segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Dieta mediterrânea reduz risco cardíaco


DA ASSOCIATED PRESS


Um dos mais longos trabalhos científicos sobre a dieta mediterrânea, rica em azeite, vegetais e peixe, sugere que ela pode reduzir o risco de problemas cardíacos e derrames em pessoas mais velhas e com mais probabilidade de sofrer desses males.

O estudo levou cinco anos e envolveu 7.500 pessoas na Espanha. Quem comia a dieta com muito azeite ou castanhas teve um risco 30% menor de sofrer problemas cardiovasculares graves do que os que receberam a orientação de seguir uma dieta com baixa gordura, mas, na verdade, não cortou muito esse nutriente.
Os adeptos da dieta mediterrânea comeram mais fruta, peixe, frango, feijões, saladas, molho de tomate e vinho.
Esse estilo de dieta é ligado há tempos à saúde do coração, mas a maior parte dos estudos a respeito são observacionais. A evidência agora é mais forte porque as pessoas foram seguidas por um longo tempo e monitoradas. Os médicos fizeram exames laboratoriais para verificar que os participantes estavam consumindo mais azeite e castanhas, como havia sido pedido.
A maioria dessas pessoas estava tomando remédios para baixar o colesterol e a pressão, e os pesquisadores não alteraram essas prescrições, segundo um dos responsáveis pelo trabalho, Ramon Estruch, de Barcelona.
Como um primeiro passo para evitar problemas cardíacos, ele acredita que a dieta é melhor do que um remédio, porque há poucos efeitos colaterais. "Dieta funciona."
Os resultados foram publicados nesta segunda (25) no "New England Journal of Medicine".
Os participantes do estudo não receberam menus rígidos ou contaram calorias, porque perda de peso não era o objetivo. Só 7% dos voluntários saíram do estudo em dois anos. Houve o dobro de desistências no grupo da dieta de baixas gorduras.
O estudo incluiu pessoas com idades entre 55 e 80 anos. Todas eram livres de doenças cardíacas no início da pesquisa mas tinham alto risco por diabetes, sobrepeso, colesterol alto e pressão alta.
Elas foram separadas em três grupos: dois seguiram uma dieta mediterrânea com quatro colheres de sopa de azeite de oliva ou com castanhas e nozes (um punhado ao dia). O terceiro grupo deveria ingerir uma dieta de baixas gorduras com mais pão, batatas, massas, arroz, frutas, vegetais e peixes e pouca carne vermelha e pouco óleo.
Depois de cinco anos, foi observado que os grupos de dieta mediterrânea tiveram menos problemas de saúde.
Os médicos acompanharam os infartos, derrames e problemas cardíacos. Houve 96 desses no grupo da dieta mediterrânea com azeite, 83 no grupo das nozes e 109 no grupo que não usou a dieta mediterrânea.
O derrame foi o problema para o qual a dieta mediterrânea fez mais diferença. Não houve mudanças no índice de mortes.
Os seguidores da dieta ingeriram 200 calorias a mais por dia do que o grupo das baixas gorduras.
O governo espanhol financiou o estudo; azeite e castanhas foram pagos por empresas fabricantes desses produtos na Espanha e nos EUA.
Muitos dos autores têm financiamentos da indústria de alimentos e vinhos, mas afirmam que as empresas não tiveram papel algum no desenvolvimento do estudo e nos resultados.
Rachel Johson, chefe do comitê de nutrição da American Heart Associaton, diz que o estudo é importante porque acompanhou números de infartos, derrames e mortes e não só mudanças nos números de colesterol.
"É um estudo importante."

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Alimento funcional reduz colesterol, atua no intestino e no envelhecimento


Conheça os probióticos, prebióticos, fitoesteróis, antioxidantes e as fibras.

Produtos não devem substituir o consumo de frutas, legumes e verduras.


Alimentos funcionais servem para enriquecer a dieta com substâncias capazes de prevenir o envelhecimento precoce, ajudar no funcionamento do intestino e reduzir a absorção de gorduras pelo organismo.
Produtos como pães, iogurtes, aveia, margarinas, biscoitos e bebidas de soja são vendidos no mercado desde 1999 acrescidos de compostos como probióticos, prebióticos, fibras, fitoesteróis e antioxidantes.
Todos eles fazem bem à saúde, mas não devem substituir o consumo diário de alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes e verduras. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, o ser humano já consome opções funcionais há milhares de anos, incluindo na dieta bactérias boas presentes em queijos, massas, iogurtes e outras bebidas fermentadas.
Alimentos funcionais valendo (Foto: Arte/G1)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) verifica se esses alimentos atendem aos requisitos necessários e permite que as embalagens contenham uma frase para destacar os benefícios do conteúdo.
Porém, muitas marcas não trazem essa informação claramente ou vendem tão bem que nem divulgam que o alimento é funcional. Há, ainda, as que divulgam que o produto tem essa característica, embora não seja cientificamente comprovado.
Segundo Atui e o engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues, no caso dos fitoesteróis, é recomendado consumir no máximo 3 gramas por dia – acima disso, não há efeito. E esses produtos não são adequados para crianças abaixo de 5 anos, gestantes e mulheres que amamentam.
Já as fibras aumentam o bolo fecal e facilitam o trânsito intestinal, mas devem ser aliadas a uma maior ingestão de água. Se você quiser introduzir algum desses produtos na sua alimentação, pergunte a um médico ou nutricionista.
Além disso, o telefone de atendimento do fabricante pode informá-lo sobre a linha de alimentos funcionais disponível em supermercados e lojas.
Para quem faz uso de medicamento contra o colesterol, lembre-se: alimentos funcionais não são remédio. Portanto, continue tomando o que o médico lhe prescreveu contra esse ou outros problemas
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COLESTEROL HDL | COLESTEROL LDL | TRIGLICERÍDEOS



