por gordura, das artérias que conduzem sangue ao coração pode causar angina ou até levar a um ataque cardíaco.

Dieta equilibrada

Cientistas da Universidade de Oxford analisaram dados de 15,1 mil vegetarianos e 29,4 mil pessoas que consumiam carnes e peixes.
Ao longo de 11 anos, 169 participantes do estudo morreram e 1.066 precisaram de tratamento hospitalar devido a doenças cardíacas – e a probabilidade foi maior entre os consumidores de carnes e peixes do que entre os vegetarianos.
"A principal mensagem é de que a dieta é um importante fator determinante da saúde do coração", diz a médica Francesca Crowe, uma das autoras do estudo.
Ela ressalta, porém, que não está "defendendo que todos adotem uma dieta vegetariana". Uma das questões-chave é reduzir o consumo de gorduras.
"Os vegetarianos provavelmente apresentam baixo consumo de gordura saturada, então faz sentido que tenham um risco menor de doenças cardíacas", afirma.
Os resultados indicam que vegetarianos têm níveis de "mau" colesterol e pressão arterial mais baixos e também têm maior probabilidade de ter um peso saudável.
"Essa pesquisa nos faz lembrar que devemos buscar uma dieta variada e equilibrada, inclua ou não carne", diz Tracy Parker, da British Heart Foundation.
"Mas é importante ressaltar que ser vegetariano não é um atalho para um coração saudável. Afinal de contas, ainda há muitos pratos vegetarianos com altos níveis de gordura saturada e sal", afirma Parker.
E outra recomendação: "Se você está pensando em mudar para uma dieta vegetariana, planeje suas refeições com cuidado, para substituir vitaminas ou minerais (presentes na carne), como ferro", observa.

Conheça 10 transgênicos que já estão na cadeia alimentar



Foto: PA
Salmão geneticamente modificado é primeiro animal do tipo a ser liberado para o consumo
No final de dezembro passado, a agência que zela pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado, reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas sociais e políticas.
É a primeira vez que um animal geneticamente modificado é aprovado para consumo humano.
Mas muitos consumidores nos Estados Unidos, Europa e Brasil, regiões em que os organismos geneticamente modificados (OGMs) em questão de poucos anos avançaram em velocidade surpreendente dos laboratórios aos supermercados, passando por milhões de hectares de áreas cultiváveis, continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de "maravilhas" tecnológicas como o DDT e a talidomida.
Boa parte do público ainda teme possíveis efeitos negativos dos transgênicos para a saúde e o meio ambiente.
Pesquisas de opinião nos Estados Unidos e na Europa, entretanto, indicam que a resistência aos OGMs tem caído, refletindo, talvez, uma tendência de gradual mudança de posição da percepção pública.
As principais academias de ciências do mundo e instituições como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) são unânimes em dizer que os transgênicos são seguros e que a tecnologia de manipulação genética realizada sob o controle dos atuais protocolos de segurança não representa risco maior do que técnicas agrícolas convencionais de cruzamento de plantas.
O salmão transgênico, que pode chegar às mesas de jantar em 2014, será o primeiro animal geneticamente modificado (GM) consumido pelo homem.
Vários produtos GM já estão nos supermercados, um fato que pode ter escapado a muitos consumidores - apesar da (discreta) rotulagem obrigatória, no Brasil e na UE, de produtos com até 1% de componentes transgênicos.
A BBC Brasil preparou uma lista com 10 produtos e derivados que busca revelar como os transgênicos entraram, estão tentando ou mesmo falharam na tentativa de entrar na cadeia alimentar.

MILHO

Protesto de fazendeiros mexicanos contra milho transgênico. |Foto: Reuters
Dezoito variedade de milho transgênico são aprovadas para consumo no Brasil
Com as variantes transgênicas respondendo por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos, não é de se espantar que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos. Dezoito variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs.
O mesmo pode ser dito da espiga, dos flocos e do milho em lata que você encontra nos supermercados. Há também os vários subprodutos – amido, glucose – usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas) que obrigam o fabricante a rotular o produto.
O milho puro transgênico não é vendido para consumo humano na União Europeia, onde todos os legumes, frutas e verduras transgênicos são proibidos para consumo – exceto um tipo de batata, que recentemente foi autorizado, pela Comissão Europeia, a ser desenvolvido e comercializado. Nos Estados Unidos, ele é liberado e não existe a rotulação obrigatória.

ÓLEOS DE COZINHA

Os óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as culturas geneticamente modificadas – e cujas sementes são uma mina de ouro para as cerca de dez multinacionais que controlam o mercado mundial – chegam às prateleiras com a reputação “manchada” mais pela sua origem do que pela presença de DNA ou proteína transgênica. No processo de refino desses óleos, os componentes transgênicos são praticamente eliminados. Mesmo assim, suas embalagens são rotuladas no Brasil e nos países da UE.

SOJA

Foto: Reuters
Óleo de soja é o principal subproduto do cultivo transgênico para o consumidor
No mundo todo, o grosso da soja transgênica, a rainha das commodities, vai parar no bucho dos animais de criação - que não ligam muito se ela foi geneticamente modificada ou não. O subproduto mais comum para consumo humano é o óleo (ver acima), mas há ainda o leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e a pasta misso, todos com proteínas transgênicas (a não ser que tenham vindo de soja não transgênica). No Brasil, onde a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura, a CTNBio liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas – uma delas também é resistente a insetos.

