domingo, 28 de abril de 2013

Estudo mostra que a canela ajuda a combater Alzheimer



Canela, para tempero e fins medicinais. Foto: Marcelo Carnaval Arquivo
Canela, para tempero e fins medicinais. Foto: Marcelo Carnaval Arquivo
TEL AVIV - O professor israelense Michael Ovadia transformou um trauma infantil em pesquisa de sucesso. O pivô da reviravolta é a canela, aparentemente mais do que um tempero. Segundo Ovadia, a erva aromática pode ajudar a combater uma das doenças mais misteriosas da atualidade, o Mal de Alzheimer, que afeta 18 milhões de pessoas no mundo. Há mais de 50 anos, Ovadia quase foi desclassificado num concurso de conhecimentos de Bíblia ao esquecer a resposta a uma pergunta: que ingredientes formavam o óleo sagrado usado pelos sacerdotes do Templo Sagrado de Salomão? Na última hora, se lembrou da lista, cujo ingrediente mais conhecido é a canela. Acabou tirando um respeitado segundo lugar, mas o episódio nunca saiu de sua cabeça.
Anos depois, já um renomado pesquisador do departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Tel Aviv, Ovadia decidiu pesquisar porque os israelenses antigos usavam esse óleo para limpar os artefatos sagrados do Templo e proteger seus sacerdotes de doenças causadas pelo contato com sangue devido ao sacrifício de animais. Aos poucos, foi descobrindo que a canela é capaz de neutralizar vários tipos de vírus e infecções. Mas qual não foi sua surpresa ao ousar pesquisar a eficiência da erva na inibição dos chamados oligômeros: conglomerados de proteína beta-amiloide, abundante no cérebro dos doentes de Alzheimer e acusados de causarem perda de memória em mais de 50% dos idosos com mais de 85 anos.
Ovadia liderou e um grupo de pesquisadores formado pelos professores Ehud Gazit, Daniel Segal, Dan Frankel, Anat Frydman Maor e Aviad Levin, conseguiu extrair uma substância líquida da canela que é capaz de inibir o acúmulo progressivo de agregados neurotóxicos do peptídeo beta-amiloide (A-beta) no cérebro dos indivíduos afetados. E mais do que isso: o grupo descobriu que o extrato de canela também é capaz de dissolver as chamadas fibrilas de beta-amiloides, cujo acúmulo no cérebro mata neurônios em pacientes com Alzheimer.
O estudo foi publicado na revista científica PloS ONE em janeiro e causou tanto impacto que a Universidade de Tel Aviv, que entrou com pedido de patente do extrato de canela, já deu permissão para que uma empresa privada desenvolva e distribua remédios à base de canela.
A canela, obtida da parte interna do tronco da caneleira, uma árvore nativa do Sri Lanka, já foi uma das especiarias mais valiosas do mundo. Na Idade Média, seu valor chegou a superar 15 vezes o do ouro. O motivo era seu uso não só como tempero saboroso e aroma inconfundível para fins espirituais, mas também por seus poderes medicinais. Seus compostos (acetato de cinamilo, álcool de cinamilo e cinnamaldehyde) se unem à sua composição mineral (fibra, ferro, cálcio e magnésio) para curar males.
Além dos israelenses, outras culturas milenares apontam a canela como um santo remédio. Citações do uso da erva são datadas de 4000 AC. Os egípcios a usavam para conservar a comida e como analgésico. Os chineses, contra diarreia, gripes, resfriados, indigestão e repelente de mosquistos. Na Índia, os poderes antibactericidas, antioxidantes, anti-inflamatórios e antifúngicos da erva a transformaram num dos principais compostos mediciais. Mas, até hoje, há pouca prova científica de tudo isso.
- Um dos poucos estudos concretos quanto ao poder da canela é o que provou que ela inibe o helicobater pylori, a bactéria que causa a úlcera duodenal - conta Michael Ovadia. - Mas muitas civilizações usavam ervas, plantas e outras produtos naturais contra males. O que eles usavam instintivamente, nós começamos a provar cientificamente.
Hoje, estudos apontam para os possíveis benefícios do tempero no combate a pressão alta, diabetes, herpes, acne, reumatismo, perda de memória, infecções urinárias e até mesmo alguns tipos de câncer. Funcionaria também como um anticoagulante natural indicado para mulheres grávidas e até mesmo como afrodisíaco.