Autor do texto: Pedro Pinheiro - 11 de janeiro de 2012 | 19:46

Muito se fala sobre o colesterol bom e colesterol ruim, mas pouco se explica sobre o seu real significado. Existem vários tipos de colesterol: colesterol HDL, colesterol LDL, colesterol VLDL, colesterol IDL, triglicerídeos..., um excesso de siglas que costuma confundir muito os pacientes.

Neste textos vamos abordar as seguintes questões sobre o colesterol:
  • O que é o colesterol?
  • O que é aterosclerose?
  • O que é dislipidemia?
  • Quais são os tipos de colesterol que existem?
  • Qual é o colesterol bom? 
  • Qual é o colesterol ruim? 
  • Quais são as consequências de um colesterol alto?
  • Quais são os sintomas do colesterol alto?
  • Qual é o melhor tratamento para o colesterol alto?

Se você fez um exame de colesterol e gostaria de informações personalizadas sobre o seu resultado, experimente o novo site do grupo MD.Saúde, clicando no banner abaixo.

O que é o colesterol

Muito se ouve falar sobre o colesterol bom e ruim, mas pouco se explica sobre o seu real significado.

O colesterol é uma substância gordurosa encontrada em todas as células no nosso corpo. Ele é essencial para a formação das membranas das nossas células, para a síntese de hormônios, como a testosterona, estrogênio, cortisol e outros, para a produção da bile, para digestão de alimentos gordurosos, para formação da mielina (uma bainha que cobre os nervos), para metabolização de algumas vitaminas (A, D, E e K), etc.

O colesterol do nosso organismo tem duas origens:
a) endógena - o colesterol é produzido pelo nosso próprio corpo, principalmente pelo fígado.
b) exógena - o colesterol também pode ser é adquirido através dos alimentos.

Tipos de colesterol

Como se trata de uma substância gordurosa, o colesterol não se dissolve no sangue; é igual a gotas de óleo na água. Portanto, para viajar através da corrente sanguínea e alcançar os tecidos periféricos, o colesterol precisa de um transportador. Essa função cabe às lipoproteínas que são produzidas no fígado. As principais são:

VLDL (Very low-density lipoprotein)
LDL (Low-density lipoprotein)
HDL ( High-density lipoprotein)

O LDL transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos. O VLDL transporta triglicerídeos e um pouco de colesterol. O HDL é um transportador diferente, ele faz o caminho inverso, tira colesterol dos tecidos e devolve para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos.

Enquanto o LDL e o VLDL levam colesterol para as células e facilitam a deposição de gordura nos vasos, o HDL faz o inverso, promove a retirada do excesso de colesterol, inclusive das placas arteriais. Por isso, denominamos o HDL como colesterol bom e o VLDL e o LDL como colesterol ruim.

A produção das lipoproteínas é regulada pelos níveis de colesterol. Colesterol derivado de gorduras saturadas e gordura trans favorecem a produção de LDL, enquanto que o consumo de gorduras insaturadas, encontrada no azeite, peixes e amêndoas, por exemplo, promovem a produção do HDL.

Portanto, ao dosarmos os valores das lipoproteínas transportadoras LDL, VLDL e HDL temos uma avaliação indireta da quantidade e da qualidade do colesterol que circula em nosso sangue.

O que é o Colesterol IDL? 

O IDL (Intermediatelow-density lipoprotein) é um tipo de colesterol semelhante ao LDL. Como tem efeitos semelhantes, ele não é normalmente dosado individualmente, mas sim junto com o LDL. Portanto, quando recebemos o valor do LDL, habitualmente estamos falando do valor de LDL + IDL.

O que é aterosclerose?

Elevadas concentrações de VLDL e o LDL estão associados à deposição de gordura na parede dos vasos sanguíneos, levando à formação de placas de colesterol. Quando nosso corpo tem mais colesterol do que precisa, as moléculas de LDL ficam circulando no sangue à procura de algum tecido que esteja precisando de colesterol para o seu funcionamento. Se este colesterol não for entregue a nenhum tecido, a molécula de LDL acaba se depositando nos vasos, acumulando gordura no mesmos. Este processo é chamado de aterosclerose

Placa de colesterol na artéria
Placas de colesterol nos vasos
Veja na ilustração ao lado como essas placas de gordura ocupam espaço e diminuem o diâmetro da luz dos vasos (chamamos de luz a parte oca de dentro dos vasos por onde passa o sangue). A aterosclerose também causa lesão direta na parede, diminuindo a elasticidade das artérias, tornando-as mais duras.