MAMÃO PAPAYA

Os Estados Unidos são o maior importador de papaya do mundo – a maior parte vem do México e não é transgênica. Mas muitos americanos apreciam a papaya local, produzida no Havaí, Flórida e Califórnia. Cerca de 85% da papaya do Havaí, que também é exportada para Canadá, Japão e outros países, vem de uma variedade geneticamente modifica para combater um vírus devastador para a planta. Não é vendida no Brasil, nem na Europa.

QUEIJO

Aqui não se trata de um alimento derivado de um OGM, mas de um alimento em que um OGM contribuiu em uma fase de seu processamento. A quimosina, uma enzima importante na coagulação de lacticínios, era tradicionalmente extraída do estômago de cabritos – um procedimento custoso e "cruel". Biotecnólogos modificaram micro-organismos como bactérias, fungos ou fermento com genes de estômagos de animais, para que estes produzissem quimosina. A enzima é isolada em um processo de fermentação em que esses micro-organismos são mortos. A quimosina resultante deste processo - e que depois é inserida no soro do queijo – é tida como idêntica à que era extraída da forma tradicional. Essa enzima é pioneira entre os produtos gerados por OGMs e está no mercado desde os anos 90. Notem que o queijo, em todo seu processo de produção, só teve contato com a quimosina - que não é um OGM, é um produto de um OGM. Além disso, a quimosina é eliminada do produto final. Por isso, o queijo escapa da rotulação obrigatória.

PÃO, BOLOS e BISCOITOS

Foto: Getty
Bolos e pães têm componentes derivados de milho e soja transgênicos
Trigo e centeio, os principais cereais usados para fazer pão, continuam sendo plantados de forma convencional e não há variedades geneticamente modificadas em vista. Mas vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja, como farinha (geralmente, nesse caso, em proporção pequena), óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Além disso, há, entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de micro-organismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato. Dependendo da proporção destes elementos transgênicos no produto final (acima de 1%), ele terá que ser rotulado.

ABOBRINHA

Seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus são plantadas e comercializadas nos Estados Unidos e Canada. Ela não é vendida no Brasil ou na Europa.

ARROZ

Uma das maiores fontes de calorias do mundo, mesmo assim, o cultivo comercial de variedades modificadas fica, por enquanto, na promessa. Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que busca um cultivo resistente a insetos. Falou-se muito no golden rice, uma variedade enriquecida com beta-caroteno, desenvolvida por cientistas suíços e alemães. O "arroz dourado", com potencial de reduzir problemas de saúde ligados à deficiência de vitamina A, está sendo testado em países do sudeste asiático e na China, onde foi pivô de um recente escândalo: dois dirigentes do projeto foram demitidos depois de denúncias de que pais de crianças usadas nos testes não teriam sido avisados de que elas consumiriam alimentos geneticamente modificados.

FEIJÃO

A Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conseguiu em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul. As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros - livre de royalties – em 2014, o que pode ajudar o país a se tornar autossuficiente no setor. É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira.

SALMÃO

Foto: AP
Feijão transgênico deve ser distribuído no Brasil em 2014
Após a aprovação prévia da FDA, o público e instituições americanos têm um prazo de 60 dias (iniciado em 21 de dezembro) para se manifestar sobre o salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido. Em seguida, a agência analisará os comentários para decidir se submete o produto a uma nova rodada de análises ou se o aprova de vez. Francisco Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética da Embrapa, disse à BBC Brasil que tem acompanhado o caso do salmão "com interesse", e que não tem dúvidas sobre sua segurança para consumo humano. "A dúvida é em relação ao impacto no meio ambiente. (Mesmo criado em cativeiro) O salmão poderia aumentar sua população muito rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos. As probabilidades de risco para o meio ambiente são baixas, mas não são zero...na natureza não existe o zero".

E ESTES NÃO DERAM CERTO…

A primeira fruta aprovada para consumo nos Estados Unidos foi um tomate modificado para aumentar sua vida útil após a colheita, o "Flavr Savr tomato". Ele começou a ser vendida em 94, mas sua produção foi encerrada em 97, e a empresa que o produziu, a Calgene, acabou sendo comprada pela Monsanto. O tomate, mais caro e de pouco apelo ao consumidor, não emplacou. O mesmo ocorreu com uma batata resistente a pesticidas, lançada em 95 pela Monsanto: a New Leaf Potato. Apesar de boas perspectivas iniciais, ele não se mostrou economicamente rentável o suficiente para entusiasmar fazendeiros e foi tirada do mercado em 2001.

Hábitos saudáveis são o segredo da longevidade, diz estudo


Quem tem hábitos saudáveis, poderá viver mais Foto: Getty Images
Quem tem hábitos saudáveis, poderá viver mais
Foto: Getty Images