Ingestão de ômega-3 ajuda a evitar riscos de arritmia cardíaca


Encontrado em peixes, o ácido graxo pode reduzir em 30% os riscos de arritmia

Prevenção natural: alta ingestão do ácido graxo ômega-3 ajuda a reduzir os riscos de arritmia cardíaca entre adultos
Prevenção natural: alta ingestão do ácido graxo ômega-3 ajuda a reduzir os riscos de arritmia cardíaca entre adultos(Thinkstock)
Adultos com mais de 65 anos e com níveis elevados de ácidos graxos ômega-3 no sangue têm 30% menos chances de desenvolver arritmia cardíaca. De acordo com um estudo publicado no periódico médico Circulation, de cada 100 pessoas, 25 desenvolvem a condição – com o uso do óleo, esse número poderia cair para 17 casos em 100.
Nos Estados Unidos, país onde foi conduzido o estudo, 9% da população chega a desenvolver fibrilação atrial após os 80 anos. O ritmo cardíaco anormal, descompassado, pode causar insuficiência cardíaca ou mesmo levar ao derrame. Hoje, existem poucos tratamentos para esse quadro, e eles se concentram na prevenção de derrames com o uso de drogas que afinam o sangue e, assim, evitam a formação de coágulos. “Um risco 30% menor de desenvolver uma arritmia cardíaca crônica é um número considerável”, diz Dariush Mozaffarian, autor do estudo e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard. O ácido graxo ômega-3 é comumente encontrado em peixes, mas sua concentração pode variar em até 10 vezes de um tipo de peixe para outro.
Pesquisa – Para conseguir uma medida precisa da quantidade de óleo de peixe consumido pelos voluntários, os pesquisadores recolheram amostras de sangue de mais de 3.300 adultos com mais de 65 anos. Nos 14 anos seguintes, todos os participantes foram rastreados. Descobriu-se, então, que 789 haviam desenvolvido arritmia cardíaca.
Entre aqueles elencados como os 25% com níveis mais elevados de ômega-3 no sangue, havia uma redução de 30% nos riscos de desenvolver a condição. “Essa redução é significativa”, diz Alvaro Alonso, professor na Universidade de Minnesota e membro da equipe de pesquisadores. Segundo o pesquisador, uma redução de 30% nos riscos poderia significar que, em vez de 25, somente 17 a desenvolveriam a doença.
De acordo com Alonso, mais estudos são necessários para que se compreenda como o óleo de peixe, ingerido até como um suplemento alimentar, pode ser usado de maneira preventiva contra a arritmia cardíaca.

Comer peixe, linhaça e castanha diminui risco de Alzheimer


Pesquisa concluiu que ômega-3, nutriente presente nesses alimentos, reduz níveis de proteína no sangue associada à doença

Dieta do mediterrâneo: considerada saudável por especialistas, esse tipo de dieta ajuda na prevenção do diabetes e no controle da pressão arterial
Peixes e outros alimentos ricos em ômega-3 podem ser aliados para evitar Alzheimer (Thinkstock)
Pesquisadores americanos sugeriram que comer grandes quantidades de alimentos ricos em ômega-3, como peixes, linhaça, nozes, castanhas e azeite, ajuda a evitar o Alzheimer. Isso acontece, segundo os especialistas, porque o nutriente pode reduzir os níveis de uma proteína ligada à doença no sangue de uma pessoa. O estudo, que foi conduzido no Centro Médico da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, foi publicado nesta quarta-feira na Neurology, revista da Academia Americana de Neurologia.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Nutrient intake and plasma β-amyloid

Onde foi divulgada: revista Neurology

Quem fez: Yian Gu, Nicole Schupf, Stephanie Cosentino e Nikolas Scarmas

Instituição: Universidade de Columbia, Estados Unidos

Dados de amostragem: 1.219 idosos com mais de 65 anos e sem demência

Resultado: Pessoas que apresentam maiores quantidades de ômega-3 no sangue, que vem com o consumo de peixe, nozes, castanha e linhaça, apresentam menores níveis de beta-amiloide, proteína associada à presença da doença de Alzheimer
Estudos anteriores já haviam indicado o efeito protetor de alimentos ricos em ômega-3 em relação à doença de Alzheimer, mas esse estudo identificou o mecanismo pelo qual o nutriente evita o aparecimento do problema. De acordo com os pesquisadores, o ômega-3 reduz a quantidade de beta-amiloide no sangue. O acúmulo dessa proteína é comumente encontrado na autópsia do cérebro de pessoas que morrem com Alzheimer e, segundo outros trabalhos, grandes quantidades do composto podem desencadear o aparecimento da doença antes mesmo de um indivíduo apresentar sintomas de perda de memória.
Nessa pesquisa, a equipe analisou 1.219 idosos com 65 anos ou mais que não tinham demência. Durante 14 meses, eles informaram aos pesquisadores sobre seus hábitos alimentares e, após esse período, foram submetidos a exames de sangue que mediram níveis da proteína beta-amiloide e de nutrientes como ômega-3, ômega-6 e vitaminas.
Resultados — Os pesquisadores observaram que os indivíduos que consumiam maiores quantidades de ômega-3 eram aqueles que apresentavam níveis menores de beta-amiloide no sangue. No entanto, essa associação não foi encontrada em relação a outros nutrientes. Segundo Nikolas Scarmeas, um dos autores do estudo, esse benefício pode ser obtido mesmo com o acréscimo de pequenas quantidades no nutriente na alimentação diária. “Nossa pesquisa acrescenta dados às evidências de que o ômega-3 é benéfico para evitar, além de doenças cardiovasculares, como vários estudos já sugeriram, o declínio de memória. O nutriente é capaz de proteger o coração e o cérebro”, diz Scarmeas.
Peixe e coração — As novas Diretrizes Europeias sobre Prevenção e Prática Clínica de Doenças Cardiovasculares, feitas pela Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, na sigla em inglês) e apresentadas nesta quinta-feira no encontro anual da entidade, na Irlanda, reforçaram as indicações de que o consumo diário de peixes e de outros alimentos ricos em ômega-3 protege o corpo contra doenças cardiovasculares. Embora os especialistas tenham focado nos benefícios do nutriente ao coração, eles reconheceram que o ácido graxo também protege o cérebro e a saúde imunológica.
As diretrizes indicam que as pessoas devam comer uma porção de peixe ao menos duas vezes por semana, e que o consumo do alimento é mais benéfico do que o uso de suplementos de ômega-3. Mas não adianta, como lembram os especialistas, ingerir peixe se uma pessoa mantém hábitos não saudáveis, como tabagismo, alcoolismo e sedentarismo.

Molécula pode bloquear desenvolvimento do Alzheimer


Fluoreno dificulta formação de placas amiloides no cérebro de pacientes

cérebro
  O Alzheimer é causado por placas de proteína que se formam no cérebro e danificam os neurônios.  (Thinkstock)
Pesquisadores americanos descobriram um novo composto que impede a formação das placas amiloides, os acúmulos de proteína que são encontrados nos cérebros de pacientes com Alzheimer e estão ligados ao desenvolvimento da doença. Segundo o artigo, que foi publicado na revista eletrônica PLoS ONE, a nova substância deve ser mais estudada para que, no futuro, possa ajudar os médicos a diagnosticar e tratar seus pacientes. 
O Alzheimer se caracteriza por uma perda progressiva da memória e da capacidade cognitiva e atinge principalmente pacientes com mais de 65 anos. Ele é causado pelas placas amiloides, que se aglomeram no cérebro e danificam os neurônios. A nova substância, feita a base de fluoreno e nitróxido, age diretamente nessas placas, atrapalhando sua formação. "Ela tem um grande potencial para prevenir ou retardar os danos em indivíduos nos primeiros estágios do Alzheimer, antes que ocorram perdas significativas a seu cérebro", disse John Voss, professor de bioquímica e medicina molecular da Universidade da Califórnia e líder do estudo.
Originalmente, os compostos de fluoreno foram estudados pelos cientistas por sua capacidade de se ligar às placas amiloides. Como as proteínas não apareciam em tomografias, e o fluoreno sim, os pesquisadores pensaram em usá-lo para detectar os primeiros sinais do Alzheimer, antes que seus sintomas aparecessem. No entanto, uma pesquisa feita com ratos mostrou que, além de ajudar a detectar as placas, esses compostos também poderiam atrapalhar sua formação. 
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia resolveram estudar como os compostos de fluoreno agiam e, no caminho, acabaram criando outra substância, ainda mais poderosa. Sua intenção era usar uma técnica para analisar a ação dos compostos em neurônios cultivados em laboratório. Como o fluoreno não aparecia durante a análise, os pesquisadores ligaram um nitróxido à substância, para que pudesse ser captada. 
Como resultado, eles descobriram que os compostos marcados eram ainda mais efetivos em destruir as placas amiloides. Além disso, as propriedades antioxidantes do nitróxido também tiveram efeito protetor nos neurônios. Agora, o grupo deve testar a segurança desse novo composto, além de estudar sua eficácia em animais com Alzheimer. 

Atividade física e cafeína podem alterar DNA de células musculares


Pesquisa observou que as mudanças ocorrem nas moléculas, e não no código genético, e são importantes para o músculo obter força e elasticidade

No Brasil, minoria que se exercita é homem, jovem e rica
Exercício físico e cafeína podem alterar molécula de DNA do músculo e facilitar o ganho de força e flexibilidade(Jupiterimages / Thinkstock)
A prática de exercícios físicos pode alterar a estrutura e a composição química das moléculas de DNA das células musculares de uma pessoa. Esse, então, seria o primeiro passo para a reprogramação do músculo para obter a força e, consequentemente, os benefícios proporcionados pelas atividades. Essa é a conclusão de um novo estudo publicado na edição de março do periódico Cell Metabolism. A pesquisa, desenvolvida no Instituto Karolinska, na Suécia, observou que a cafeína também é capaz de surtir os mesmos efeitos.