O depósito de gordura e a lesão da parede dos vasos favorecem a obstrução do fluxo de sangue e a redução do aporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos. Quando os vasos acometidos pelas placas de colesterol são as artérias coronárias (artérias do coração), o resultado final pode ser o infarto cardíaco; quando são acometidos vasos cerebrais, o paciente pode evoluir com um AVC.

Dislipidemia

O aumento dos níveis de colesterol é chamado de dislipidemia. Durante muito tempo os médicos avaliaram o grau de dislipidemia através dos valores do colesterol total, que nada mais é do que a soma dos níveis sanguíneos de HDL + LDL + VLDL. Porém, como acabamos de explicar, há o colesterol ruim e o colesterol bom, o que torna pouca eficiente a avaliação conjunta deles. Atualmente o colesterol total é menos valorizado do que os níveis individuais de HDL e LDL.

Veja esses exemplos:
Paciente 1 - LDL 150, HDL 20 e VLDL 20 = colesterol total de 190
Paciente 2 - LDL 100, HDL 65 e VLDL 25 = colesterol total de 190

Pelo que foi explicado até agora, não há dúvidas que o paciente 1 apresenta mais riscos de aterosclerose que o paciente 2, apesar de terem o mesmo nível de colesterol total. O exemplo acima explica o porquê do colesterol total não ser o melhor parâmetro para avaliar a dislipidemia.

Valores de colesterol HDL e colesterol LDL

Como a dislipidemia é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, a medicina tem tentado estabelecer, através de estudos, quais são os níveis ideais de colesterol HDL e LDL. Atualmente classificamos o colesterol da seguinte maneira:

LDL 
Menor que 100 mg/dL - Ótimo
Entre 101 e 130 mg/dL - Normal
Entre 131 e 160 mg/dL - Normal/alto
Entre 161 e 190 mg/dL - Alto
Maior que 190 mg/dL - Muito alto

HDL
Menor que 40 mg/dL - Baixo (ruim)
Entre 41 e 60 mg/dL - Normal
Maior que 60 mg/dL - Alto (ótimo)

O que fazer quando o colesterol está alto?

Uma dieta rica em gorduras insaturadas e pobres em gorduras saturadas está indicada para todas as pessoas, independente do valor do seu colesterol. Porém se você tem dislipidemia, seguir esta dieta é ainda mais importante.

Entretanto, nem sempre a sozinha resolve o problema do colesterol alto, isto porque o aumento do colesterol LDL está relacionado a fatores genéticos e alimentares. 75% do nosso colesterol é de origem endógena (produzido pelo fígado) e apenas 25% vem da alimentação. Logo, se os valores do LDL forem muito elevados, somente a dieta não será suficiente para normalizar os valores do colesterol ruim.

Exercícios físicos ajudam a elevar o HDL e a diminuir o LDL, sendo outra opção para o controle da dislipidemia. Porém, assim como na dieta, a redução também não é grande. A dieta e os exercícios físicos são suficientes para aqueles pacientes com LDL até 160 mg/dl. Este é o grupo que pode conseguir bons resultados sem ter que recorrer a medicamentos.

Alimentos ricos em Colesterol
Colesterol na alimentação. Clique na imagem para ampliá-la

A decisão de quando começar os remédios depende não só dos valores de LDL e HDL , mas também da presença de outros fatores de risco para doença cardiovascular, nomeadamente:

- Tabagismo
- Hipertensão
- Diabetes
- Insuficiência renal crônica
- Obesidade e Síndrome metabólica
- Idade maior que 45 anos.

Quanto mais fatores de risco você tiver, mais baixo deve ser seu colesterol. Grosso modo, podemos resumir da seguinte maneira os alvos:

Paciente com apenas um fator de risco - Colesterol LDL deve ser menor que 160 mg/dL
Paciente com dois ou mais fatores de risco - Colesterol LDL deve ser menor que 130 mg/dL
Pacientes com alto risco cardiovascular, principalmente se tiver tido um infarto ou AVC - Colesterol LDL deve ser menor que 100 mg/dL

Trabalhos mais recentes começam a sugerir que um LDL menor que 80 é o ideal para pacientes de alto risco.

O HDL muito baixo também é considerado fator de risco, mesmo com LDL não muito elevado. Já se pode indicar tratamento apenas baseado no seu valor.

É ruim ter HDL muito alto?

Não, pelo contrário. Algumas pessoas, normalmente mulheres, têm HDL muito elevados, às vezes acima de 100 mg/dL. Isso não indica qualquer doença. Na verdade, são pessoas afortunadas pois apresentam baixo risco de doença cardíaca, principalmente se o LDL for baixo.

