domingo, 10 de março de 2013

O que você faria com cinco anos a mais?


Thinkstock
A população mundial vem fazendo cada vez menos atividade física,  e isso não é novidade. Todos sabem dos malefícios causados pelo sedentarismo: sobrepeso, fatores de risco, uma série de doenças. Talvez a maioria não saiba ainda que pela primeira vez na história da humanidade, a atual geração de crianças viverá cinco anos a menos do que a nossa. Isso mesmo, ao invés de ocorrer o processo natural de melhoria da qualidade de vida e assim termos uma geração mais saudável e longeva, teremos filhos que sofrerão mais com doenças causadas pela vida moderna.
Se o leitor não estiver acreditando no que afirmo, por favor assista este vídeo. A organizaçãoWe Are Designed to Move (Somos feitos para o movimento) trava uma batalha contra a inatividade física entre as crianças ao redor do mundo. Não só por causa dos problemas de saúde que aumentam entre os jovens, mas principalmente porque serão adultos doentes, com baixo desempenho acadêmico e profissional. Em outras palavras, a criança que não se mexe hoje, será um adulto que viverá com maiores dificuldades. E tudo isso vai gerar um custo considerável para a economia global.
A educação física escolar não tem recebido a devida atenção e as consequências já aparecem. Por exemplo, nos Estados Unidos a maioria dos colégios passou a adotar a educação física como atividade extra curricular. No Brasil, ainda faz parte da grade curricular. Todavia, com menor carga horária que outras disciplinas e sem considerar que o desenvolvimento das capacidades físicas e todo o processo de aprendizagem motora tem uma relação estreita com o desempenho acadêmico e profissional.
Até os dez anos de idade, os hábitos são formados e depois servirão como referência na fase adulta. E já citei em outros textos que são os pais que devem dar o exemplo e praticar exercícios. A geração atual pagará por isso com cinco anos a menos, ou não. Depende de nós.
Por Renato Dutra

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