Perder peso é um esforço multidisciplinar. É preciso equilibrar a dieta, controlar a ansiedade, praticar exercícios físicos e escolher os suplementos alimentares corretos. De acordo com o livro “Viva em Dieta, Viva Melhor” (Editora Phorte, 187 páginas, R$52), do nutricionista esportivo Rodolfo Peres, “existem muitas opções no mercado. É preciso escolher o produto de acordo com o seu objetivo final para alcançar o resultado esperado”. A seguir, o autor explica a função dos cinco melhores suplementos alimentares para perder peso:
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Whey protein
Famoso nas academias, a proteína do soro do leite, conhecida como whey protein, melhora o rendimento durante a prática de exercícios e a recuperação após a atividade. Em pó, o produto deve ser preparado apenas com água, já que o leite pode retardar a sua absorção. E não adianta tomar o produto diversas vezes ao dia. O ideal é escolher um horário preferencial e consumir em jejum, antes ou depois da prática de atividades físicas. Logo após o treino, recomenda-se ingerir o whey protein junto com um carboidrato, evitando a utilização da proteína presente no produto como fonte de energia.
Presente em muitos produtos chamados de queimadores de gordura, conhecidos como fat burners, a cafeína estimula a quebra da molécula de gordura e aumenta a performance durante a prática de atividades físicas aeróbicas ou de força. A dosagem é variável e deve ser avaliada individualmente, já que algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais, como alterações gástricas e psicológicas. Em geral, recomenda-se o consumo de 3 a 6 mg de cafeína por quilo de peso corporal. Vale ressaltar que a suplementação com cafeína em cápsulas não deve ser usada para driblar o cansaço natural porque o estimulante pode debilitar ainda mais o corpo, provocando lesões.
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CLA (ácido linoleico conjugado)
É o tipo de produto com múltiplas funções. O CLA controla os níveis de insulina no sangue, auxilia na redução da gordura abdominal, promove uma alteração positiva nas proteínas ligadas ao metabolismo das gorduras e melhora as taxas de colesterol e triglicerídeos. Como consequência, ainda há um aumento na queima de gordura e ganho discreto de massa muscular. Para completar o pacote, estudos recentes sugerem que as cápsulas com a substância possuem propriedades anticancerígenas.
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L-cartinitina
O consumo antes da prática de atividades aeróbicas potencializa o uso da gordura corporal como fonte de energia, com melhora também da capacidade física durante o exercício físico. Como auxiliar na perda de peso, recomenda-se a ingestão de 1 a 3 gramas diárias de L-carnitina em cápsulas ou na forma líquida. A suplementação com a substância é especialmente interessante para os vegetarianos, que apresentam, naturalmente, taxas mais baixas desta substância no organismo.
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Ômega-3
Você achou que ele era benéfico apenas para a saúde? Os ácidos graxos ômega-3 são excelentes para a melhora da performance durante atividades físicas, elevando a potência aeróbica e a força muscular. Os peixes de águas frias, como salmão, e a semente de linhaça são as melhores fontes da substância, mas ela também é encontrada em cápsulas. Para obter os benefícios, consuma entre 2 e 4 gramas de ômega-3, todos os dias.
Indesejada e difícil de ser eliminada, a gordura que se acumula no abdome precisa de exercícios e hábitos saudáveis para ir embora
Vivian Carrer Elias
Para conseguir a barriga ideal, é preciso combinar diferentes atividades físicas e bons hábitos (ThinkStock)
Nem abdominal e muito menos dietas milagrosas. Diminuir as medidas da cintura e eliminar as gorduras da barriga exigem disciplina, diferentes modalidades de atividade física, boa alimentação e hábitos saudáveis. "Praticar exercícios físicos sem o acompanhamento de uma dieta adequada exige que a atividade seja extremamente intensa, algo que poucos conseguem fazer. Por isso, emagrecer requer sempre as duas coisas", diz Gláucia Carneiro, endocrinologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
É essencial entender que conseguir a barriga ideal requer queima de gordura e fortalecimento muscular. Portanto, fazer somente abdominais de nada adianta. Deve existir uma combinação entre as atividades aeróbicas, que são aquelas que aceleram a frequência cardíaca, como corrida e natação, com atividades de resistência, como treinos de musculação, por exemplo. Além disso, ficar longe dos maus hábitos, como comidas muito calóricas e bebidas alcoólicas, também facilita chegar nesse objetivo. Conheça sete dicas que também podem ajudar:
Só atividade física não resolve
Perder a gordura abdominal necessita de uma simples e conhecida equação matemática: consumir menos e gastar mais calorias. Para isso, os exercícios físicos devem ser aliados com uma dieta balanceada e, assim, promover esse déficit calórico. "É muito mais fácil perder gordura combinando esses dois hábitos. Só atividade física pode até eliminar a gordura abdominal, mas esse processo será muito mais lento, já que ganhar e acumular calorias é muito mais fácil do que perdê-las. Isso pode desestimular aquele que pretende perder peso", afirma o fisiologista Turíbio Leite de Barros.
Faça exercícios aeróbicos
A gordura é queimada pelo metabolismo conforme o corpo se movimenta. As atividades aeróbicas, como corrida, caminhada, natação, dança e ciclismo, são aquelas que mais acelaram o metabolismo e, portanto, são mais eficazes para eliminar a gordura do corpo. "Porém, as pessoas precisam entender que uma atividade aeróbica queima gordura de todo o corpo, e não só da barriga, e depende de cada um a região que vai ser mais favorecida. Alguns, por exemplo, podem perder mais medidas nos braços do que no abdomem, mas isso não quer dizer que este não esteja perdendo gordura também", explica educador físico e pesquisador da Unifesp Vladimir Bonilha Modolo.