O que é colesterol não-HDL?

Colesterol não-HDL é a soma de todos os tipos de colesterol considerados ruins: IDL+LDL+VLDL. Supõe-se que o colesterol não-HDL seja um marcador mais sensível de risco de aterosclerose do que o LDL isoladamente.

Valores do colesterol não-HDL:
Menor que 130 mg/dL - Ótimo
Entre 131 e 160 mg/dL - Normal
Entre 161 e 190 mg/dL - Normal/alto
Entre 191 e 220 mg/dL - Alto
Maior que 220 mg/dL - Muito alto

Quais são os sintomas do colesterol alto?

Nenhum! Colesterol alto não provoca sintomas.

Atenção: colesterol alto não dá cansaço, dor de cabeça, falta de ar, prostração ou qualquer outro sintoma. A dislipidemia é uma doença silenciosa. A única maneira de saber os níveis de colesterol é através da análise de sangue.

Triglicerídeos

A hipertrigliceridemia, nome que se dá ao aumento dos triglicerídeos no sangue, também é fator de risco para aterosclerose, principalmente se associados a níveis baixos de HDL.

Os triglicerídeos estão intimamente ligados ao VLDL e seu valor costuma ser 5x maior. Por exemplo, um indivíduo com VLDL de 30 mg/dL, terá níveis de triglicerídeos ao redor de 150 mg/dL.

Os valores normais de triglicerídeos são:

Até 150 mg/dL = normal
Entre 150 e 199 mg/dL = limítrofe
Entre 200 e 500 mg/dL = elevado
Maior que 500 mg/dL= muito elevado

A elevação do colesterol e, principalmente, dos triglicerídeos, estão associados a uma maior incidência de acúmulo de gordura no fígado, chamado de esteatose hepática.

Medicamentos usados para o tratamento do colesterol alto (dislipidemia)

Todo paciente com colesterol e/ou triglicerídeo elevado deve se submeter à dieta, praticar exercícios físicos regulares e, se estiver acima do peso, emagrecer.

Os medicamentos de escolha para redução do LDL e aumento do HDL são as estatinas, também chamadas de inibidores da enzima HMG-coA reductase (enzima do fígado responsável pela produção de colesterol). As estatinas também agem na redução dos triglicerídeos.

As estatinas mais prescritas são:
- Sinvastatina
- Atorvastatina
- Fluvastatina
- Pravastatina
- Rosuvastatina
- Lovastatina

A rosuvastatina e a atorvastatina são as mais fortes e conseguem reduções do colesterol com menores doses. Porém, estas duas são caras e muitas vezes o paciente consegue controle do seu colesterol com as estatinas mais baratas, não sendo preciso usar as drogas mais potentes.

Os principais efeitos colaterais destes medicamentos são a dor muscular e as câimbras. Em alguns casos a lesão muscular pode ser séria e indicar a interrupção do tratamento. Hepatite medicamentosa também pode ocorrer.

Apesar das estatinas agirem nos níveis de triglicerídeos, os fibratos são uma classe com ação mais intensa para esse fim. Os fibratos reduzem os triglicerídeos, mas praticamente não interferem no colesterol LDL.

Os fibratos mais usados são:
- Fenofibrato
- Benzafibrato
- Genfibrozil
- Clofibrato
- Ciprofibrato

A associação entre fibratos e estatinas deve ser feita com cautela, uma vez que há aumento do risco de lesão muscular com o uso concomitante dessas drogas.


Leia o texto original no site MD.Saúde: COLESTEROL HDL | COLESTEROL LDL | TRIGLICERÍDEOS http://www.mdsaude.com/2008/11/colesterol-bom-hdl-e-colesterol-ruim.html#ixzz2LUPATNaM

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Suplementos com colágeno podem melhorar saúde da pele e articulações


Porém, antes de tomar, é importante sempre procurar orientação médica.

Suplementação não substitui alimentação e excesso faz mal à saúde.