Saiba mais

EPIGENÉTICA
É o nome que se dá para as mudanças que acontecem nos genes sem, no entanto, alterar o código genético de um indivíduo. É diferente de uma mutação. Enquanto em uma mutação o código genético é alterado, a epigenética só muda como um gene funciona ou não. Essa mudança pode ser causada por fatores ambientais, como poluição ou mesmo pela prática de exercícios, e pode ser passada para as gerações seguintes.
“Nossos músculos são realmente adaptáveis”, afirma Juleen Zierath, uma das autoras do estudo. "Eles se modificam conforme o que fazemos. Se não usarmos os músculos, os perdemos. Um dos mecanismos que permitem que isso aconteça foi identificado pela nossa pesquisa." Embora os pesquisadores tenham evidenciado mudanças nas moléculas de DNA dos músculos, o código genético não foi alterado. Ou seja, trata-se das modificações epigenéticas, que são caracterizadas pelo ganho ou perda de marcas químicas no DNA sem envolver mudanças na sequência genética.
De acordo com o que demonstrou a nova pesquisa, após a prática de exercícios físicos intensos, o DNA das células do músculo é alterado em trechos que estão diretamente envolvidos no processo de adaptação muscular ao exercício. Ou seja, o processo auxilia o músculo a ganhar mais força e flexibilidade. Os pesquisadores observaram os mesmos efeitos após um indivíduo se expor à cafeína, que é capaz de 'imitar' o que ocorre com a contração muscular que acompanha as atividades físicas. Entretanto, eles não recomendam que as pessoas bebam café no lugar de praticarem exercícios, mas sim que elas apenas enxerguem a bebida como uma aliada à prática.
Para os autores do estudo, os resultados oferecem mais uma evidência de que nosso genoma é muito mais dinâmico do que consideramos. Essas modificações epigenéticas podem, de acordo com os especialistas, ser extremamente flexíveis, permitindo que o DNA nas células se ajuste conforme as mudanças de ambiente e estilo de vida.

Quase todos os executivos brasileiros se alimentam mal; 18% sofrem de ansiedade



Os executivos brasileiros não mantêm uma alimentação saudável: 95,5% não fazem refeições equilibradas no dia a dia. Além disso, 44% são sedentários e 31,7% têm índice elevado de estresse. Os achados são da empresa de assistência médica Omint, que considerou uma amostra formada por 15 mil profissionais da média e alta gerência de grandes companhias.
O levantamento também mapeou as doenças mais comuns desse tipo de profissional. A ansiedade é a que mais cresceu de 2009 a 2012 -- período compreendido pela pesquisa. A incidência de sintomas da doença aumentou de 14,8% para 18,20%. "Os executivos sofrem bastante estresse", explica Caio Soares, diretor médico da Omint e coordenador do estudo. "Esse é um dos fatores que acelera o desenvolvimento de doenças crônicas."

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Os executivos brasileiros não mantêm uma alimentação saudável e têm alto estresse
Os executivos brasileiros não mantêm uma alimentação saudável e têm alto estresse
Poluição e manutenção inadequada do ar condicionado no ambiente corporativo colocaram a rinite alérgica no topo do ranking das doenças mais recorrentes -- 29% dos executivos são afetados por ela. Alergia de pele é a segunda mais incidente, com 22,4% do total.
"É difícil mudar os hábitos drasticamente", diz Soares, fazendo a ressalva de que pequenas mudanças de alimentação podem surtir grandes efeitos. "Uma dica interessante é diminuir a quantidade de manteiga e margarina. Uma pequena quantidade que você deixa de ingerir pode diminuir bastante a chance de ter uma doença cardiovascular no futuro."

Ingestão de ômega-3 ajuda a evitar riscos de arritmia cardíaca


Encontrado em peixes, o ácido graxo pode reduzir em 30% os riscos de arritmia

Prevenção natural: alta ingestão do ácido graxo ômega-3 ajuda a reduzir os riscos de arritmia cardíaca entre adultos
Prevenção natural: alta ingestão do ácido graxo ômega-3 ajuda a reduzir os riscos de arritmia cardíaca entre adultos(Thinkstock)
Adultos com mais de 65 anos e com níveis elevados de ácidos graxos ômega-3 no sangue têm 30% menos chances de desenvolver arritmia cardíaca. De acordo com um estudo publicado no periódico médico Circulation, de cada 100 pessoas, 25 desenvolvem a condição – com o uso do óleo, esse número poderia cair para 17 casos em 100.
Nos Estados Unidos, país onde foi conduzido o estudo, 9% da população chega a desenvolver fibrilação atrial após os 80 anos. O ritmo cardíaco anormal, descompassado, pode causar insuficiência cardíaca ou mesmo levar ao derrame. Hoje, existem poucos tratamentos para esse quadro, e eles se concentram na prevenção de derrames com o uso de drogas que afinam o sangue e, assim, evitam a formação de coágulos. “Um risco 30% menor de desenvolver uma arritmia cardíaca crônica é um número considerável”, diz Dariush Mozaffarian, autor do estudo e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard. O ácido graxo ômega-3 é comumente encontrado em peixes, mas sua concentração pode variar em até 10 vezes de um tipo de peixe para outro.
Pesquisa – Para conseguir uma medida precisa da quantidade de óleo de peixe consumido pelos voluntários, os pesquisadores recolheram amostras de sangue de mais de 3.300 adultos com mais de 65 anos. Nos 14 anos seguintes, todos os participantes foram rastreados. Descobriu-se, então, que 789 haviam desenvolvido arritmia cardíaca.
Entre aqueles elencados como os 25% com níveis mais elevados de ômega-3 no sangue, havia uma redução de 30% nos riscos de desenvolver a condição. “Essa redução é significativa”, diz Alvaro Alonso, professor na Universidade de Minnesota e membro da equipe de pesquisadores. Segundo o pesquisador, uma redução de 30% nos riscos poderia significar que, em vez de 25, somente 17 a desenvolveriam a doença.
De acordo com Alonso, mais estudos são necessários para que se compreenda como o óleo de peixe, ingerido até como um suplemento alimentar, pode ser usado de maneira preventiva contra a arritmia cardíaca.