Musculação pode ajudar, mas não sozinha
Passar os dias fazendo abdominais não faz com que a gordura da barriga seja eliminada. Esses exercícios fortalecem o músculo do abdomem, mas não são o suficiente para queimar gorduras, então, para um bom resultado, devem ser combinados com alguma atividade aeróbica. "Por outro lado, um treino de musculação mais completo pode queimar calorias, mas não tanto quanto uma corrida ou uma aula de dança, por exemplo. Para resultados mais eficazes, a atividade aeróbica não deve ser deixada de lado.
Trabalhe sua postura
Muitas vezes o problema do incômodo com a barriga pode estar associado à má postura. "Uma postura errada torna a pessoa mais baixa do que é e dá a impressão de que a barriga é maior. Quando esse problema é melhorado, ela passa a parecer mais alta e mais magra", explica o educador físico Marcos Marques. Atividades como ioga, pilates e ginástica funcional são opções de atividades que trabalham mais a postura e o equilíbrio do que de fato a queima de calorias ou a musculação, mas que também rendem bons resultados.
Mantenha a regularidade
A frequência das atividades físicas são fundamentais para que os resultados cheguem. Não adianta passar uma semana inteira fazendo exercícios de intensidade alta e depois ficar outra semana sem nenhum exercício.
Leve em conta seu metabolismo
Cada pessoa apresenta uma tendência maior ou menor para acumular e perder gordura no corpo. De maneira geral, as mulheres são as que têm mais facilidade para acumular gorduras, já que possuem um metabolismo mais lento do que os homens. "Isso se deve à testosterona, hormônio que acelera o metabolismo dos homens e os ajuda a acumular menos gordura no corpo", explica o médico Turíbio de Barros. Por isso, geralmente as atividades aeróbicas são majoritariamente recomendadas para as mulheres. Há também pessoas com problemas de alteração hormonal, como o hipotireoidismo, que facilita o acúmulo de gordura. O fator genético também interfere nessa tendência.
Revise os maus hábitos
Má alimentação, sedentarismo, bebida alcoólica e cigarro são fatores fortemente associados com o acúmulo da gordura na barriga e, o que é pior, com diversos problemas de saúde, como diabetes, piora na pressão arterial e riscos de acidente vascular cerebral. A mudança do estilo de vida implica na melhora da saúde e também na perda da gordura na barriga.
Tomar café da manhã, como fazem os alemães, ajuda a emagrecerFoto: Getty Images
Patrícia Zwipp
Emagrecer e manter o peso não são tarefas fáceis. O que poucos sabem é que alguns hábitos simples de diferentes países podem ajudar a concretizar o sonho de muitos. Confira sugestões de 19 locais, incluindo o Brasil, listadas pelo site Health. Depois, basta colocá-las em prática.
Tailândia Comida tailandesa está entre as mais picantes do mundo. A pimenta, além de aumentar o seu metabolismo, faz com que coma mais devagar. "Ao comer rápido, até o momento que o corpo envia sinais de que está satisfeito, já ingeriu demais. Comer devagar é uma estratégia boa para perda de peso", disse James Hill, ex-presidente da Sociedade Americana de Nutrição.
Brasil A tradicional combinação de arroz com feijão é uma boa dica. Um estudo publicado na revistaObesity Research constatou que uma dieta que consiste principalmente na dupla reduz o risco de excesso de peso em cerca de 14%, quando comparada com a comida típica ocidental. Isso porque tem pouca gordura e é rica em fibra.
Reino Unido Prefira pequenas porções, como os ingleses. Se você vai a um McDonald's de Londres, na Inglaterra, o funcionário não vai perguntar se prefere aumentar o lanche. A opção foi interrompida no Reino Unido depois de avaliarem que representava menos de 0,1% das vendas.
Indonésia Islã, a religião líder do país, incentiva o jejum periódico, sem comida ou bebida do amanhecer ao anoitecer. Outros na Indonésia praticam mutih, que permite apenas água e arroz branco. Embora especialistas não recomendem o jejum para controle do peso, a opção moderada pode quebrar o modelo de comer sem pensar, segundo James Hill, ex-presidente daSociedade Americana de Nutrição. "A maioria dos americanos nunca espera ficar com fome. Comemos a próxima refeição antes de termos digerido totalmente a última." Não há necessidade de abstinência rigorosa para obter esses benefícios psicológicos. Basta cortar as calorias pela metade por um dia.
Polônia Coma em casa com mais frequência do que fora. Os poloneses gastam apenas 5% do orçamento familiar com restaurantes. Quem se alimenta mais longe do lar tende a investir em pratos menos saudáveis e, portanto, engordar.
Alemanha Não pule o café da manhã, como fazem 75% dos alemães diariamente, em comparação com apenas 44% dos americanos. E eles não investem em opções gordurosas e calóricas. Saboreiam frutas, cereais integrais e pães. Pesquisadores britânicos descobriram que, se deixar a primeira refeição do dia de lado, o centro de recompensa do cérebro se ilumina mais intensamente quando a pessoa vê um alimento de alto teor calórico, tornando mais provável não resistir à tentação.
Holanda Na Holanda, o número de bicicletas (18 milhões) supera o de pessoas (16,5 milhões). Deixe o carro de lado e invista na magrela, pelo menos para pequenos trajetos próximos de casa. Ao pedalar em um ritmo moderado, é possível queimar cerca de 550 calorias por hora.
Suíça Prove muesli, um cereal suíço feito com aveia, frutas e nozes. As fibras da iguaria tornam a digestão mais lenta, fazendo com que se sinta satisfeito por mais tempo. Mas leia a embalagem com atenção, porque a quantidade de açúcar pode variar de 2g a 14g por porção.
Rússia Faça uma horta. As casas de campo ou "dachas" russas, onde 51% dos moradores da cidade passam fins de semana e férias de verão, quase sempre têm um jardim. Então, os habitantes cultivam hortaliças e frutas, que vão direto para seus pratos.