O colágeno é uma importante proteína produzida pelo organismo desde o nascimento, mas que vai diminuindo a partir dos 30 anos, o que pode deixar a pele flácida e as cartilagens das articulações desgastadas.
Como primeira medida de prevenção, é importante ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos, principalmente musculação, que ajudam a minimizar os impactos do envelhecimento, como explicaram as dermatologistas Márcia Purceli e Denise Steiner.
Porém, em alguns casos, as pessoas recorrem aos suplementos nutricionais e vitamínicos que têm aminoácidos que estimulam a produção de colágeno, tanto na pele como nas articulações. Existem também cápsulas que trazem outros benefícios para a pele e também para cabelos e unhas (veja no quadro abaixo quais alimentos correspondem a esses complexos).
Apesar de não ter contraindicação, é importante que esses compostos só sejam usados com orientação médica já que o excesso de uso pode trazer danos à saúde, principalmente no caso de mulheres gestantes ou em fase de amamentação.
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS
Para a firmeza
da pele
Para a proteção e
bronzeado da pele
Para fortalecimento do
cabelo e das unhas
Composição: licopeno, vitamina C, vitamina E e flavonoidesComposição: betacaroteno
e  flavonoides
Composição:
biotina e flavonoides
Alimentos correspondentes:
6 colheres de arroz branco, 1 concha de feijão, 1 bife de carne vermelha, 1 pires de couve manteiga  refogada, 1 pires de salada de alface, tomate, cebola e 2 amêndoas
Alimentos correspondentes:
1 prato de macarronada bolonhesa, 1 pires de salada de agrião com trigo à vinagrete, 1 copo de suco de laranja com cenoura
Alimentos correspondentes: 
6 colheres de arroz integral,  1 concha de soja, 1 bife de fígado acebolado, 4 colheres de abóbora refogada com 1 colher de farelo de trigo, 1 pires de salada de rúcula, pepino e tomate seco
Além disso, vale ressaltar que o uso dos suplementos não funciona isoladamente. Por exemplo, a pessoa que toma o colágeno não terá a pele firme se continuar estressada, fumando, tomando sol e comendo mal – não é um milagre.
Fora os benefícios que traz para a estética, as médicas ressaltaram que o colágeno também fortalece os tecidos, promove elasticidade e resistência à pele, além de beneficiar os músculos, tendões, ligamentos e vasos do corpo.
Na alimentação, as principais fontes de colágeno são as proteínas animais, como carnes vermelhas, frangos, peixes e ovos. Mas, como explicou a nutricionista Nádia Rocha Brito, existem outros alimentos que podem também contribuir, como fontes de vitamina C (acerola, caju, limão, abacaxi, kiwi, morango e pêssego), folhas verdes escuras e fontes de vitamina E, selênio e zinco (avelãs, amêndoas e castanhas).
Envelhecimento (Foto: Arte/G1)


A recomendação de consumo diário de proteína para adultos é de 80 gramas por quilo de peso – por exemplo, uma pessoa de 60 quilos teria que comer 48 gramas de proteína todos os dias, quantidade presente em um copo de leite, dois bifes e uma concha de feijão. Pode parecer pouca coisa, mas muitas pessoas não conseguem suprir essa necessidade diária.
Vegetais não são fontes de colágeno, mas são fontes de proteína e isso pode também ajudar, assim como as gelatinas.
As dermatologistas alertaram também que o colágeno contribui bastante para o tratamento da osteoartrose, doença crônica e de lenta evolução, responsável por deixar 15% da população adulta do mundo incapacitada. Isso acontece porque há um desgaste da cartilagem articular e, consequentemente, alterações ósseas e rigidez e dor nas articulações.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia reconhece os benefícios do colágeno para pacientes com artrose, já que a proteína pode melhorar a cartilagem dessas pessoas que estão, principalmente, na fase inicial da doença. Porém, o uso do suplemento é apenas um complemento ao tratamento e não pode ser usado isoladamente