A menos que você tenha sido abençoado com alguns genes de longevidade, uma pesquisa sugere que a vida levada de maneira saudável pode ser a chave para a longevidade. Uma nova análise dos centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, acha que as pessoas que priorizam hábitos saudáveis têm mais chances de sobreviver do que aquelas que não o fazem.
Usando dados de 16.958 participantes, com idade a partir de 17 anos, o Estudo de Pesquisa de Mortalidade do National Health and Nutrition Examination analisou, entre 1988 e 2006, quatro hábitos fundamentais associados a uma melhor vida: não fumar, beber álcool moderadamente, fazer exercícios regularmente e comer uma dieta saudável.
Pessoas que fizeram dos quatro comportamentos saudáveis um hábito tiveram 63% menos probabilidade de morrer por qualquer causa durante o período de estudo de 18 anos do que aqueles que não se engajaram a nenhum dos comportamentos.
Aqueles que incorporaram à vida todos os quatro hábitos de baixo risco também tiveram 65% menos probabilidades de morrer de doença cardiovascular e 66% menos probabilidade de morrer de câncer, em comparação com os que fumavam, bebiam, comiam mal e não se exercitavam.
"Nossos resultados acrescentam à base de evidências sobre o efeito favorável de vida saudável sobre a mortalidade", disseram os pesquisadores. "As estimativas de mortalidade que podem ser adiada ressaltam a necessidade de melhorar o nível geral da vida saudável".
Cada comportamento saudável foi individualmente associado com um risco reduzido de morte - a abstenção de fumar teve o maior efeito - mas a magnitude do impacto maior foi quando todos os comportamentos eram praticados em conjunto.
Claro, sempre haverá piadas do tipo "meu avô comia mal e fumava todos os dias até 93 anos", que contradizem tais pesquisas, mas o peso das evidências mostra que cuidar de si mesmo compensa no longo prazo.

Entenda o segredo da boa forma dos chineses


A Medicina Tradicional Chinesa defende o uso de ervas e alimentos para melhorar a saúde Foto: EFE
A Medicina Tradicional Chinesa defende o uso de ervas e alimentos para melhorar a saúde
Foto: EFE

Marga Zambrana
Por que os chineses são mais magros? Além de por questões genéticas, a maioria dos especialistas destaca que a dieta equilibrada e baseada nos hábitos de saúde taoístas e a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) mantêm essa população no peso ideal.
A prova de que o segredo da magreza dos chineses está na dieta e em hábitos de vida equilibrados é que até os mais magros estão começando a engordar com a chegada do hambúrguer e outros tipos de fast-food. "A obesidade é uma doença que aumenta lentamente no mundo todo. O excesso de peso afeta a circulação, a pressão arterial e pode, inclusive, provocar câncer", explicou Wendy Shao, especialista em Medicina Tradicional Chinesa do Beijing United Family Hospital and Clinics (BJU), um dos mais caros da capital chinesa.
Produtos naturais, acupuntura e massagens
A MTC, uma prática preventiva de três mil anos de antiguidade e cuja efetividade continua sendo objeto de estudo e controvérsias para a ciência ocidental, combina o uso de ervas medicinais, dietoterapia, massagens e acupuntura para resolver os problemas de obesidade.
Procedente de uma família de mulheres especialistas em MTC, Wendy deu uma série de conselhos gerais, como evitar a perda de peso rapidamente por meio do uso de produtos ditos "milagrosos", já que podem produzir problemas cardíacos.
De fato, alguns medicamentos chineses à base de efedra e exportados através da internet foram proibidos nos Estados Unidos por conterem uma substância ilegal, o cloridrato de fenfluramina, que estava associada à problemas no coração e cuja venda foi proibida em 2009 na China.
Wendy defendeu o uso de produtos naturais, sem componentes químicos, para equilibrar todo o corpo: "este é o núcleo do meu tratamento, combinado com a acupuntura e as massagens".
Segundo ela, a maioria de seus pacientes conseguiu reduzir entre 5% e 10% de seu peso e melhorar a aparência de sua pele, que costuma sofrer com as mudanças bruscas de peso.
Seus tratamentos começam por equilibrar o interior mediante acupuntura e massagens e depois com chás a base de ervas, entre elas a do fruto do cratego chinês, a raiz de kudzu e a de sementes de cássia.
Wendy assegurou que estes chás não provocam efeitos colaterias e contêm numerosos flavonóides (antioxidantes), como a citrina, e outros componentes que, combinados em função de cada pessoa, podem ajudar a perder peso ao reduzir o apetite e ativar o metabolismo e o funcionamento do sistema digestivo colaborando para a evacuação, a eliminação dos triglicerídeos e na redução do colesterol.
"Trata-se de fazer com que a beleza e a saúde se encontrem e não de perder saúde a fim de se conquistar beleza", recomendou a especialista. Como parte de seu tratamento, a acupuntura desempenha um papel fundamental, pois através dela "se pode influir no sistema digestivo e reduzir a ansiedade a fim de que os pacientes comam menos, além de melhorar a circulação, enquanto as massagens incidem nos mesmos pontos para conseguir efeitos similares".
A especialista recomendou que, para emagrecer, as pessoas devem procurar um um profissional experiente em MTC, já que cada caso exige remédios individualizados para que o corpo recupere o equilíbrio e, com ele, a saúde, a beleza e a magreza.
Equilibrando o ¿Yin¿ e o ¿Yang¿
O objetivo do diagnóstico pela MTC é equilibrar os elementos "yin" (negativo) e "yang" (positivo). A MTC se baseia na natureza e no poder das ervas e dos alimentos, que têm quatro características: frio, quente, temperado e fresco; e cinco sabores: salgado, ácido, doce, amargo e picante.
O tratamento consiste em usar remédios com uma natureza e sabor opostos ao do problema a fim de neutralizá-lo.
Cada uma destas características tem uma influência diferente. Por exemplo, os alimentos ácidos atuam sobre o fígado e a vesícula biliar, os amargos favorecem a drenagem e atuam sobre o coração e o intestino, os salgados lubrificam e atuam sobre o rim e os doces tonificam o baço, o pâncreas e o estômago. Da mesma forma, os alimentos quentes revigoram, os neutros harmonizam e os frios adstringem.
Wendy recomendou perder peso gradualmente, a um ritmo de entre 5% e 10% do peso em dois meses, já que mais rápido que isso não é considerado saudável. Além disso, aconselha aos pacientes que reduzam ou abandonar de vez hábitos alimentares ocidentais, como o abuso de café e de pizzas. "É preciso comer muitos vegetais e frutas. E substituir o café por chá verde ou Chá Pu-erh, que não só ajudam a perder peso, mas são ricos em antioxidantes que mantêm a juventude".
Para a MTC também é muito importante ter paz de espírito e praticar esportes. Por este motivo, a especialista recomendou descansar após as refeições e, depois, praticar alguma atividade física, como uma caminhada em ritmo acelerado.
"Se a linfa flui, o corpo emagrece"
Lili Lu, famosa por seus tratamentos naturais herdados de gerações de praticantes da MTC, também disse acreditar que não há milagres, portanto a pessoa precisa manter uma alimentação equilibrada e praticar esportes. Ela assegurou que é esse o segredo da beleza de atrizes chinesas como Li Bingbing, Xu Qi, Gao Yuanyuan e da francesa Juliette Binoche.
Os antepassados de Lili trataram tanto dos aristocratas da dinastia Qing como dos funcionários de Mao Tse Tung e passaram para ela a receita contra a acne a base de mel que a tornou famosa entre a colônia estrangeira em Pequim como "Sugar Mama".
De seu salão em Pequim, o Royal Family Beauty and Health Care, ela revelou à Agência Efe que os melhores alimentos para o verão, ricos em antioxidantes, são brócolis, tomate, pepino e arando.
"A medicina chinesa age para que todo o corpo esteja são. Acho que é importante conhecer como se distribui o sistema linfático por todo o corpo (...). Se a linfa flui sem obstáculos, então o corpo emagrece", explicou a esteticista.
Por isso, entre as recomendações que Lili dá a seus clientes está caminhar diariamente por 20 minutos em um ritmo acelerado, para que o corpo sue, promovendo a circulação do sangue, mantendo a fluência do sistema linfático, expulsando as toxinas e reduzindo o peso. Ela recomendou ainda alimentos com fibras, comer muito no café da manhã e pouco para jantar, e dedicar entre 20 e 40 minutos diários para a prática de atividades físicas.
"Não sou a favor de a pessoa emagrecer reduzindo a quantidade de comida, acho que o exercício é o melhor método. O esporte ajuda a digerir a comida e melhora o tom dos músculos", destacou.
A esteticista, que tem 56 anos, 1,68 metro de altura e 60 quilos, explicou que mantém essa proporção graças a sua rotina: a primeira coisa que ela faz ao se levantar é tomar uma colherada de mel e água, depois se exercita durante 20 a 40 minutos, faz uma refeição que inclui tomate, pepino, maçã, carnes, frutas, leite, queijo e ovos. O jantar costuma ser mais leve, a base de peixe e carnes branca, para que a digestão seja rápida.
Ela afirmou que na sua idade é preciso consumir mais alimentos ricos em cálcio e vitamina D, incluindo queijo e soja.
"Acho que o leite, os ovos, o sol e atividades físicas são quatro fatores essenciais para se manter a saúde. A vitamina D também é importante."