Malásia O açafrão-da-terra (cúrcuma) cresce nas florestas da Malásia. Um dos principais componentes do tempero é uma substância chamada curcumina, que age contra a gordura. Um estudo recente da Universidade de Tufts, dos Estados Unidos, descobriu que ratos alimentados com alto teor de gordura e pequenas quantidades de curcumina ganharam menos peso que os que seguiram a mesma dieta, mas sem a iguaria. Os pesquisadores acreditam que o ingrediente suprime o crescimento do tecido adiposo e aumenta a queima de gordura. Acrescente a iguaria em suas refeições.
França Não coma com pressa. Permanceça bastante tempo à mesa, converse bastante. "Para os franceses, comer é o evento do dia", disse Fred Pescatore, presidente da Associação Internacional e Americana de Nutricionistas Clínicos. Refeições lentas incentivam a comer menos, já que a conversa retarda o garfo e dá tempo para perceber que está satisfeito.
Hungria Os húngaros gostam de alimentos em conserva, como pepino, pimenta, repolho e tomate. E o costume ajuda a manter o peso em dia provavelmente por conta do vinegre das iguarias. Evidências crescentes sugerem que o ácido acético, o principal componente do vinagre, ajuda a reduzir a pressão sanguínea, os níveis de açúcar no sangue e a formação de gordura.
África do Sul O chá de rooibos (arbusto cultivado apenas em uma pequena área no Cedarberg, da província do Cabo Ocidental, na África do Sul) é apreciado em todo o país. É naturalmente doce e, portanto, não precisa de adição de açúcar. "Culturas que bebem chá geralmente têm índices mais baixos de obesidade. Isso pode ser por conta de compostos especiais, como catequinas, que determinados chás contêm, ou porque podemos simplesmente pensar que estamos com fome, quando estamos desidratados", disse Fred Pescatore, presidente da Associação Internacional e Americana de Nutricionistas Clínicos.
Noruega Tenha um domingo em família e saia para passear pelo bairro. Na Noruega, todos, desde crianças aos idosos, vão caminhar (no verão) ou esquiar (no inverno).
Índia Invista na ioga. Um estudo recente descobriu que os praticantes têm um índice mais baixo de massa corporal (IMC) do que os adeptos a outras modalidades. E existem muitas razões para isso. É melhor fazê-la com o estômago vazio e ainda constrói músculos, o que estimula o metabolismo. Além disso, encoraja a ter mais atenção e, assim, é mais fácil perceber quando se está satisfeito.
Japão Tire uma soneca. No Japão, muitas pessoas reservam 20 a 30 minutos diários para cochilar, disse o pesquisador de sono James Maas, da Universidade de Cornell, dos Estados Unidos. Há crescentes evidências de que privação de sono crônica aumenta o risco de ganho de peso. Maas acusa dois hormônios: leptina, que ajuda o cérebro sentir quando você está satisfeito, e grelina, que provoca a fome. Quanto menos descanso você tem, menor é o nível de leptina e maior o de grelina.
México Não deixe para consumir a maior parte das calorias diárias à noite. Prefira o café da manhã e o almoço. Os mexicanos, por exemplo, têm a maior refeição tradicionalmente entre 14h e 16h. Assim, ao se ingerir menos à noite, acorda com fome e lança mão de um café da manhã maior, o que facilita o controle de peso.
Finlândia Pratique caminhada nórdica. Os finlandeses saem para andar segurando duas varetas leves. Além de ajudar no equilíbrio, elas fazem com que os músculos dos ombros, braços e tronco também trabalhem. Assim, queima-se 20% mais calorias, de acordo com um estudo doInstituto Cooper, em Dallas, Estados Unidos.
Holanda Os holandeses consomem cerca de 85 milhões de arenque por ano. Eles são colocados em conserva e, então, servidos como lanches ou em pães macios com cebolas e pepinos em conserva para o almoço. A iguaria contém ácidos graxos ômega 3, que reduzem os níveis do hormônio do estresse cortisol, que é conhecido por aumentar a quantidade de gordura em torno da cintura.
Pesquisadores americananos descobriram que um medicamento usado para tratar acne e asma inibe a ação de genes responsáveis por impedir que uma pessoa emagreça mesmo fazendo dieta
Ambos os camundongos eram obesos e foram alimentados com a mesma dieta. O animal da esquerda, porém, recebeu também o medicamento amlexanox, enquanto que o outro roedor não ingeriu droga alguma (Shannon Reilly/Michigan University)
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriram que o amlexanox, uma droga anti-inflamatória e antialérgica prescrita para tratar problemas como asma e afta, pode ajudar a combater a obesidade e até reverter quadros de diabetes. Isso porque, segundo descobriram os especialistas, o medicamento é capaz de alterar o metabolismo e fazer com que uma pessoa deixe de armazenar calorias em excesso. O estudo, que é preliminar, feito com camundongos, foi publicado neste domingo na revista Nature Medicine.
RESULTADO: O amlexanox, uma droga anti-inflamatória e antialérgica prescrita para tratar problemas como asma e aftas, inibe a ação dos genes IKKE e TBK1. Esses genes são responsáveis por fazer com que uma pessoa armazene muitas calorias quando ingere menos alimento — ou seja, não consiga perder peso quando está de dieta. Camundongos obesos que tomaram o remédio perderam peso em relação a animais alimentados da mesma forma, que continuaram obesos.
"Uma das razões pelas quais uma dieta não funciona em algumas pessoas é que o corpo delas se ajusta ao menor consumo de calorias com a redução do metabolismo. Assim, o metabolismo está 'defendendo' o peso corporal do indivíduo" diz Alan Saltiel, diretor do Instituto de Ciências da Vida da Universidade de Michigan e principal autor do estudo. Ou seja, o organismo de determinadas pessoas passa a armazenar cada vez mais calorias à medida que menos calorias são ingeridas. Segundo Saltiel, sua equipe concluiu que o amlexanox reverte esse ajuste do metabolismo e faz com que o corpo gaste mais energia.