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Casamento e vida saudável



Em que medida uma união harmoniosa protege contra doenças

CRISTIANE SEGATTO
CRISTIANE SEGATTO  Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 15 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo. Para falar com ela, o e-mail de contato é cristianes@edglobo. (Foto: ÉPOCA)
Não faz muito tempo um leitor atento pediu que eu escrevesse sobre a relação entre a solidão e a saúde. Eis que surgiu a oportunidade. Não é de hoje que os estudos sugerem que a saúde física e mental dos casados (dos bem casados, melhor dizendo) leva vantagem sobre a dos que vivem sozinhos.
Com essa afirmação, não pretendo despertar a ira dos solteiros convictos, aqueles que dizem ser felizes assim. Sem precisar dividir coisa alguma, sem precisar cultivar relações duradouras, sem ter um parceiro para todas as horas – para as boas e, principalmente, para as ruins.
A solidão só é problema quando estressa, entristece, estraga os dias, rouba o sono. É essa solidão que faz mal à saúde. É a essa que me refiro.  
Compreender de que forma o casamento contribui para a saúde ou a saúde contribui para o casamento é uma tarefa que mobiliza pesquisadores de várias áreas. Parece a brincadeira do ovo e da galinha. Definir “o que vem primeiro” é um exercício necessário.
Quem tem especial interesse por essa questão é a professora Christine M. Proulx, do departamento do desenvolvimento humano e estudos de família da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. O mais novo trabalho dela será publicado na próxima edição do Journal of Family Psychology.  
Christine analisou dados sobre 707 casais que, ao longo de duas décadas, continuaram vivendo com os mesmos parceiros. No início do estudo, todos tinham menos de 55 anos. A cada cinco anos, eles participavam de uma longa entrevista por telefone e classificavam seu estado de saúde (de excelente a péssima).
Também comentavam problemas conjugais, a partir de questões como “Seu parceiro é raivoso, ciumento, dominador?”, “Tem hábitos irritantes?”, “Gasta demais?”, “Pouco conversa com você?” e avaliavam o grau de felicidade na relação (“Você está satisfeito com o amor e o afeto que recebe?”).   
A conclusão de Christine: em qualquer estágio do casamento, relacionamentos positivos ou negativos afetam a saúde dos indivíduos. Os parceiros deveriam estar atentos ao fato de que a forma como se tratam afeta a saúde dos dois.  
À medida que envelhecem, as pessoas felizes no casamento declaram ter melhores condições de saúde. Essa é uma boa razão, entre tantas outras, para investir na relação, cuidar bem dela. Uma medida sábia em qualquer idade, mas que pode ser fundamental na velhice.
“Pensamos na velhice como algo que podemos tratar com pílulas ou atividade física, mas cuidar do casamento também beneficia a saúde”, diz Christine. “Uma boa relação com o parceiro não cura o câncer, mas laços fortes melhoram o bem-estar dos dois e reduzem o stress”.   
Uma das limitações do trabalho é ter sido baseado na percepção dos casais a respeito da própria saúde – e não em medições objetivas. Outras evidências, porém, apontam resultados semelhantes. Um estudo realizado na Finlândia com 15 mil pessoas entre 35 e 99 anos concluiu que pessoas casadas correm menor risco de infarto que as solteiras. Além disso, a probabilidade de recuperação após um infarto é mais elevada entre os que vivem com um parceiro.
Nesse trabalho, a propensão de sofrer um infarto foi até 66% mais elevada em homens solteiros de todos os grupos etários. Para as mulheres, os benefícios do casamento mostraram-se ainda mais expressivos. O risco de doenças coronarianas foi até 65% mais elevado entre as solteiras. O trabalho foi publicado no final de janeiro no European Journal of Preventive Cardiology. 
A pergunta que não quer calar: como manter a felicidade conjugal (e, por extensão, a saúde) em casamentos de longa duração?
Bodas de ouro ou diamante não são garantia de satisfação. Podem representar, simplesmente, um acerto mais ou menos confortável para ambas as partes.
Por outro lado, o mundo está cheio de velhinhos que vivem juntos e intensamente há décadas. São a prova viva de que a satisfação conjugal resiste ao tempo. Ao comparar casais satisfeitos e insatisfeitos, a equipe da professora Maria de Betânia Paes Norgren, do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo, identificou o que faz a diferença nas relações.
A satisfação aumenta quando há proximidade, estratégias adequadas de resolução de problemas, coesão, boa habilidade de comunicação e satisfação em relação ao status econômico e à prática da crença religiosa.
Trinta e oito casais paulistas responderam a um conjunto de questionários utilizados num estudo multicultural prévio, realizado nos Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Holanda, Canadá, África do Sul, Israel e Chile. O trabalho realizado em São Paulo foi publicado há alguns anos na revista Estudos de Psicologia.
Como manter um relacionamento satisfatório ao longo dos anos, segundo a pesquisa:
• Investir na relação
• Empenhar-se para que ela seja proveitosa para os dois
• Encontrar equilíbrio entre conjugalidade e individualidade
• Partilhar interesses e relacionamento afetivo-sexual
• Evitar o tédio e a repetição
“Casamento satisfatório é menos uma questão de escolha certa e mais de trabalho em equipe. Enquanto o trabalho pode ser aprimorado, a escolha só pode dar origem a outras, talvez tão pouco satisfatórias quanto a anterior”, escreveu Maria de Betânia.
Consenso, resolução de conflito, comunicação, flexibilidade são variáveis importantes para a manutenção de relações duradouras. Todas essas condições podem ser adquiridas ou aperfeiçoadas. Enquanto houver vida há chance de fazer diferente. Saúde é isso.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Nove alimentos que não deveriam estar na sua geladeira


Não adianta estar de dieta e ter à vista alimentos calóricos e gordurosos — criando uma tentação desnecessária. Conheça os principais vilões da geladeira e saiba quais são as opções mais saudáveis para substituí-los

Vivian Carrer Elias
Geladeira: Alguns alimentos podem estar sabotando a sua dieta ou a sua vontade de ter uma vida mais saudável
Geladeira: Alguns alimentos podem estar sabotando a sua dieta ou a sua vontade de ter uma vida mais saudável(Thinkstock)
O conteúdo da geladeira de uma pessoa pode dizer muito sobre ela e, principalmente, pode explicar o motivo pelo qual uma dieta não dá certo ou por que sua saúde está comprometida. Acontece que, por mais que se busque uma boa alimentação, é difícil controlar os impulsos se as tentações estiverem disponíveis na sua cozinha. "Devemos evitar comer alimentos calóricos, ricos e gordura e com muito conservante. E, para que isso aconteça, o ideal é que tiremos esses ingredientes da nossa geladeira. Logicamente, quando temos um alimento em vista, a tendência é consumi-lo", diz Claudia Cozer, endocrinologista e coordenadora do Núcleo Avançado de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.
Desfazer-se de todos os alimentos não saudáveis que estão na sua geladeira não é uma tarefa fácil, mas uma solução é arranjar opções saudáveis para substituí-los. "O grande problema de quem segue uma dieta é que a pessoa não quer fugir muito dos seus hábitos. Então, é preciso que esse indivíduo tenha opções para trocar esses alimentos que sejam, ao mesmo tempo, parecidas com os ingredientes, mas muito mais saudáveis", afirma Luciano Giacaglia, endocrinologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do Hospital das Clínicas. Aprenda a fazer essa troca de maneira saudável