Ômega-3 ajuda a prevenir câncer de pele, diz estudo


Pesquisa britânica concluiu que o nutriente protege o sistema imunológico contra os danos da luz solar e o torna mais forte para combater o câncer

Ômega-3: Salmão é ótima fonte do nutriente
Ômega-3: Salmão é ótima fonte do nutriente (Thinkstock)
Segundo pesquisadores da Universidade de Manchester, na Grã Bretanha, tomar suplementos de ômega-3, nutriente encontrado em alimentos como peixes, linhaça, castanha e azeite, pode fortalecer o sistema imunológico de modo a torná-lo mais resistente aos danos da luz solar e, assim, proteger o corpo contra o câncer de pele. Essas conclusões foram obtidas a partir de uma pesquisa clínica — ou seja, feita com seres humanos — que estará presente na edição de março do periódico The American Journal of Clinical Nutrition.
O ômega-3 já foi associado a uma série de benefício à saúde, entre eles um efeito protetor em relação à memória e a redução do risco de eventos cardiovasculares. Esse novo estudo, desenvolvido no Centro de Dermatologia da Universidade de Manchester, é a primeira pesquisa clínica que identificou o efeito positivo do nutriente em relação ao câncer de pele.
Participaram do estudo 79 pessoas saudáveis. Parte delas recebeu diariamente um suplemento de quatro gramas de ômega-3, e o restante ingeriu doses de placebo. Todos os voluntários foram expostos, todos os dias, a uma máquina que emitia uma luz equivalente à do sol do meio-dia na cidade de Manchester. A exposição à luz durava 8, 15 ou 30 minutos, dependendo do participante.
Sistema de defesa — Os pesquisadores, então, avaliaram a imunossupressão que ocorria no corpo dos participantes com a exposição à luz da máquina. Imunossupressão significa a redução da atividade ou da eficácia do sistema imunológico. Há casos em que essa imunossupressão é necessária — pacientes com doenças autoimunes, por exemplo, recebem medicamentos com essa finalidade para tratar tais condições. No entanto, no caso desse estudo, a imunossupressão nos indivíduos foi induzida pela luz semelhante à solar — e essa diminuição da atividade do sistema de defesa pode prejudicar a capacidade de o corpo lutar contra um câncer de pele. 
De acordo com os resultados, as pessoas que ingeriram ômega-3 e permaneceram na luz por 8 ou 15 minutos, em comparação com o grupo do placebo, apresentaram uma imunossupressão 50% menor com a exposição à luz da máquina. Não foi encontrada uma diferença significativa, porém, entre os indivíduos que ingeriram o nutriente e se expuseram à luz durante 30 minutos e aqueles que receberam doses de placebo.
Segundo Lesley Rohdes, coordenadora da pesquisa, apesar de esses resultados serem “animadores”, é importante lembrar que o ômega-3 não deve substituir o uso de protetor solar e nem a proteção física – como o uso de chapéu com a exposição ao sol, por exemplo. Rohdes explica que, embora a proteção do ômega-3 em relação ao câncer de pele pareça pequena, “o contínuo baixo nível de proteção do nutriente a partir de suplementos de ômega-3 é capaz de reduzir o risco de câncer de pele ao longo de toda a vida de um indivíduo”, diz.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Reposição hormonal alivia os efeitos do processo de envelhecimento



Médicos explicam como funciona a terapia para homens e mulheres.

Saiba para quem o tratamento é indicado e quais pessoas não devem fazer.