Em um estudo anterior, Saltiel e sua equipe descobriram que dois genes, o IKKE e o TBK1, são responsáveis por fazer com que o organismo de algumas pessoas busque esse 'equilíbrio metabólico' e passe a armazenar mais calorias quanto menos calorias são consumidas. A partir desse achado, os pesquisadores realizaram uma série de testes para encontrar uma substancia capaz de inibir esses dois genes, e concluíram que o amlexanox é eficaz nesse sentido.
A equipe, então, testou o amlexanox em camundongos obesos e comparou esses animais com outros que receberam a mesma dieta, mas não o remédio. De acordo com os resultados, a droga, de fato, inibiu a expressão dos genes IKKE e TBK1, e os roedores que receberam o remédio perderam peso. Além disso, esses animais apresentaram uma melhor sensibilidade à insulina — o que indica um menor risco de diabetes. "Como o amlexanox já é usado e se mostra um medicamento seguro aos pacientes, ele pode ser um candidato interessante para o tratamento clínico contra a obesidade e doenças relacionadas ao excesso de peso", escreveram os autores no artigo.
Em estudo americano, mesmo seguindo a mesma dieta, pessoas que almoçavam mais cedo do que as outras conseguiram perder mais peso
Dieta: Horário em que comemos pode ser fundamental na hora de emagrecer (Thinkstock)
O horário em que uma pessoa se alimenta pode ser tão fundamental para que uma dieta dê certo quanto o que ela come, concluiu um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Após avaliarem mais de 400 pessoas com excesso de peso, os autores da pesquisa concluíram que quem realiza a principal refeição do dia mais tarde (por exemplo, almoça depois das três horas da tarde) tende a ter maior dificuldade para emagrecer do que aqueles que fazem a refeição mais cedo. Essas conclusões foram publicadas nesta terça-feira no periódicoInternational Journal of Obesity, do grupo Nature.
O estudo, coordenado por Frank Scheer, diretor do Programa de Cronobiologia Médica do Hospital Brigham and Woman, da Universidade Harvard, selecionou 420 indivíduos com excesso de peso que, durante 20 semanas, seguiram um programa de perda de peso baseado na chamada dieta do Mediterrâneo. Metade dos participantes foi orientada a almoçar mais tarde (após as 15 horas) e o restante, mais cedo (antes das 15 horas). O almoço era a principal refeição da dieta seguida, já que era o momento em que 40% das calorias totais ingeridas no dia eram consumidas.
Ritmo - Segundo o estudo, as pessoas que almoçaram mais tarde costumavam consumir menos calorias no café da manhã e eram mais propensas a pular essa refeição. Mesmo assim, ao final da pesquisa, elas apresentaram um ritmo de perda de peso muito menor e perderam significativamente menos peso do que o restante dos participantes. Elas também apresentaram uma menor sensibilidade à insulina, quadro que indica um risco mais elevado de diabetes. As refeições menores não pareceram influenciar na perda de peso.
Os resultados foram semelhantes mesmo após os autores levarem em consideração fatores como ingestão e gasto de calorias. "Nosso estudo enfatiza que o momento da refeição em si pode desempenhar um papel importante na perda de peso. Assim, sugerimos que médicos que indicam programas de emagrecimento levem esse fator em consideração", diz Frank Scheer.
Pesquisa da Universidade de Chester, da Grã-Bretanha, conclui que hábito pode significar perda de quase quatro quilos em um ano
Professora em atividade passa boa parte do tempo em pé. Segundo estudo britânico, atividade pode ajudar a emagrecer Hudson Pontes 29.10.2012
CHESTER, Grã-Bretanha — Ficar em pé pode cansar, mas melhora a circulação do sangue e combate a obesdidade, conclui um estudo da Universidade de Chester, na Inglaterra. Jonh Buckley, professor do Departamento de Ciências Clínicas e Nutrição da instituição divulgou estudo que informa que trabalhar em pé até três horas por dia consome 144 calorias. Somando-se um ano inteiro de atividade, o gasto de energia pode significar menos 3,6 quilos na balança.
Ficar muito tempo sentado, de acordo com o cientista, pode aumentar os riscos de diabetes e ficar mais tempo em pé — uma vez que o corpo humano foi projetado para tal condição, explica Buckley — é pode ser um grande benefício.
Segundo Buckley, hábitos sedentários do homem contemporâneo como trabalhar sentado, usar automóveis e ficar em frente à TV pode reduz o metabolismo à níveis mínimos, e o sedentarismo torna-se um fator de risco tão importante quanto o hábito de fumar.
O professor, que fez carreira também como treinador de tênis e pesquisa em ciências do esporte, defende mudanças nos escritórios como a introdução de escrivaninhas que permitam trabalhar em pé.
RIO - Para muita gente o ano começa depois do carnaval e, com ele, também a dieta. E uma erva, quem diria?, com folia no nome surge como auxiliar na busca pela magreza. Apesar de ser brasileira, da família das boragináceas, a Pholia magra (Ecalyculata vell) só agora chega ao mercado em forma de cápsulas encomendadas em farmácias de manipulação e receitadas para quem deseja perder medidas, especialmente abdominais.
- Nos EUA e na Europa ela já ganhou fama com a promessa de "secar a barriga" principalmente depois que já foram estudados todos os malefícios das drogas sintéticas utilizadas no emagrecimento. Esta erva ajuda as pessoas a obter resultados muito bons e de forma natural. Além disso, não há na literatura notícias de efeitos colaterais nem de problemas se combinada a outros medicamentos - diz a nutricionista funcional Patricia Davidson Haiat, que receita a pholia há quatro meses para seus pacientes.