9 alimentos que não deveriam estar na sua geladeira

Saiba por que eles devem ficar fora da sua geladeira e a melhor opção para substituí-los




Manteiga e margarina

Por que: Esses dois alimentos são ricos em gordura – no caso da margarina, em gordura trans – e, além de serem calóricos, têm a capacidade de elevar os níveis de colesterol na corrente sanguínea, o que é um fator de risco para doenças cardiovasculares. A manteiga e a margarina podem ser mais prejudiciais ainda se tiverem sal em sua composição, que é outro inimigo para a saúde do coração. 
Como substituir: Caso a manteiga seja usada para preparar ou refogar um alimento, é melhor trocá-la por azeite, que é uma gordura vegetal. Mas isso não quer dizer que o azeite possa ser consumido em quantidades exageradas. “As sociedades médicas recomendam entre uma e duas colheres de azeite por porção de alimento”, diz o endocrinologista Luciano Giacaglia. Segundo o médico, pessoas que costumam comer esses alimentos na hora do lanche, por exemplo, podem optar por opções menos calóricas, como o requeijão light, cream cheese light, coalhada seca ou os queijos cottage e ricota. Eles não são livres de gordura e calorias, mas têm bem menos do que a manteiga e a margarina.

Maionese

Por que: É calórica, cheia de gordura e, por isso, se usada exageradamente, tem a capacidade de tornar uma refeição que poderia ser saudável, como um prato de salada, em uma afronta à sua dieta. Os produtos light merecem atenção. “Pelo menos de acordo com a legislação atual do Brasil, o produto light deve ter 20% a menos da quantidade de algum nutriente presente no produto original. Isso não quer dizer, então, que a maionese light não contém gordura, mas sim que possui menos do que o produto de referência”, diz o nutrólogo Celso Cukier.
Como substituir: Para fazer um lanche, a maionese pode ser substituída por alimentos com consistência parecida, mas com menos calorias e gordura. É o caso da coalhada seca ou do queijo cottage. “Se uma pessoa achar que o queijo cottage não tem gosto de nada, ela pode misturá-lo a uma cenoura ou a uma beterraba. Ele fica colorido e saboroso. Esse queijo também pode ser usado para fazer um patê, por exemplo”, afirma o endocrinologista Luciano Giacaglia. Na salada, se for em pouca quantidade, a maionese não é maléfica. Mas é preferível substituí-la por um molho com (pouco) azeite, (pouco) sal e limão, por exemplo.

Embutidos

Por que: São alimentos como a salsicha, mortadela, salame e presunto. Como são industrializados, têm uma quantidade considerável de conservantes e sódio, além de gordura. Tudo o que faz mal à saúde.
Como substituir: Segundo o nutrólogo Celso Cukier, entre esses embutidos, o menos prejudicial à saúde é o peito de peru, que pode ser consumido em quantidades pequenas. Para fazer um lanche, os embutidos podem ser substituídos por queijo cottage, por exemplo, ou então peito de frango, que é mais saudável.

Sorvete

Por que: O sorvete, especialmente o de massa, que provavelmente é o que deve estar dentro do seu freezer, tem muita gordura e açúcar. Além disso, o sorvete de massa aumenta a probabilidade de uma pessoa consumir uma quantidade exagerada do alimento e em vários dias na semana.
Como substituir: "A gelatina é a melhor opção para comer sobremesa sem engordar. Ela é doce, dá saciedade e não tem nem 20% das calorias de um sorvete”, diz o nutrólogo Celso Cukier. Se você acha gelatina muito sem graça, pode misturá-la a pedaços de frutas. Uma boa opção também é fazer sobremesas a partir da casca de frutas, que são ricas em vitaminas, e usar adoçante em vez de açúcar na receita.

Suco industrializado

Por que: Apesar de ser mais prático, é pior do que o suco natural, já que não apresenta todos os nutrientes da fruta. Além disso, possui conservantes e muito açúcar.
Como substituir: Sucos naturais ou de polpa são as melhores opções, apesar de ser necessário tomar cuidado com a quantidade de açúcar presente nas frutas. Por isso, sucos como o de limão e de acerola, por exemplo, são mais indicados para quem tem diabetes ou quer evitar o açúcar.

