sábado, 19 de janeiro de 2013

Deficiência de vitaminas na idade adulta pode levar a doenças na velhice



A falta de ingestão de vitaminas e minerais essenciais não é algo muito comum, sendo que a maioria das pessoas não precisa suplementar sua dieta. Entretanto, uma pequena deficiência nesses níveis de vitaminas – como o selênio e a vitamina K – pode se acumular levando a diversas doenças com o avanço da idade, diz uma pesquisa publicada no periódico FASEB, publicação da Federação Americana para Biologia Experimental.
“Entender como medir de maneira mais efetiva e definir diretrizes para uma melhor nutrição pode levar ao desenvolvimento de tecnologias que possam personalizar as necessidades de cada indivíduo de uma forma mais realista do que é feito atualmente”, diz Joyce McCan, pesquisadora do Hospital Infantil e Instituto de Pesquisa Oakland, nos EUA, e principal autora da pesquisa. “Se os princípios da hipótese que demonstramos com a vitamina K e selênio – encontrada em frutos do mar, carnes, alguns grãos e derivados do leite – forem verdade para outras vitaminas e minerais, isso pode trazer novas formas de pensar a adequação suplementar.”
A equipe liderada por McCan chegou às conclusões apresentadas na sua pesquisa a partir de uma metanálise feita por pesquisas anteriores. Além disso, os pesquisadores fizeram testes que comprovaram que as proteínas dependentes de selênio para serem metabolizadas no organismo são mais resistentes à deficiência do mineral do que outras proteínas e processos no corpo humano. Isso quer dizer que essas proteínas, quando há baixa do composto, podem limitar a absorção do selênio em outros processos no organismo.
Esse redirecionamento e consequente deficiência do mineral podem levar a pequenas alterações nas proteínas dependentes do selênio e resultar em futuras condições de saúde relacionadas com o envelhecimento, como o câncer, doenças do coração e diminuição na imunidade ou nas funções cerebrais. Essas conclusões devem levar ao desenvolvimento de mecanismos para que se possa localizar deficiências de vitaminas e minerais e a um melhor tratamento dessas deficiências.
“Talvez a ingestão de um multivitamínico possa diminuir essas deficiências e prevenir algumas condições, a partir das conclusões sugeridas nesse artigo”, finaliza Gerald Weissman, responsável pela aprovação do estudo na FASEB.


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