Água de coco pode substituir isotônicos após exercícios, diz estudo


Bebida natural tem cinco vezes mais potássio que os isotônicos.

No entanto, fruta tem menos sódio, que também é perdido no suor.

Saiba a qualidade e a higiena da água de coco em Fortaleza. (Foto: Reprodução / TV Verdes Mares)Água de coco repõe o potássio perdido no suor,
mas fica devendo quanto ao sódio
(Foto: Reprodução / TV Verdes Mares)
A fama da água de coco como bebida ideal para tomar depois de uma atividade física acaba de ganhar mais evidências científicas. Um estudo comparou a água de coco com as principais marcas de bebidas isotônicas e concluiu que elas têm características parecidas, capazes de repor rapidamente os sais minerais perdidos pelo suor.
“A água de coco é uma bebida natural que tem tudo que um isotônico tem e mais”, afirmou Chhandashri Bhattacharya, da Universidade do Sudeste de Indiana, nos EUA, autora do estudo publicado nesta segunda-feira (20) no encontro da Sociedade Química Americana.
Na comparação, a água de coco tem cinco vezes mais potássio que os isotônicos. O potássio é importante para quem faz exercícios físicos porque evita as cãibras. Além da água de coco, a banana é uma fonte rica nesse elemento.
Por outro lado, a água de coco tem dois terços da quantidade de sódio dos isotônicos. Segundo a autora, é importante repor esse elemento, perdido em grande quantidade no suor. Por essa diferença, a água de coco sozinha não seria suficiente para repor todos os sais necessários. Uma alternativa seria ingerir algum alimento salgado, pois o sal de cozinha é a principal fonte de sódio.
Isso vale especificamente para as pessoas que fazem muita atividade física. Para quem não faz, o excesso de sódio é visto cada vez mais como um problema de saúde. Ele provoca o aumento da pressão sanguínea, e a pressão alta aumenta o risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais.