Refrigerante

Por que: Possui carboidratos, açúcar e gordura. Além disso, diversas pesquisas já associaram o consumo excessivo de refrigerante a danos a saúde, incluindo um maior risco de câncer de próstata, de parto prematuro e de acúmulo de gordura em torno dos órgãos.
Como substituir: Água com gás, chás gelados light (mas cuidado com a quantidade, já que são ricos em cafeína), água de coco e, principalmente, água normal. "Uma boa alternativa para quem gosta de refrigerante é misturar água com gás com algum suco concentrado de frutas — mas em quantidade moderada", diz o endocrinologista Luciano Giacaglia.

Bebida alcoólica

Por que: É calórica e, se consumida em excesso, pode reduzir o controle que uma pessoa tem sobre a sua alimentação. "Para quem tem dificuldades em se controlar, possuir bebida alcoólica na geladeira é um perigo. O indivíduo que chega em casa estressado e querendo relaxar pode acabar bebendo mais do que deveria – uma taça de vinho ou um copo de cerveja por dia, por exemplo – caso encontre bebida na sua geladeira", diz a endocrinologista Claudia Cozer.
Como substituir: Uma opção é guardar a bebida alcoólica, como a cerveja, por exemplo, e só colocá-la na geladeira em ocasiões específicas. Para o o dia-a-dia, opções como água com gás, chás gelados e água de coco são mais saudáveis.

Tempero e molho prontos

Por que: Temperos prontos em cubos, por exemplo, contêm muito sódio. Os molhos para a salada são gordurosos e calóricos. É preciso evitar esses ingredientes pois eles podem acabar tornando uma refeição que poderia ser nutritiva e saudável em uma fonte de sal e gordura.
Como substituir: Para temperar a comida, o melhor é escolher temperos naturais, como ervas frescas, cebola e alho, por exemplo. Na salada, opte pelo azeite, limão ou a mostarda de Dijon. "Para não exagerar na quantidade de azeite, o ideal é preparar um molho separadamente, misturar todos esses ingredientes e só depois acrescentar na salada", diz o endocrinologista Luciano Giacaglia.

Leite integral*

Por que: É rico em gordura animal e pode fazer mal a pessoas com problemas de colesterol alto. Segundo o nutrólogo Celso Cukier, porém, pode ser consumido, sem exageros, por pessoas sem esse problema.
*"No entanto, leite integral é recomendado a crianças com menos de cinco anos e pessoas que praticam muita atividade física", diz a endocrinologista Claudia Cozer.
Como substituir: Leite desnatado ou semi-desnatado 





domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sangue tipo O é associado a menor chance de ataque cardíaco, diz estudo


Anna-Marie Lever

Bolsa de sangue (Arquivo/PA)
Pessoas com sangue tipo O se beneficiam de nível maior de elemento que ajuda o fluxo e a coagulação
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que pessoas que têm o sangue do tipo O são menos suscetíveis a problemas cardíacos do que quem possui sangue A, B, e AB.
O estudo, realizado por cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston, concluiu que as pessoas com o tipo sanguíneo mais raro, o AB, são as mais vulneráveis a doenças do coração.

A pesquisa também descobriu que para pessoas com sangue do tipo B o risco de doenças cardíacas aumentava em 11% e, para pessoas com sangue tipo A, o aumento era de 5%.Para estas pessoas a probabilidade de sofrer com doenças cardíacas é 23% maior do que para as pessoas com o tipo sanguíneo O.
Os pesquisadores não sabem a razão deste aumento de probabilidades. Eles vão agora analisar como os grupos sanguíneos reagem a um estilo de vida mais saudável.
"As pessoas não podem mudar o tipo sanguíneo, mas nossas descobertas podem ajudar os médicos a compreender melhor quem tem risco de desenvolver doenças cardíacas. É bom saber qual o seu tipo sanguíneo, da mesma forma como você deveria saber seu colesterol ou pressão sanguínea", disse o professor Lu Qi, que liderou o estudo.
"Se você sabe que o risco é maior, pode reduzi-lo adotando um estilo de vida mais saudável, ao se alimentar bem, praticar exercícios e não fumar."
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada American Heart Association Journal.

'Complicado'

As descobertas dos cientistas americanos são baseadas em dois grandes estudos realizados nos Estados Unidos, um envolvendo 62.073 mulheres e outro, 27.428 pessoas adultas. Eles tinham entre 30 e 75 anos e foram acompanhados durante 20 anos.
Como a etnia das pessoas estudadas era predominantemente caucasiana, os pesquisadores afirmam que ainda não foi esclarecido se as descobertas podem ser apicadas para outros grupos étnicos.
O grupo sanguíneo AB foi ligado à inflamações, que têm um papel importante nos danos em artérias.
Também foram encontradas provas de que o tipo sanguíneo A está associado ao colesterol ruim, o LDL, que pode bloquear as artérias.
Já as pessoas com o tipo sanguíneo O podem se beneficiar dos níveis maiores de um elemento químico que ajuda no fluxo sanguíneo e na coagulação.
No entanto, o estudo não analisou as razões dos riscos diferentes para os tipos sanguíneos distintos.
"O tipo sanguíneo é algo muito complicado, então podem existir múltiplos mecanismos influenciando (estas diferenças)", disse Lu Qi.