Pesquisadores descobrem que tumor tem maior chance de voltar em homens que apresentam diminuição nos níveis do hormônio após a radioterapia
Câncer de próstata: o aumento nos níveis de PSA no sangue são um dos indicadores de que o tumor ainda está presente no órgão (ThinkStock)
Os homens que apresentam uma queda nos níveis de testosterona após passar por radioterapia para tratar o câncer de próstata têm maiores chances de apresentar mudanças nos níveis de PSA, um dos indicadores que sinalizam a recorrência do tumor. A descoberta foi apresentada nesta segunda-feira no Encontro Anual da Sociedade Americana para Radiação Oncológica.
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TESTOSTERONA
É um hormônio masculino responsável pelo desenvolvimento e manutenção de características típicas dos homens, como voz grossa e pelos por todo o corpo. Está ligada também à libido e à agressividade. É produzida nos testículos. Mulheres também o produzem, nos ovários, mas em quantidades até 30 vezes menores do que os homens.
É um hormônio masculino responsável pelo desenvolvimento e manutenção de características típicas dos homens, como voz grossa e pelos por todo o corpo. Está ligada também à libido e à agressividade. É produzida nos testículos. Mulheres também o produzem, nos ovários, mas em quantidades até 30 vezes menores do que os homens.
PSA
PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pelas células da próstata e considerada um importante marcador biológico para determinar quais homens precisam de biópsia e quais deles têm menor risco de desenvolver o câncer de próstata. O exame de PSA sozinho, no entanto, não é capaz de fornecer informações suficientes para determinar se o paciente tem ou não a doença.
PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pelas células da próstata e considerada um importante marcador biológico para determinar quais homens precisam de biópsia e quais deles têm menor risco de desenvolver o câncer de próstata. O exame de PSA sozinho, no entanto, não é capaz de fornecer informações suficientes para determinar se o paciente tem ou não a doença.
Os pesquisadores decidiram realizar o estudo porque não havia grandes informações sobre o que acontecia com os níveis de testosterona depois da radioterapia. Eles analisaram os relatórios médicos de 260 homens que receberam o tratamento para o câncer de próstata de 2002 a 2008. Esses pacientes haviam passado tanto pela radioterapia externa, na qual um raio de radiação externo é dirigido à próstata, quanto pela braquiterapia, na qual os médicos inserem fontes de radiação no órgão.
Os cientistas descobriram que os níveis de testosterona tendem a diminuir após ambas as formas de radioterapia. Além disso, os pacientes que experimentaram as maiores quedas no hormônio foram os que tiveram maiores chances de ver um aumento no seu PSA. Mesmo assim, o crescimento do PSA foi relativamente raro entre os pacientes. "Somente 4% dos homens com câncer de próstata de pequeno risco tiveram o aumento do PSA nos cinco anos seguintes ao estudo", disse Jeffrey Martin, médico do Centro Fox Chase de Câncer e autor do estudo.
Em teoria, no futuro os médicos poderão usar os níveis de testosterona para tomar decisões referentes ao tratamento dos pacientes. "Para homens que tiveram uma queda nos níveis da testosterona, os médicos podem decidir intervir antes com outras medicações, ou acompanhar seus testes de PSA mais de perto para perceber a recorrência num momento anterior", afirma Martin.
Segundo os pesquisadores, a descoberta é surpreendente uma vez que se acreditava que a testosterona era capaz de ajudar no crescimento do câncer de próstata. Em alguns casos mais avançados da doença, os pacientes recebem uma terapia hormonal que tenta diminuir a testosterona no sangue.
Segundo Martin, o estudo é muito pequeno e ainda precisa ser validado em grupos maiores de homens antes que os médicos comecem a basear os tratamentos em seus resultados. "Ainda não sabemos o que isso significa. A relação entre os níveis de testosterona após a radioterapia e o prognóstico da doença precisa ser mais estudada. Até lá, é prematuro dizer que os pacientes devem consultar os médicos sobre o assunto”, afirma o pesquisador.
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