Veja 5 formas de acabar com a vontade de comer doce


O desejo pelo doce é sinal de baixo nível de açúcar no organismo Foto: Getty Images
O desejo pelo doce é sinal de baixo nível de açúcar no organismo
Foto: Getty Images

Ao longo do dia surge aquela vontade de comer um chocolate ou outras guloseimas para adoçar a boca. O desejo por algo doce é sinal de que os níveis de açúcar do corpo estão desequilibrados. Quando a quantidade está abaixo do ideal, o corpo anseia por alimentos ricos em carboidratos açucarados para regular os níveis. As informações são do site Body and Soul.
Estabilizar a quantidade de açúcar no corpo é essencial para uma boa saúde, manter o peso sob controle, reduzir o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Veja a seguir cinco maneiras de evitar a ânsia por chocolate e doces no dia-a-dia.
1 - Coma com frequência
Fazer refeições menores e mais regularmente ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e reduz o desejo por doces. O café da manhã é uma das refeições mais importantes do dia, pois é a primeira após o longo jejum durante o sono. Deixar de tomar café da manhã provoca a queda nos níveis de açúcar, falta de energia e desejo por doces logo pela manhã.
2 - Proteína 
Comer alimentos ricos em proteínas nas refeições e lanches ajuda a conter a vontade por doces. A proteína ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue. Nozes, sementes, legumes, ovos, peixes, carnes magras, iogurte e queijo com baixo teor de gordura e produtos de soja são opções de alimentos ricos em proteína e saudáveis.
3 - Cromo
O mineral Cromo estabiliza os níveis de açúcar no sangue e pode ajudar a controlar a ânsia pelas guloseimas doces. Os alimentos ricos em Cromo são: brócolis, cereais integrais, nozes, cogumelo, soja, tomate, cebola, trigo, pão de centeio, ervilha e batata.
4 - Alimentos ricos em fibra
Escolha alimentos ricos em fibras, pois eles têm um efeito estabilizador dos níveis de açúcar no sangue. A fibra reduz a velocidade de absorção de glicose dos alimentos. Os alimentos ricos em fibras são: cereais integrais, pães granulados, massas integrais, legumes e frutas.
5 - Siga uma dieta de baixo índice glicêmico 
A maioria dos alimentos processados, que são ricos em açúcar e pobres em fibras, tem um índice glicêmico elevado. Alimentos com alto IG disparam os níveis de açúcar no sangue rapidamente e provocam a liberação de altos níveis de insulina na corrente sanguínea. Estudos descobriram que uma dieta rica em alimentos de alto IG está associada ao ganho de peso, obesidade e desenvolvimento de diabetes tipo 2. Alimentos como nozes, sementes, legumes, frutas e vegetais colaboram para uma dieta de baixo IG.

Descubra sete mitos comuns sobre emagrecimento


Conheça sete mitos sobre emagrecimento Foto: Getty Images
Conheça sete mitos sobre emagrecimento
Foto: Getty Images

Comer depois das 18h engorda? Preciso cortar o carboidrato se quiser perder peso? Dieta é mesmo a melhor forma de entrar na calça jeans? Segundo a Fox News, essas e outras questões são dúvidas comuns entre as pessoas que estão em guerra com a balança. A publicação listou sete mitos muito comuns o assunto é perder peso. Confira:
Mito nº 1 - É proibido comer depois das 20h para não acumular gordura A verdade: seu corpo não sabe a diferença entre o café da manhã ou o jantar. Por isso, a refeição da noite anterior vai entrar no sistema e ser usada nas atividades da manhã seguinte. Mas fique atento: quando estamos cansados, é comum ingerirmos alimentos calóricos. Se você é desses e não abre mão do lanchinho da noite, deixe opções prontas na geladeira (como frutas cortadas ou legumes semi-cozidos) para saciar a fome sem botar a perder a dieta.
Mito nº 2 - Comer pequenas porções de alimentos acelera o metabolismo A verdade: alguns alimentos, incluindo os que contém cafeína, podem fazer o corpo queimar mais calorias. Mas o efeito é pequeno demais para ajudar a perder peso. O que influencia esse processo na verdade é a composição do corpo e o tamanho. Pessoas com maior percentual de massa magra no corpo conseguem queimar mais calorias. Ou seja, invista em modalidades como musculação, pilates e ioga, que estimulam a musculatura do corpo.
Mito nº 3 - Massas fazem você engordar 
A verdade: carboidratos são fonte importante de energia para o corpo. O problema é que as pessoas tendem a comer demais desse alimento junto com outros ingredientes - como molhos e carnes - que contém ainda mais calorias. Pense no macarrão (ou outra massa de sua preferência) como um ingrediente e não a base da receita, misturando com outros alimentos como vegetais e carne magra. Também prefira as opções integrais, que vão manter a fome longe por mais tempo.
Mito nº 4 - Café pode ajudar você a perder peso 
A verdade: o café pode momentaneamente diminuir o apetite, mas não é suficiente para ajudar no emagrecimento. Pior: se você tomar muito da bebida, pode ficar ansioso ter problemas de pressão arterial. Outro problema de exagerar na cafeína é que ela altera o padrão de sono e, cada mais, estudos relacionam a perda de peso com boas noites de descanso. O ideal é manter o consumo (incluindo de chás) em duas xícaras por dia. Se adicionar açúcar ou chocolate, não se esqueça de contabilizar as calorias.
Mito nº 5 - Leite pode ajudar você a perder peso 
A verdade: o cálcio faz bem aos ossos, mas não interfere no acúmulo de gordura no corpo. Na verdade, alguns estudos ligaram o consumo de leite com uma maior ingestão de calorias. Não deixe de consumir laticínios, mas prefira as versões light ou desnatado. Se a ingestão de cálcio for o seu foco, é possível encontrá-lo em vegetais de folha escura (espinafre, brócolis, couve etc.)e produtos enriquecidos com o mineral, como leite de soja e suco de laranja.
Mito nº 6 - Fazer dieta é a melhor forma de emagrecer 
A verdade: a curto prazo, o corpo de fato vai perder peso. No entanto, medidas temporárias causam perdas temporárias, e as chances de engordar novamente são grandes. Por isso, o melhor é fazer uma reeducação alimentar e manter a nova alimentação. O plano funciona melhor se aliado a exercícios físicos, que não apenas ajudam a perder os quilos a mais como também a manter o corpo magro.
Mito nº 7 - Comer proteínas e carboidratos separadamente ajuda a perder peso 
A verdade: não existem provas de que comer apenas determinado grupo de alimentos em cada refeição ajuda a emagrecer. Na verdade, unir proteínas com carboidratos integrais (que contém muita fibra) é a melhor maneira de manter o estômago cheio e a fome longe. Apenas saiba escolher: prefira proteínas sem gordura saturada (como carne branca) e carboidratos integrais ou vegetais e frutas. Como demoram mais para serem digeridos, a energia será liberada aos poucos no organismo e a fome vai demorar a bater.