Tratamentos hormonais aos 40 ou 50 anos têm ajudado homens e principalmente mulheres a retardar o processo de envelhecimento e aliviar seus efeitos.
Com a reposição de estrógeno e progesterona, por exemplo, o corpo feminino enfrenta melhor a menopausa, sem tantos sintomas indesejáveis.
Esse assunto, porém, provoca muitas dúvidas. Várias mulheres têm medo de desenvolver câncer de mama ou útero, por exemplo. Segundo os ginecologistas José Bento e Nilson Roberto de Melo, cada caso deve ser avaliado individualmente sobre as eventuais recomendações e contraindicações.
Reposição hormonal versão final (Foto: Arte/G1)
A reposição hormonal pode ser feita com dosagens relativamente baixas, por via oral ou transdérmica (adesivo, gel ou creme). Neste último tipo, os hormônios são absorvidos pela pele, caem na corrente sanguínea e se espalham pelo corpo. A vantagem da opção não-oral, segundo José Bento, é que ela não agride o fígado.
Como o sistema hormonal é o “maestro” do corpo, um desequilíbrio pode desencadear doenças e acelerar o processo de envelhecimento. Veja abaixo a função de cada hormônio: 
- DHEA: regula o estresse
- Testosterona: controla a libido, a potência sexual, o coração, o tecido gorduroso e a musculatura
- Estrógeno e progesterona: age na libido, no coração, no tecido gorduroso e na densidade óssea
- Pregnenolona: regula a memória e o metabolismo neuronal
- T3 e T4: controla o metabolismo corporal, o peso, a energia, a pele, os cabelos, as unhas e o funcionamento intestinal
- Melatonina: é responsável pelos receptores hormonais, pelo sistema imune e pela qualidade do sono
As taxas hormonais não caem porque envelhecemos, mas envelhecemos porque o corpo para de produzir as quantidades suficientes de hormônios. E eles não começam a cair ao mesmo tempo.
Esse nível nos homens geralmente baixa oito anos antes das mulheres, mas neles a redução é mais lenta. O sexo feminino passa praticamente três quartos da vida sob forte influência do sistema endócrino e se torna bem mais suscetível a flutuações hormonais.
O estrógeno reduz 30% aos 50 anos, com flutuações na menopausa. Já a progesterona tem queda de 75% entre os 35 e 50 anos, com contínuo declínio. Após a menopausa, ela praticamente desaparece. Esse hormônio tem a finalidade de manter a gravidez e proteger contra o câncer de endométrio (revestimento do útero), pólipos e miomas.
A testosterona baixa 40% entre os 40 e 60 anos e, aos 80 anos, fica praticamente zero. O DHEA diminui 50% entre os 25 e 50 anos. E, aproximadamente aos 75 anos, ele cai mais 50%.
Menopausa (Foto: Arte/G1)
Na menopausa, as mulheres ganham mais gordura na barriga e, consequentemente, aumentam as chances de sofrer um infarto. Muitas mantêm o peso, mesmo tendo menos músculos e mais gordura.
A queda do estrógeno causa uma “masculinização” no corpo da mulher. Ela deixa de ter curvas acentuadas, de "pera", e passa a ter as formas mais quadradas, de "maçã".
O metabolismo mais lento também propicia o aumento da massa gorda. Mulheres que não podem fazer reposição devem seguir uma dieta de baixa caloria e fazer atividade física para controlar o peso.
Dicas de hábitos saudáveis
- Tenha uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, vegetais, cálcio e peixes
- Limite o consumo de carne vermelha a uma ou duas porções por semana
- Aumente o consumo de soja, tofu, linhaça e semente de abóbora
- Evite frituras, gorduras, massas, doces, sal e café
- Beba muito líquido: no mínimo oito copos de água por dia
- Faça exercícios regulares
- Procure um médico para acompanhar suas taxas hormonais, por exame de sangue
- Pare de fumar e diminua a ingestão de bebida alcoólica
- Durma bem, de sete a oito horas por dia

Adote cinco hábitos franceses que podem mudar sua vida


Em janeiro de 2001, a estudante de teatro americana Jennifer L. Scott, de 20 anos, trocou Los Angeles por uma temporada de intercâmbios Paris. Com uma bagagem lotada de roupas e hábitos desleixados, Jennifer conheceu um novo mundo, onde todas as mulheres tinham um quê da classe e sofisticação da ex-modelo Inès de la Fressange. Paris, além de festa, foi uma escola para a jovem, que, dez anos depois, resolveu escrever em seu blog vinte coisas que aprendeu na temporada da França.


O sucesso do post foi tamanho que Jennifer resolveu aumentar sua seleção e escrever o livro “Madame Charme - Dicas de estilo, beleza e comportamento que aprendi em Paris” (Agir, R$ 39,90), que chegou às livrarias brasileiras recentemente.
Como nenhuma mudança é fácil, a autora não esconde a dificuldade em transformar alguns de seus hábitos, afinal Rio ou Los Angeles não são Paris.
— Usar nossas melhores coisas no dia a dia, por exemplo, é muito difícil de implementar. Sempre deixamos nossas melhores roupas e louças para ocasiões especiais e acabamos usando umas duas vezes por ano apenas. Temos que tratar todos os momentos como especiais. Para isso é preciso muita prática e esforço.
Está a fim de se esforçar? Selecionamos cinco hábitos franceses que você pode incoporar à rotina e ter mais qualidade de vida.
1 - Fique longe dos lanchinhos. Francesas comendo biscoitos, balas e chocolates no meio da tarde? Difícil de ver. Atacando a geladeira antes de dormir? Impossível! “Lanchinhos não são chiques. A francesa de verdade não belisca entre as refeições”, contou Jennifer ao ELA. “Isso as ajuda a manter a famosa boa forma e aproveitar melhor as refeições principais”.
2 - Valorize a qualidade. Use suas melhores roupas, acessórios e louças com frequência. Todo dia é um dia especial na vida de uma francesa e deveria ser na sua também. Isso vai ajudá-la a dar mais valor a suas experiências rotineiras.
3 - Incorpore simples exercícios físicos ao seu dia a dia. Jennifer conta que a dona da casa de seu namorado, que também fez intercâmbio em Paris, morava num andar alto de um prédio sem elevador e não via problema nenhum em subir a pé. “A vida em Paris é ativa - exercício faz parte do cotidiano”, escreve a autora. O resultado desse hábito francês? Saúde. Então que tal abandonar o elevador, estacionar o carro um pouco mais longe do trabalho ou até mesmo dispensar a faxineira e fazer por si mesma as tarefas domésticas? Você só tem a ganhar.
4 - Cultive guarda-roupa enxuto. A francesa não se importa em ter apenas dez (boas) peças no armário. Quantidade não é qualidade, e a opção é sempre investir em poucas, mas boas coisas. Acha dez peças pouco? Ok, é pouco. Não precisa ser tão radical. Dêuma faxina geral no armário, doe o que não usa mais e fique apenas com o que é realmente necessário. Invista em diferentes combinações e você nunca vai parecer maltrapilha.
5 - Organize sua bagunça e diga não ao consumismo. Na casa onde morava, Jennifer não viu bagunça um dia sequer. Além de organizados e práticos, as pessoas da família não cultivavam o hábito de consumir (qualquer coisa) exageradamente. Guardar ou comprar objetos demais dificulta a arrumação e é um prato cheio para caos. Assim como foi feito com o guarda-roupa, tente se livrar daquilo que não tem mais serventia e viva em um ambiente arrumado.