Um deles é a enfermeira Gisela El-Mann, que está muito feliz com os três quilos que perdeu no último mês, combinando dieta, exercícios físicos e Pholia magra.
- Não acredito em milagres, emagrecer $uma série de mudanças na vida, mas realmente meu apetite está menor, minha barriga diminuiu muito rápido e minhas celulites melhoraram - diz a moça de 30 anos, 1,62 metro e hoje 73 quilos.
Segundo Patricia Haiat, como toda novidade, a erva chega com preço elevado (um tratamento de 45 dias custa cerca de R$ 400), mas "vale a pena, claro se seu uso for associado a mudanças na alimentação".
Fitoterápicos exigem atenção
O nutrólogo João Curvo diz que boragináceas como a pholia magra e a porangaba atuam no sistema nervoso central como supressoras do apetite e ainda possuem atividade lipolítica, de queimar gorduras - devido a sua quantidade de cafeína e de ácido alantóico, dois de seus principais constituintes químicos.
- A cafeína promove aumento da termogênese (gasto energético) e acelera o metabolismo, podendo ainda aumentar a disposição para atividade física - diz ele.
- A erva age como um diurético leve. Por conter cafeína e devido à presença do ácido, pode reduzir a celulite e a gordura localizada. Suas substâncias também têm ação nos vasos linfáticos melhorando a circulação - completa Patricia Haiat.
João Curvo, no entanto, avisa: mesmo em se tratando de fitoterápicos, nada de automedicação e "não é porque um remédio é natural que ele deixa de ser um remédio". As boragináceas, lembram ele, aceleram o metabolismo e podem deixar o paciente agitado, com taquicardia e dificuldades para dormir.
- Por isso é importante a droga ser receitada por um especialista. Mas realmente há metabolismos que precisam ser acelerados e a Pholia magra pode ser muito útil se acompanhada de restrição alimentar - explica João Curvo.
Ricardo Meirelles, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, lembra que alguns fitoterápicos envolvem risco justamente pela inexistência de estudos clínicos que comprovem eficácia e efeitos colaterais. Além disso, "é muito difícil controlar a dosagem de receitas preparadas em farmácias de manipulação".
- O que sempre vemos é que, para perder peso, o que adianta é adotar, e manter a longo prazo, uma alimentação balanceada, aliada à prática de atividade física. Há casos em que medicamentos podem ajudar. É um consenso médico não acreditar nesses modismos.
Além de perder peso, opções menos gordurosas ajudam a diminuir colesterol e pressão arterial sem necessidade de dieta radical
Nas festas de fim de ano, especialistas dão dicas de como aproveitar a boa mesa.
Novo cardápio. A substituição de sorvetes e hambúrgueres por opções mais saudáveis como frutas e carnes magras afeta o organismo. No estudo, cada 1% a menos de gordura resultou na perda de 0,19 kg após seis meses Leonardo Aversa/ 12.03.2009
Nada de dietas de sopas, shakes ou comprimidos. Apenas reduzir a quantidade de alimentos gordurosos já leva à perda de peso, segundo um estudo publicado no “British Medical Journal”. O trabalho coordenado pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido, analisou 73 mil pessoas a partir da revisão de 43 estudos e mostrou que, os que cortaram a gordura saturada por pelo menos seis meses emagreceram em média 1,6kg, além de reduzirem o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência da cintura em 0,5 cm. E isto sem tentar emagrecer.
Outros resultados menos expressivos, porém importantes, foram a diminuição do mau colesterol e da pressão arterial. A revisão foi feita a pedido da Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de atualizar as recomendações de ingestão de gordura, já que o sobrepeso aumenta o risco de uma série de doenças, como ataques cardíacos, derrames e outros problemas do coração, que matam 17 milhões de pessoas no mundo anualmente.
Menos gorduras trans e saturada
Segundo os pesquisadores, os resultados provam, pela primeira vez, que a perda de peso é possível pela simples escolha de alimentos com pouca gordura, apesar da infinidade de anúncios exaltando os benefícios de dietas com menos carboidratos. Cada 1% de redução de gordura resultou em menos 0,19 kg de peso corporal após seis meses, isto com base em populações que têm entre 28% e 43% de gordura na alimentação, como as ocidentais.
Os pesquisadores ressaltam que o efeito não é “dramático” como o obtido com uma dieta, pois a pesquisa focou apenas na redução de gordura em pessoas sem a intenção de perder peso e que continuaram consumindo a mesma quantidade de comida. Por isto, inclusive, os detalhes da dieta não foram tratados no estudo, mas sua autora principal, Lee Hooper, orienta reduzir a gordura animal e de alimentos processados, ou seja, saturada e trans.
— É uma maneira de se alimentar que vai tanto proteger contra doenças cardiovasculares quanto ajudar na perda de peso. Deveria ser visto como um novo padrão de alimentação, principalmente porque os benefícios cardiovasculares ficam evidentes após dois anos de mudança — acrescentou Lee.
Professor associado de medicina da UFF, José Mário Franco de Oliveira, pós-doutor em endocrinologia, hipertensão e diabetes pela Universidade de Harvard, salientou a importância da dieta para a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, hipertensão e diabetes tipo 2.
— O estilo de vida sedentário, rico em gordura, calorias, açúcar e mais o tabagismo levam a estas doenças — afirmou. — Este estudo foi importante porque fortaleceu a ideia de que não é só o controle de carboidrato que importa. É um conjunto de fatores, entre eles, a ingestão de gordura.
— Cortar gorduras, componentes dos alimentos que mais engordam, é com certeza um ponto importante desta visão clínica atual — concordou o endocrinologista Tércio Rocha, consultor da Academia Real de Medicina Estética do Reino Unido.
Rocha, entretanto, ressalta que o controle de açúcares continuará uma tônica.
— Já se sabe que gorduras e açúcares fazem tão mal à saúde quanto drogas ilícitas — afirmou.