Pesquisa indica que manteiga não é boa "companheira" do pão


A manteiga é a vice-campeã na preferência dos brasileiros para acompanhar o pão Foto: Getty Images
A manteiga é a vice-campeã na preferência dos brasileiros para acompanhar o pão
Foto: Getty Images

A dupla pão com manteiga faz sucesso há vários séculos, mas pode não ser a mais indicada para a saúde, segundo dados de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), visto que a manteiga é rica em gorduras e as margarinas contêm gorduras trans, que são prejudiciais à saúde do coração.
De acordo com a pesquisa, a margarina foi eleita a mais popular para acompanhar pães, torradas e biscoitos, sendo usada por 32,2% dos mais de dois mil entrevistados, seguida da manteiga (19,8%) e do creme vegetal (12,6%).
"É importante que as pessoas tenham consciência de que é possível reduzir o risco de doenças através de uma dieta saudável. Saber fazer as escolhas alimentares certas é um requisito essencial na busca por um envelhecimento com boa qualidade de vida", afirmou Isabela David, médica nutróloga responsável pelo estudo realizado pela Liga Nacional de Nutrologia da ABRAN, que levantou quais são os alimentos mais consumidos no Brasil, durante o café da manhã, para acompanhar pães, biscoitos e torradas. Conhecidos comospreads, termo sem tradução para o português, requeijão, geleia, margarina, manteiga, mel etc são os alimentos mais comuns, sendo boas fontes de gordura da dieta usual do brasileiro.
Isabela destacou a importância de se conhecer a qualidade da gordura do spread a ser consumido para prevenir doenças. "Devemos optar por alimentos ricos em gorduras mono e poli-insaturadas, como o azeite de oliva extra-virgem e os cremes vegetais, recomendados para a redução do risco cardio-vascular." Outra pesquisa, feita recentemente com pacientes cardíacos do hospital Dante Pazzanese, da capital paulista, concluiu que há falta de conhecimento sobre quais alimentos previnem e auxiliam no tratamento de doenças cardiovasculares, já que muitos pacientes desconhecem termos técnicos como gorduras mono e poli-insaturadas, dificultando a escolha dos alimentos.

Comendo com mais inteligencia.