Praticar exercícios regulares é bom para sair do sedentarismo e emagrecer.

Melhor do que a balança, fita métrica serve para avaliar gordura na barriga.

Do G1, em São Paulo
Você já mediu a sua cintura? Sabe o que pode significar aquela "gordurinha" extra na barriga? A endocrinologista Cintia Cercato explicou que o tamanho da circunferência abdominal é muito importante para identificar problemas no corpo.
Por isso, não adianta apenas se pesar na balança: é preciso saber o seu percentual de gordura. Segundo o educador físico Mauro Guiselini, nem toda pessoa pesada é gorda, pois pode ter bastante massa magra. Nesse caso, uma fita métrica para dimensionar a cintura pode avaliar também a sua saúde.
Arte atividade física (Foto: Arte/G1)
Cada centímetro a mais na cintura aumenta até 2% os riscos de problemas no coração. Ou seja, uma mulher com 90 cm de cintura tem 20% mais probabilidade de desenvolver um problema no coração, já que o tamanho ideal para o abdômen feminino é de até 80 cm.
Caso a circunferência da sua cintura esteja acima do normal, essa gordura pode se acumular entre os órgãos e provocar até uma inflamação no fígado, chamada de esteatose hepática.
Em um estágio mais grave, a esteatose destrói as células do fígado e causa pequenas cicatrizes, em um processo chamado fibrose ou cirrose, que não tem reversão e é fator de risco para o câncer hepático. O álcool é outro fator de risco para o problema.
Uma das soluções já conhecidas para prevenir problemas de saúde é a atividade física, que faz bem para o corpo e evita complicações do sedentarismo.
Caminhar é uma ótima alternativa para quem quer começar a se movimentar ou para aqueles que não têm tempo durante o dia. Veja abaixo a pirâmide das atividades físicas, que mostra desde o que deve ser feito pelo menor tempo possível até as opções recomendadas diariamente:
Pirâmide valendo (Foto: Arte/G1)
As atividades do dia a dia são ferramentas para sair do sedentarismo. A dica é combiná-las para começar a perder peso.
Na série "Viva mais leve", os participantes revelaram a distância que costumam andar diariamente. A Rosângela, de São Paulo, diz que caminha em média 7 quilômetros por dia. Já o Paulo, também da capital paulista, usa mais o carro e anda a metade da distâncai de Rosângela: 3,5 quilômetros.
Quanto mais pesada for uma pessoa, mais calorias ela vai gastar com as atividades rotineiras, porque carrega um peso corporal maior.
E é fundamental estabelecer objetivos. A meta de Paulo é melhorar o sono e evitar dores na hora de amarrar os sapatos. Já Rosângela quer normalizar a pressão e diminuir o sal nas refeições para se sentir bem no dia de sua formatura.
A série acompanha, ainda, outros três casos. A Adriana, de 22 anos, quer fazer as pazes com o espelho e ocupar o tempo com a dança. A Lucirene e a Rosineide pretendem sair do sedentarismo e melhorar a alimentação.
Após o programa, a endocrinologista Cintia Cercato e o educador físico Mauro Guiselini conversaram com a repórter Mariana Palma sobre dicas de exercícios e alimentação.
Os convidados fizeram recomendações para quem é sedentário e quer começar a se mexer, o que pode ser feito no dia a dia e como identificar se voce está fazendo uma atividade, moderada ou intensa.
A dupla também destacou a importância da força de vontade para espantar a preguiça e sair do sedentarismo.
Na tabela abaixo, você vê qual a medida da cintura ideal para crianças e adolescentes, de acordo com a idade. Ela foi adaptada de um estudo do pesquisador David S. Freedman et al. publicado na revista científica "American Journal of Clinical Nutrition", em 1999, páginas 308 a 317.
CINTURA IDEAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
IdadeMeninosMeninas
 Valor médioLimite de riscoValor médioLimite de risco
5 anos52 cm59 cm51 cm57 cm
6 anos54 cm61 cm53 cm60 cm
7 anos55 cm61 cm54 cm64 cm
8 anos59 cm75 cm58 cm73 cm
9 anos62 cm77 cm60 cm73 cm
10 anos64 cm88 cm63 cm75 cm
11 anos68 cm90 cm66 cm83 cm
12 anos70 cm89 cm67 cm83 cm
13 anos77 cm95 cm69 cm94 cm
14 anos73 cm99 cm69 cm96 cm
15 anos73 cm99 cm69 cm88 cm
16 anos77 cm97 cm68 cm93 cm
17 anos79 cm90 cm66 cm86 cm

Diminuir o tamanho da cintura ajuda a evitar problema no coração e fígado


Praticar exercícios regulares é bom para sair do sedentarismo e emagrecer.