Enquanto isto, a especialista em nutrição clínica e estética Vanessa Suzuki pede uma dose de cautela:
— As gorduras são importantes para nosso corpo, são fontes de energia, têm vitamina E e ácidos graxos essenciais para manter a saúde cardiovascular.
Vanessa sugere o consumo de gorduras insaturadas, como ômegas 3, 6 e 9, principalmente de origem vegetal. São em geral líquidos em temperatura ambiente, entre eles, o azeite de oliva extra virgem. Ela defende também que a alimentação variada e balanceada é a melhor escolha para a redução do peso:
— Dietas que priorizam um grupo alimentar são difíceis de seguir e podem comprometer o metabolismo e alguns órgãos vitais. Não são saudáveis — orientou a especialista.
Cuidados com os excessos
A médica Isabela Bussade, mestre em endocrinologia e responsável científica da empresa PronoKal, explica que, em média, um grama de gordura tem nove calorias, enquanto que um grama de proteína tem quatro. Associado a isto, nosso organismo gasta poucas calorias no processamento da gordura, por isso o saldo positivo dos alimentos ricos em gordura fica ainda mais significativo.
— Em um tratamento de emagrecimento, mesmo que o paciente não perca todo o peso estipulado ou desejado, se conseguir reduzir em 10% o peso e tiver melhora das comorbidades, ou seja, colesterol, glicose e pressão arterial, já consideramos que foi benéfico — acrescenta.
Isabela lembra que nos períodos de festas é comum o exagero de alimentos gordurosos. A sugestão da nutricionista é trocar frutas secas pelas frescas, como cereja, figo e pêssego. Já as aves defumadas, ela explica, têm menos gordura que presunto de porco e pernil. Os peixes de água profunda, como salmão, atum e hadock, são ricos em ômegas e mais saudáveis que peixes com muito sal.
A nutricionista Daniela Campi, que chefiou o Departamento de Nutrição da CC Medical Services de Nova York, recomenda bom senso para as festas de fim de ano:
— Comer um pouquinho de cada opção ou do que preferir. No dia seguinte, reequilibrar o organismo com sucos verdes, água de coco, chá verde e, principalmente, priorizar alimentos que ajudam no processo de desintoxicação de toxinas — explicou.
Entre as opções desintoxicantes, ela cita alho, cebola, couve manteiga e de bruxelas, repolho roxo, brotos e especiarias, como mostarda, alecrim, sálvia, coentro e pimenta preta.
Então Ronaldo “O Fenômeno” decidiu perder peso. Muito bom para ele. Quem acompanha o quadro do Fantástico, ‘Medida Certa’, já deve ter percebido que Ronaldo tem se esforçado para eliminar 18 kg e sua avantajada pança. Ate ai tudo bem, louvável! Entretanto, nada vem de graça. Segundo matérias divulgadas na imprensa, Ronaldo fechou um contrato com a Globo, em que receberá 333 mil reais por cada quilo eliminado, o que contabilizaria um total de 6 milhões de reais ( isso mesmo!) se alcançar sua meta de perder os já referidos 18 kg.
Não sou contra a dieta do Ronaldo, muito menos o seu “incentivo $$$”, ao contrario, apoio todo e qualquer homem que queira entrar em forma. Entretanto, não era preciso transformar tudo num circo. Digo isso, pois se Ronaldo REALMENTE quisesse perder peso, já o teria feito há muito tempo atrás. Não é mesmo? Para quem não sabe, Ronaldo sofre de Hipotireoidismo, doença que, dentre seus muitos seus efeitos, faz o sujeito ganhar peso, mas que é perfeitamente tratável e controlável com medicamentos encontrados em qualquer farmácia.
A pergunta é uma só: por que Ronaldo não se tratou, fechou a boca (dieta) e controlou o peso logo no inicio? Ninguém tem essa resposta (além dele mesmo), mas é possível imaginar, e prever, que a coisa poderia ter um rumo totalmente diferente, ou seja, ao invés de se tornar motivo de piada pela circunferência da cintura, poderia ter se tornado exemplo no controle Hipotireoidismo, da boa saúde, influenciando milhões de fãs de forma positiva.
Em resumo, se ele tivesse feito a “lição de casa” e se cuidado como todo homem normal faria (sem holofotes, suando a camisa, fazendo escolhas inteligentes ao comer), a coisa não teria chegado onde chegou. O que me preocupa verdadeiramente com esse quadro global, é o reforço de uma ideia perigosa: faça errado a vida toda e conserte tudo num passe de mágicas. Isso não existe, ou no mínimo custa muito caro para saúde e para o bolso.
Por fim, se você acompanha Ronaldo em sua luta contra a balança e isso tem te animado a também correr atrás do prejuízo, ÓTIMO! Nós do HF te apoiamos e te incentivamos, vai fundo! Entretanto, fique apenas com a parte boa do processo ( o incentivo dos instrutores, as dicas, etc) e não as ilusões televisivas de resultados fáceis com o mínimo esforço.
E vamos que vamos.
Fábio Fernandes - Formado em Publicidade e Propaganda. Criador e ex-editor do blog Cosméticos Masculinos.Estudante de vinhos pelo sistema Wine Spirit.Interessado em saúde, atividades físicas, nutrição, gastronomia e tecnologia.
Pesquisa mostra que cada pessoa consome o equivalente a uma embalagem de banha em gorduras saturadas e a mesma quantidade de sal de 50 pacotes de batatas fritas
Só os doces do Natal equivalem à ingestão de 32 colheres de chá de açúcar por pessoaAgência O Globo
LONDRES - Um pesquisa da Fundação Britânica do Coração mostra que uma ceia típica de Natal acrescenta 660 calorias à dieta: cada pessoa consome em média a mesma quantidade de sal de 50 pacotes de batatas fritas, além de uma embalagem de banha em gorduras saturadas.
