Em um extenso estudo, pesquisadores espanhóis observaram que esse tipo de alimentação reduz a chance de problemas cardiovasculares
Dieta do mediterrâneo é baseada nos alimentos característicos de alguns dos países banhados pelo mar Mediterrâneo(Thinkstock)
Um extenso estudo feito ao longo de cinco anos e que envolveu quase 7.500 pessoas confirmou que a dieta do Mediterrâneo, baseada em alimentos como peixes, legumes, frutas, castanhas, grãos integrais e azeite, protege a saúde do coração. De acordo com uma equipe de pesquisadores de universidades e centros médicos da Espanha, esse tipo de alimentação reduz a chance de problemas cardiovasculares, como o derrame cerebral, em pessoas com mais de 55 anos que já apresentam um alto risco cardíaco.
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DIETA DO MEDITERRÂNEO
É baseada nos alimentos característicos de alguns dos países banhados pelo mar Mediterrâneo. É rica em frutas, legumes, peixes, grãos integrais, gordura saudável, como o azeite, e quantidades moderadas de álcool, especialmente de vinho.
É baseada nos alimentos característicos de alguns dos países banhados pelo mar Mediterrâneo. É rica em frutas, legumes, peixes, grãos integrais, gordura saudável, como o azeite, e quantidades moderadas de álcool, especialmente de vinho.
A dieta do Mediterrâneo já foi associada por diversos estudos a benefícios a saúde, entre eles a uma maior proteção ao sistema cardiovascular. No entanto, essas pesquisas limitaram-se a evidenciar uma relação estatística entre essa alimentação e menores eventos cardíacos. O novo estudo, que foi publicado nesta segunda-feira no periódicoThe New England Journal of Medicine, submeteu parte dos voluntários à dieta do Mediterrâneo e o restante deles, a uma dieta com baixo teor de gordura. Depois de cinco anos, a saúde de todos foi comparada.
Os 7.447 participantes do estudo tinham de 55 a 80 anos de idade. Nenhum deles sofria de doença cardíaca, mas todos tinham um alto risco do problema, já que apresentavam diabetes, obesidade ou colesterol e pressão altos.
Dieta 'fácil' — Segundo os autores da pesquisa, as dietas às quais os voluntários foram submetidos não eram rígidas e nem limitavam calorias ingeridas, já que o objetivo do trabalho não era promover a perda de peso entre os indivíduos. Talvez por isso, os pesquisadores afirmam, o índice de desistência das dietas foi baixo: apenas 7% dos participantes abandonaram a nova alimentação, sendo que o grupo da dieta com baixo teor de gordura apresentou o dobro de desistência do que as pessoas que seguiram a dieta do Mediterrâneo.
Após cinco anos acompanhando os participantes, os autores observaram que aqueles que seguiram a dieta do Mediterrâneo apresentaram um risco 30% menor de sofrer algum evento cardiovascular em comparação com o restante dos voluntários. "Em conclusão, nesse estudo de prevenção primária, nós observamos que uma dieta do Mediterrâneo sem restrição calórica, com suplementos de azeite extravirgem ou de nozes, resultou em uma redução substancial da chance de eventos cardiovasculares em pessoas com alto risco. Os resultados sustentam os benefícios da dieta mediterrânea para a prevenção primária da doença cardiovascular”, escreveram os autores nas conclusões do estudo.
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