Possível explicação são as implicações biológicas que alteram o modo como os filhos reagem a futuras situações estressantes.
RIO - Estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, sugere que homens que viveram o divórcio dos pais na infância ou antes de completar 18 anos têm significativamente mais chances de sofrerem um derrame do que um homem que não tenha passado pela mesma situação. Para a pesquisa, fatores considerados de alto risco, como idade, raça, renda e educação foram controlados. Após todos os ajustes, a separação mostrou estar associada a um risco três vezes maior nos filhos de algum trauma cardíaco. As mulheres, porém, não apresentaram características parecidas.
— A relação que encontramos entre o divórcio dos pais e o risco de derrame em homens é muito preocupante — afirmou Esme Fuller-Thomson, coordenador do estudo, ao International Journal of Stroke, jornal que publicará a pesquisa com mais detalhes ainda este mês.
A possibilidade de que os homens apresentem problemas no controle de cortisona, hormônio associado ao stress, é alta. Segundo Fuller-Thomson, a elevada taxa de derrames pode estar associada a um processo chamado incorporção biológica.
— É possível que a exposição ao estresse da separação dos pais possa ter implicações biológicas que altera o modo como estes meninos reagem a situações estressantes para o resto de suas vidas — explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário