domingo, 17 de fevereiro de 2013

Pesquisa indica que manteiga não é boa "companheira" do pão


A manteiga é a vice-campeã na preferência dos brasileiros para acompanhar o pão Foto: Getty Images
A manteiga é a vice-campeã na preferência dos brasileiros para acompanhar o pão
Foto: Getty Images

A dupla pão com manteiga faz sucesso há vários séculos, mas pode não ser a mais indicada para a saúde, segundo dados de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), visto que a manteiga é rica em gorduras e as margarinas contêm gorduras trans, que são prejudiciais à saúde do coração.
De acordo com a pesquisa, a margarina foi eleita a mais popular para acompanhar pães, torradas e biscoitos, sendo usada por 32,2% dos mais de dois mil entrevistados, seguida da manteiga (19,8%) e do creme vegetal (12,6%).
"É importante que as pessoas tenham consciência de que é possível reduzir o risco de doenças através de uma dieta saudável. Saber fazer as escolhas alimentares certas é um requisito essencial na busca por um envelhecimento com boa qualidade de vida", afirmou Isabela David, médica nutróloga responsável pelo estudo realizado pela Liga Nacional de Nutrologia da ABRAN, que levantou quais são os alimentos mais consumidos no Brasil, durante o café da manhã, para acompanhar pães, biscoitos e torradas. Conhecidos comospreads, termo sem tradução para o português, requeijão, geleia, margarina, manteiga, mel etc são os alimentos mais comuns, sendo boas fontes de gordura da dieta usual do brasileiro.
Isabela destacou a importância de se conhecer a qualidade da gordura do spread a ser consumido para prevenir doenças. "Devemos optar por alimentos ricos em gorduras mono e poli-insaturadas, como o azeite de oliva extra-virgem e os cremes vegetais, recomendados para a redução do risco cardio-vascular." Outra pesquisa, feita recentemente com pacientes cardíacos do hospital Dante Pazzanese, da capital paulista, concluiu que há falta de conhecimento sobre quais alimentos previnem e auxiliam no tratamento de doenças cardiovasculares, já que muitos pacientes desconhecem termos técnicos como gorduras mono e poli-insaturadas, dificultando a escolha dos alimentos.

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