terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Estados Unidos dão sinal verde a salmão transgênico
A FDA (agência que regula remédios e alimentos nos EUA) afirmou que um salmão transgênico que cresce duas vezes mais rápido que o normal não causaria grande impacto ambiental, o que abre caminho para a aprovação do primeiro animal geneticamente modificado para ser consumido por humanos. A agência ainda fará uma consulta pública sobre o tema, mas especialistas veem a declaração como o último passo antes da aprovação. Em 2010, a FDA afirmou que o peixe era seguro como alimento, mas não tomou outras medidas desde então. Empresários da Aquabounty, que produz o peixe, especulam que o governo tem prorrogado qualquer ação por pressão de grupos que se opõem aos transgênicos. Críticos, que chamam o salmão de "frankenpeixe", temem que ele possa causar alergias ou até dizimar a população natural de salmões se a variedade transgênica procriar na natureza --sem contar os questionamentos éticos envolvidos. A empresa, que já gastou mais de US$ 67 milhões para desenvolver o peixe, afirma que há medidas protetoras contra problemas ambientais --uma delas é que só seriam criadas fêmeas estéreis, ainda que uma pequena porcentagem pudesse se reproduzir. O peixe transgênico recebeu um gene de hormônio do crescimento do salmão do Pacífico, que é mantido "funcionando" o ano inteiro por meio de um gene de um peixe similar a uma enguia. A combinação permite que o salmão chegue ao peso ideal para venda em 18 meses em vez de três anos. Ainda não está claro, porém, se o público aprovará o peixe, caso a FDA dê seu aval. Se o salmão entrar no mercado, os consumidores podem nem saber que estão comprando peixe transgênico, já que o produto não seria acompanhado de qualquer aviso caso seja decido que ele tem as mesmas propriedades do convencional. A empresa diz que o novo salmão é similar ao "normal" em sabor, cor e textura.
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