Melhor do que a balança, fita métrica serve para avaliar gordura na barriga.

Do G1, em São Paulo
Você já mediu a sua cintura? Sabe o que pode significar aquela "gordurinha" extra na barriga? A endocrinologista Cintia Cercato explicou que o tamanho da circunferência abdominal é muito importante para identificar problemas no corpo.
Por isso, não adianta apenas se pesar na balança: é preciso saber o seu percentual de gordura. Segundo o educador físico Mauro Guiselini, nem toda pessoa pesada é gorda, pois pode ter bastante massa magra. Nesse caso, uma fita métrica para dimensionar a cintura pode avaliar também a sua saúde.
Arte atividade física (Foto: Arte/G1)
Cada centímetro a mais na cintura aumenta até 2% os riscos de problemas no coração. Ou seja, uma mulher com 90 cm de cintura tem 20% mais probabilidade de desenvolver um problema no coração, já que o tamanho ideal para o abdômen feminino é de até 80 cm.
Caso a circunferência da sua cintura esteja acima do normal, essa gordura pode se acumular entre os órgãos e provocar até uma inflamação no fígado, chamada de esteatose hepática.
Em um estágio mais grave, a esteatose destrói as células do fígado e causa pequenas cicatrizes, em um processo chamado fibrose ou cirrose, que não tem reversão e é fator de risco para o câncer hepático. O álcool é outro fator de risco para o problema.
Uma das soluções já conhecidas para prevenir problemas de saúde é a atividade física, que faz bem para o corpo e evita complicações do sedentarismo.
Caminhar é uma ótima alternativa para quem quer começar a se movimentar ou para aqueles que não têm tempo durante o dia. Veja abaixo a pirâmide das atividades físicas, que mostra desde o que deve ser feito pelo menor tempo possível até as opções recomendadas diariamente:
Pirâmide valendo (Foto: Arte/G1)
As atividades do dia a dia são ferramentas para sair do sedentarismo. A dica é combiná-las para começar a perder peso.
Na série "Viva mais leve", os participantes revelaram a distância que costumam andar diariamente. A Rosângela, de São Paulo, diz que caminha em média 7 quilômetros por dia. Já o Paulo, também da capital paulista, usa mais o carro e anda a metade da distâncai de Rosângela: 3,5 quilômetros.
Quanto mais pesada for uma pessoa, mais calorias ela vai gastar com as atividades rotineiras, porque carrega um peso corporal maior.
E é fundamental estabelecer objetivos. A meta de Paulo é melhorar o sono e evitar dores na hora de amarrar os sapatos. Já Rosângela quer normalizar a pressão e diminuir o sal nas refeições para se sentir bem no dia de sua formatura.
A série acompanha, ainda, outros três casos. A Adriana, de 22 anos, quer fazer as pazes com o espelho e ocupar o tempo com a dança. A Lucirene e a Rosineide pretendem sair do sedentarismo e melhorar a alimentação.
Após o programa, a endocrinologista Cintia Cercato e o educador físico Mauro Guiselini conversaram com a repórter Mariana Palma sobre dicas de exercícios e alimentação.
Os convidados fizeram recomendações para quem é sedentário e quer começar a se mexer, o que pode ser feito no dia a dia e como identificar se voce está fazendo uma atividade, moderada ou intensa.
A dupla também destacou a importância da força de vontade para espantar a preguiça e sair do sedentarismo.
Na tabela abaixo, você vê qual a medida da cintura ideal para crianças e adolescentes, de acordo com a idade. Ela foi adaptada de um estudo do pesquisador David S. Freedman et al. publicado na revista científica "American Journal of Clinical Nutrition", em 1999, páginas 308 a 317.
CINTURA IDEAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
IdadeMeninosMeninas
 Valor médioLimite de riscoValor médioLimite de risco
5 anos52 cm59 cm51 cm57 cm
6 anos54 cm61 cm53 cm60 cm
7 anos55 cm61 cm54 cm64 cm
8 anos59 cm75 cm58 cm73 cm
9 anos62 cm77 cm60 cm73 cm
10 anos64 cm88 cm63 cm75 cm
11 anos68 cm90 cm66 cm83 cm
12 anos70 cm89 cm67 cm83 cm
13 anos77 cm95 cm69 cm94 cm
14 anos73 cm99 cm69 cm96 cm
15 anos73 cm99 cm69 cm88 cm
16 anos77 cm97 cm68 cm93 cm
17 anos79 cm90 cm66 cm86 cm