A ceia britânica tem os mesmos itens que a brasileira, com peru, muita bebida alcoólica, doces com creme, chocolates, salgadinhos industrializados e vários tipos de nozes, todos com bastante sal. Na pesquisa, a entidade entrevistou duas mil pessoas sobre os hábitos de comida e bebida no período das festas, e descobriu que a autoindulgência começa bem antes de o peru entrar no forno.
Em cada dez pessoas, mais de uma escolhe um café da manhã completo para começar o dia, e o item preferido é o sanduíche de bacon, que sozinho já tem mais sal que as necessidades diárias de um adulto. À noite, 3/4 dos entrevistados fazem uma ceia tradicional, com peru, doces, chocolates e todas as guloseimas a que têm direito, o que coloca mais 660 calorias na dieta normal.
Só os doces desses dois dias de festa colaboram com 32 colheres de chá de açúcar por pessoa. Entre os entrevistados, mais de um em cada dez relataram beber mais de 13 unidades de álcool, o equivalente a 13 doses de uísque em um único dia. E é claro que 25% dos entrevistados admitiram não fazer qualquer tipo de exercício físico durante as festas.
— Não estamos dizendo que as pessoas não devem se divertir no Natal, mas nem o coração nem a cintura vão agradecer pelos excessos quando janeiro chegar — diz Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração.
Estudo mostrou que passar a ingerir menos alimentos gordurosos promove o emagrecimento mesmo mantendo os outros aspectos da alimentação habitual
Emagrecimento: Pesquisa britânica mostra que nem sempre somente dietas rigorosas promovem a perda de peso (Hemera Technologies/Thinkstock)
Uma nova pesquisa britânica mostrou que nem sempre é preciso seguir uma dieta com uma série de restrições — como eliminar carboidratos ou açúcar, por exemplo — para que uma pessoa consiga perder peso. Segundo o estudo, trocar alimentos muito gordurosos por outros mais saudáveis, mesmo mantendo os outros aspectos da alimentação que um indivíduo costuma seguir, já surte efeitos significativos e duradouros no emagrecimento e na redução do índice de massa corporal (IMC) e dos níveis de colesterol no sangue. Essas conclusões foram publicadas nesta sexta-feira na revista British Medical Journal.
Onde foi divulgada: revista British Medical Journal (BMJ)
Quem fez: Lee Hooper, Asmaa Abdelhamid, Helen Moore, Wayne Douthwaite, Carolyn Summerbell e Murray Skeaff
Instituição: Universidade East Anglia, Universidade de Durham, Grã-Bretanha, e Universidade de Otago, Nova Zelândia
Dados de amostragem: 73.589 pessoas
Resultado: Em seis meses, reduzir o consumo de gordura pode levar a uma perda de peso de, em média, 1,6 quilo, além de uma redução do colesterol, do IMC e da circunferência abdominal
Esse trabalho foi encomendado pelo grupo que estuda dieta e nutrição da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, segundo os autores, serão fundamentais para que o órgão estabeleça novas recomendações globais de alimentação. Para o estudo, os pesquisadores revisaram 33 ensaios clínicos realizados ao redor do mundo que, ao todo, envolveram mais de 70.000 homens, mulheres e crianças.
Efeitos positivos — Os resultados do levantamento mostraram que, em um período de seis meses, as pessoas que passaram a ingerir menos alimentos gordurosos, em comparação com aquelas que consumiam mais gordura, em média, emagreceram 1,6 quilo, perderam 0,5 centímetro de circunferência abdominal e reduziram seu IMC em 0,56. Elas também apresentaram uma diminuição nos níveis de colesterol "ruim" (LDL) na corrente sanguínea. Esses efeitos foram “obtidos rapidamente” e a perda de peso mantida por, ao menos, sete anos. Ainda segundo a pesquisa, esses indivíduos não adotaram nenhum programa de emagrecimento, sugerindo que esses benefícios ocorreram entre pessoas que seguem uma alimentação comum.
“A redução de peso que nós observamos quando as pessoas passavam a comer menos gordura foi significativa e consistente, já que quase todos os estudos que analisamos mostraram isso. Quanto mais gordura os participantes cortavam de sua alimentação, mais peso eles perderam”, afirma Lee Hooper, pesquisadora da Universidade East Anglia, na Grã-Bretanha, e coordenadora do estudo. Ela lembra que, embora o efeito do emagrecimento não tenha sido tão intenso quando o de uma dieta, ele ocorreu entre pessoas que não estavam obcecadas por emagrecer.
Segundo Hooper, o estudo não levou em consideração os tipos de gordura. Mas, para Lee, reduzir o consumo de gorduras saturadas já é suficiente para ajudar na perda de peso, além de proteger a saúde cardíaca. "Isso significa, por exemplo, que estão liberados o leite e o iogurte desnatados, mas que é ideal cortar a ingestão de manteiga, de queijos, da gordura que pode vir junto com uma carne e de lanches gordurosos, como bolachas e bolos.”
RIO - Para muita gente o ano começa depois do carnaval e, com ele, também a dieta. E uma erva, quem diria?, com folia no nome surge como auxiliar na busca pela magreza. Apesar de ser brasileira, da família das boragináceas, a Pholia magra (Ecalyculata vell) só agora chega ao mercado em forma de cápsulas encomendadas em farmácias de manipulação e receitadas para quem deseja perder medidas, especialmente abdominais.
- Nos EUA e na Europa ela já ganhou fama com a promessa de "secar a barriga" principalmente depois que já foram estudados todos os malefícios das drogas sintéticas utilizadas no emagrecimento. Esta erva ajuda as pessoas a obter resultados muito bons e de forma natural. Além disso, não há na literatura notícias de efeitos colaterais nem de problemas se combinada a outros medicamentos - diz a nutricionista funcional Patricia Davidson Haiat, que receita a pholia há quatro meses para seus pacientes.