Elle Macpherson e Rosie Huntington-Whiteley são modelos que seguem as recomendações Foto: Getty Images
Elle Macpherson e Rosie Huntington-Whiteley são modelos que seguem as recomendações
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Michelle Achkar
É possível perder peso sem fazer dietas de restrição alimentar e uma rígida rotina de exercícios. A dica é do inglês James Duigan, que é personal trainer de modelos como Elle Macpherson, que aos 47 anos exibe silhueta impecável como a dos seus áureos tempos de supermodel nos anos 90, e de atriz Rosie Huntington-Whiteley.
Confira as dicas do profissional, publicadas pelo jornal Daily Mail, ao lado das informações das nutricionistas Marilyn Glenville e Kim Pearson.
Mastigar muito
Quanto mais o alimento é mastigado, menos calorias são absorvidas pelo corpo. Uma pesquisa recente aponta que pessoas que mastigam cerca de 40 vezes comem até 12% menos comida do que os mastigam apenas 15 vezes.
A mastigação fornece ao cérebro a informação de que o corpo está satisfeito e ainda ajuda a baixar níveis de hormônios no organismo que colaboram para a sensação de fome. Manter o alimento mais tempo na boca também ajuda a comer menos, já que o cérebro leva 20 minutos para registrar que o estômago já está cheio.
Coma até uma hora depois de acordar
Os especialistas concordam que o café da manhã é a refeição mais importante do dia e dizem que os que não pulam essa etapa são geralmente mais leves, magros e têm menos compulsão em ficar beliscando alimentos o dia todo. Isso porque a falta do alimento pela manhã deixa o metabolismo mais lento e colabora para a vontade de comer açúcar.
A qualidade da refeição também é importante para determinar o que o corpo irá pedir ao longo do dia, por isso invista em proteínas magras, cereais, frutas. Pesquisas recentes apontam que pessoas seguindo dietas de emagrecimento perderam até duas vezes mais peso reduzindo pela metade o número de calorias consumidas na primeira refeição do dia.
Concentre-se na refeição
Dedicar um tempo exclusivamente para comer é importante, pois especialistas apontam que fazer outras atividades enquanto se alimenta impede o cérebro de receber os sinais de saciedade, o que significa que aumentam as chances de ganhar quilos extras comendo além da conta.
E as mulheres tendem a acumular mais peso quando comem sem prestar atenção. Isso inclui coisas triviais como falar ao telefone, ver TV ou até mesmo ouvir música.
Cuidados ao cozinhar
O cozimento elimina grande parte dos nutrientes dos alimentos. Portanto, mesmo se comemos de forma saudável podemos não estar nutrindo o corpo de maneira adequada. A falta de vitaminas e outras substâncias causam aquela vontade constante de ficar beliscando o dia todo, como forma de compensar essas faltas. Uma solução é consumir o máximo de alimentos crus possível e evitar cozinhar vegetais no micro-ondas, pois ele elimina quase 100% dos antioxidantes.
Comer frutas primeiro
As frutas são digeridas por enzimas diferentes das usadas pelo corpo para processar outros alimentos. Além disso, demoram apenas cerca de 30 minutos para serem absorvidas pelo organismo. Por isso, se comer frutas após as refeições, elas provavelmente ficarão fermentadas e não fornecerão os nutrientes necessários e ainda podem causar desconfortos. Isso porque elas ficarão atrás dos outros itens consumidos, esperando que esses sejam digeridos, o que demora mais do que duas horas. A dica é comer frutas cerca de meia hora antes das principais refeições.
Não comer após as 20h
Não é indicado comer grandes ou pesadas refeições quando o metabolismo começa a diminuir ou perto da hora de dormir, pois o gasto calórico é menor. É importante evitar comer alimentos como sorvetes, salgadinhos e outras guloseimas que podem fornecer até um quarto das calorias necessárias para o dia. Estipular um horário limite para comer à noite também pode ajudar a se livrar dessas tentações, que costumam chegar após o jantar quando se está na frente da TV.
Comer menos em momentos de tensão
Esqueça sair para tomar um "café" ou almoçar durante um momento de tensão. Usar a refeição para relaxar não faz bem ao corpo. Isso porque quando estamos nervosos, o corpo está cheio de hormônios que o coloca em estado de alerta. O que significa que toda a energia será direcionada para nos proteger da causa do estresse, e não será usada para fazer a digestão. O organismo irá fazer um esforço enorme para absorver os nutrientes. Portanto, espere se acalmar para depois ir comer.
Fatiar os alimentos
Estudos indicam que pessoas que cortam os alimentos em pedaços consomem até 20% menos calorias do que as que deixam os itens inteiros. As fatias também dão a impressão de que o prato está mais cheio, o que implica comer menor quantidade.
Comer menos e mais vezes
Ficar mais do que cinco horas sem se alimentar faz o corpo ¿pensar¿ que está faminto e produz quantidades maiores de cortisol, o hormônio do estresse. O resultado é que a próxima refeição poderá estar recheada de escolhas calóricas, pois o organismo está "faminto". Comer regularmente também colabora para balancear os níveis de insulina no sangue, diminuindo o desejo por itens açucarados.
Pensar antes de beber
Beber água é muito importante para o corpo, mas mesmo esse precioso líquido deve ficar longe das refeições. Ela dilui os ácidos do estômago tornando a absorção dos nutrientes menos eficiente. Portanto, evite tomar água pelo menos 15 minutos antes e após as principais refeições.
Sempre comer proteínas com alimentos ricos em carboidratos
Macarrão, arroz e pão são rapidamente absorvidos pelo organismo, despejando grandes quantidades de açúcares no sangue. O consumo de proteínas junto com itens do tipo ajuda a reduzir a velocidade dessa digestão, equilibrando a liberação de energia no organismo, o que significa que você irá se sentir satisfeito por mais tempo.

Confira 19 dicas mundiais para perder peso


Tomar café da manhã, como fazem os alemães, ajuda a emagrecer Foto: Getty Images
Tomar café da manhã, como fazem os alemães, ajuda a emagrecer
Foto: Getty Images