Um deles é a enfermeira Gisela El-Mann, que está muito feliz com os três quilos que perdeu no último mês, combinando dieta, exercícios físicos e Pholia magra.
- Não acredito em milagres, emagrecer $uma série de mudanças na vida, mas realmente meu apetite está menor, minha barriga diminuiu muito rápido e minhas celulites melhoraram - diz a moça de 30 anos, 1,62 metro e hoje 73 quilos.
Segundo Patricia Haiat, como toda novidade, a erva chega com preço elevado (um tratamento de 45 dias custa cerca de R$ 400), mas "vale a pena, claro se seu uso for associado a mudanças na alimentação".
Fitoterápicos exigem atenção
O nutrólogo João Curvo diz que boragináceas como a pholia magra e a porangaba atuam no sistema nervoso central como supressoras do apetite e ainda possuem atividade lipolítica, de queimar gorduras - devido a sua quantidade de cafeína e de ácido alantóico, dois de seus principais constituintes químicos.
- A cafeína promove aumento da termogênese (gasto energético) e acelera o metabolismo, podendo ainda aumentar a disposição para atividade física - diz ele.
- A erva age como um diurético leve. Por conter cafeína e devido à presença do ácido, pode reduzir a celulite e a gordura localizada. Suas substâncias $ém têm ação nos vasos linfáticos melhorando a circulação - completa Patricia Haiat.
João Curvo, no entanto, avisa: mesmo em se tratando de fitoterápicos, nada de automedicação e "não é porque um remédio é natural que ele deixa de ser um remédio". As boragináceas, lembram ele, aceleram o metabolismo e podem deixar o paciente agitado, com taquicardia e dificuldades para dormir.
- Por isso é importante a droga ser receitada por um especialista. Mas realmente há metabolismos que precisam ser acelerados e a Pholia magra pode ser muito útil se acompanhada de restrição alimentar - explica João Curvo.
Ricardo Meirelles, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, lembra que alguns fitoterápicos envolvem risco justamente pela inexistência de estudos clínicos que comprovem eficácia e efeitos colaterais. Além disso, "é muito difícil controlar a dosagem de receitas preparadas em farmácias de manipulação".
- O que sempre vemos é que, para perder peso, o que adianta é adotar, e manter a longo prazo, uma alimentação balanceada, aliada à prática de atividade física. Há casos em que medicamentos podem ajudar. É um consenso médico não acreditar nesses modismos.
Após 5 meses de desafio, eles contam as mudanças que tiveram que fazer. No fim da série, participantes dão dicas de como levar vida mais saudável.
Em junho deste ano, o Bem Estar propôs um desafio a 5 brasileiros que queriam ajuda para perder peso e mudar o estilo de vida.
Ao lado de uma equipe de especialistas e do ex-jogador Raí, eles iniciaram o quadro ‘Viva mais leve’ em busca de uma vida mais saudável. Na época, juntos eles pesavam 443 kg; nesta sexta-feira (23), 5 meses depois, eles voltaram ao programa e subiram de novo todos juntos na balança – o resultado foi 385 kg, 58 kg a menos.
Além da perda de peso, os participantes ganharam muito também na saúde. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, essa mudança de hábitos e estilo de vida fica muito mais fácil quando envolve a família e os amigos, que acabam se reeducando também.
Foi o caso do paulistano Paulo Froner, de 45 anos, que começou o desafio com 115 quilos e, com a ajuda da família e dos especialistas, perdeu 18 kg. Durante esse tempo, ele trocou o carro pela bicicleta, reduziu o consumo de bebida alcoólica e passou a comer alimentos mais saudáveis. Ele reduziu também o nível de gordura no fígado, o colesterol, o risco de diabetes e cirrose e também teve grande melhora no seu sono.
Outra personagem da capital paulista, a Adriana, também fez grandes mudanças e começou uma vida cheia de compromissos. Quando procurou o Bem Estar, ela estava com 69,5 kg, e dizia que não tinha tempo para se exercitar porque tinha que cuidar do filho pequeno.
Com a ajuda dos especialistas, ela reorganizou a vida, colocou o filho em uma escolinha e descobriu um espaço no dia para se cuidar. O resultado foi 7,5 kg a menos na balança, a redução da medida da cintura e melhora na capacidade cardiovascular.
A gestora de eventos Rosângela chegou ao programa com 88,5 kg e teve que mudar toda a rotina da sua família. Além de freqüentar a academia, ela diminuiu também a fritura dentro de casa, trocou o açúcar pelo adoçante e incorporou as frutas à dieta – mudanças que a fizeram chegar aos 77 kg. A paulistana, que tinha pressão alta e pré-diabetes, eliminou todos esses problemas junto com o excesso de peso.
De Goiânia, a empresária Lucirene também participou do desafio, trocou o salto alto pelo tênis, diminuiu a quantidade de massas e aumentou a ingestão de salada na alimentação.
Ela começou a correr também e incorporou uma academia dentro de casa com alguns aparelhos que já tinha, atitude que a fez sair dos 84,5 kg para os 67,5 kg – 17 kg a menos. Fora isso, ela normalizou os níveis de colesterol e reduziu as chances de problemas nas articulações.
A dona de casa Rosineide, de Fortaleza, descobriu durante o quadro que tinha compulsão alimentar e passou a se tratar com um psiquiatra e também com medicamentos. Fora isso, ela mudou os hábitos alimentares e também da família, o que fez com que seus filhos perdessem peso e também mudassem a rotina dentro de casa.
Imagem mostra os cinco participantes - Lucirene, Rosineide, Paulo, Adriana e Rosângela, no começo do desafio em junho deste ano (Foto: José Paulo Cardeal/TV Globo)
Imagem desta sexta-feira (23) mostra todos os participantes 5 meses após a mudança de hábitos (Foto: Pedro Meletti/TV Globo)