Patrícia Zwipp
Emagrecer e manter o peso não são tarefas fáceis. O que poucos sabem é que alguns hábitos simples de diferentes países podem ajudar a concretizar o sonho de muitos. Confira sugestões de 19 locais, incluindo o Brasil, listadas pelo site Health. Depois, basta colocá-las em prática.
Tailândia
Comida tailandesa está entre as mais picantes do mundo. A pimenta, além de aumentar o seu metabolismo, faz com que coma mais devagar. "Ao comer rápido, até o momento que o corpo envia sinais de que está satisfeito, já ingeriu demais. Comer devagar é uma estratégia boa para perda de peso", disse James Hill, ex-presidente da Sociedade Americana de Nutrição.
Brasil
A tradicional combinação de arroz com feijão é uma boa dica. Um estudo publicado na revistaObesity Research constatou que uma dieta que consiste principalmente na dupla reduz o risco de excesso de peso em cerca de 14%, quando comparada com a comida típica ocidental. Isso porque tem pouca gordura e é rica em fibra.
Reino Unido
Prefira pequenas porções, como os ingleses. Se você vai a um McDonald's de Londres, na Inglaterra, o funcionário não vai perguntar se prefere aumentar o lanche. A opção foi interrompida no Reino Unido depois de avaliarem que representava menos de 0,1% das vendas.
Indonésia
Islã, a religião líder do país, incentiva o jejum periódico, sem comida ou bebida do amanhecer ao anoitecer. Outros na Indonésia praticam mutih, que permite apenas água e arroz branco. Embora especialistas não recomendem o jejum para controle do peso, a opção moderada pode quebrar o modelo de comer sem pensar, segundo James Hill, ex-presidente daSociedade Americana de Nutrição. "A maioria dos americanos nunca espera ficar com fome. Comemos a próxima refeição antes de termos digerido totalmente a última." Não há necessidade de abstinência rigorosa para obter esses benefícios psicológicos. Basta cortar as calorias pela metade por um dia.
Polônia
Coma em casa com mais frequência do que fora. Os poloneses gastam apenas 5% do orçamento familiar com restaurantes. Quem se alimenta mais longe do lar tende a investir em pratos menos saudáveis e, portanto, engordar.
Alemanha
Não pule o café da manhã, como fazem 75% dos alemães diariamente, em comparação com apenas 44% dos americanos. E eles não investem em opções gordurosas e calóricas. Saboreiam frutas, cereais integrais e pães. Pesquisadores britânicos descobriram que, se deixar a primeira refeição do dia de lado, o centro de recompensa do cérebro se ilumina mais intensamente quando a pessoa vê um alimento de alto teor calórico, tornando mais provável não resistir à tentação.
Holanda
Na Holanda, o número de bicicletas (18 milhões) supera o de pessoas (16,5 milhões). Deixe o carro de lado e invista na magrela, pelo menos para pequenos trajetos próximos de casa. Ao pedalar em um ritmo moderado, é possível queimar cerca de 550 calorias por hora.
Suíça Prove muesli, um cereal suíço feito com aveia, frutas e nozes. As fibras da iguaria tornam a digestão mais lenta, fazendo com que se sinta satisfeito por mais tempo. Mas leia a embalagem com atenção, porque a quantidade de açúcar pode variar de 2g a 14g por porção.
Rússia
Faça uma horta. As casas de campo ou "dachas" russas, onde 51% dos moradores da cidade passam fins de semana e férias de verão, quase sempre têm um jardim. Então, os habitantes cultivam hortaliças e frutas, que vão direto para seus pratos.
Malásia
O açafrão-da-terra (cúrcuma) cresce nas florestas da Malásia. Um dos principais componentes do tempero é uma substância chamada curcumina, que age contra a gordura. Um estudo recente da Universidade de Tufts, dos Estados Unidos, descobriu que ratos alimentados com alto teor de gordura e pequenas quantidades de curcumina ganharam menos peso que os que seguiram a mesma dieta, mas sem a iguaria. Os pesquisadores acreditam que o ingrediente suprime o crescimento do tecido adiposo e aumenta a queima de gordura. Acrescente a iguaria em suas refeições.
França
Não coma com pressa. Permanceça bastante tempo à mesa, converse bastante. "Para os franceses, comer é o evento do dia", disse Fred Pescatore, presidente da Associação Internacional e Americana de Nutricionistas Clínicos. Refeições lentas incentivam a comer menos, já que a conversa retarda o garfo e dá tempo para perceber que está satisfeito.
Hungria
Os húngaros gostam de alimentos em conserva, como pepino, pimenta, repolho e tomate. E o costume ajuda a manter o peso em dia provavelmente por conta do vinegre das iguarias. Evidências crescentes sugerem que o ácido acético, o principal componente do vinagre, ajuda a reduzir a pressão sanguínea, os níveis de açúcar no sangue e a formação de gordura.
África do Sul
O chá de rooibos (arbusto cultivado apenas em uma pequena área no Cedarberg, da província do Cabo Ocidental, na África do Sul) é apreciado em todo o país. É naturalmente doce e, portanto, não precisa de adição de açúcar. "Culturas que bebem chá geralmente têm índices mais baixos de obesidade. Isso pode ser por conta de compostos especiais, como catequinas, que determinados chás contêm, ou porque podemos simplesmente pensar que estamos com fome, quando estamos desidratados", disse Fred Pescatore, presidente da Associação Internacional e Americana de Nutricionistas Clínicos.
Noruega
Tenha um domingo em família e saia para passear pelo bairro. Na Noruega, todos, desde crianças aos idosos, vão caminhar (no verão) ou esquiar (no inverno).
Índia
Invista na ioga. Um estudo recente descobriu que os praticantes têm um índice mais baixo de massa corporal (IMC) do que os adeptos a outras modalidades. E existem muitas razões para isso. É melhor fazê-la com o estômago vazio e ainda constrói músculos, o que estimula o metabolismo. Além disso, encoraja a ter mais atenção e, assim, é mais fácil perceber quando se está satisfeito.
Japão
Tire uma soneca. No Japão, muitas pessoas reservam 20 a 30 minutos diários para cochilar, disse o pesquisador de sono James Maas, da Universidade de Cornell, dos Estados Unidos. Há crescentes evidências de que privação de sono crônica aumenta o risco de ganho de peso. Maas acusa dois hormônios: leptina, que ajuda o cérebro sentir quando você está satisfeito, e grelina, que provoca a fome. Quanto menos descanso você tem, menor é o nível de leptina e maior o de grelina.
México
Não deixe para consumir a maior parte das calorias diárias à noite. Prefira o café da manhã e o almoço. Os mexicanos, por exemplo, têm a maior refeição tradicionalmente entre 14h e 16h. Assim, ao se ingerir menos à noite, acorda com fome e lança mão de um café da manhã maior, o que facilita o controle de peso.
Finlândia
Pratique caminhada nórdica. Os finlandeses saem para andar segurando duas varetas leves. Além de ajudar no equilíbrio, elas fazem com que os músculos dos ombros, braços e tronco também trabalhem. Assim, queima-se 20% mais calorias, de acordo com um estudo doInstituto Cooper, em Dallas, Estados Unidos.
Holanda
Os holandeses consomem cerca de 85 milhões de arenque por ano. Eles são colocados em conserva e, então, servidos como lanches ou em pães macios com cebolas e pepinos em conserva para o almoço. A iguaria contém ácidos graxos ômega 3, que reduzem os níveis do hormônio do estresse cortisol, que é conhecido por aumentar a quantidade de gordura em torno da cintura.