sábado, 1 de dezembro de 2012

Comprometimento cognitivo pode reduzir a longevidade



Mesmo nos casos leves, os problemas de cognição têm impacto similar às doenças crônicas

Problemas cognitivos: mesmo nos casos leves, o comprometimento pode reduzir a longevidade
Problemas cognitivos: mesmo nos casos leves, o comprometimento pode reduzir a longevidade (Thinkstock)
O comprometimento cognitivo, mesmo quando detectado de maneira precoce, é um sinal significativo da redução das taxas de sobrevida. De acordo com um novo e longo estudo realizado pelo Instituto Regenstrief e pela Universidade de Indiana, esse comprometimento – principalmente os moderados a severos -, tem um impacto na longevidade similar às condições crônicas, como diabetes ou insuficiência cardíaca. A pesquisa foi publicada no Annals of Internal Medicine.

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  1. Cognição: conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer
"Estudos anteriores associaram o comprometimento cognitivo com um aumento no risco de morte, mas a maioria desses trabalhos focou em pacientes com Alzheimer e em pessoas em centros voluntários. Os pacientes no nosso estudo refletem melhor o público em geral", diz Greg A. Sachs, professor da Escola da Medicina da Universidade de Indiana. Segundo o especialista, mesmo o comprometimento cognitivo leve, que pode ser diagnosticado por uma simples triagem no consultório medico, tem um impacto forte nas taxas de longevidade dos indivíduos.
O comprometimento cognitivo afeta a memória e o pensamento. De quatro a cinco milhões de pessoas nos Estados Unidos (país onde foi realizada a pesquisa) têm demência, e o número de indivíduos afetados é significativamente alto quando os com comprometimento leve são incluídos na conta. Acredita-se que a prevalência do comprometimento cognitivo em todos os estágios aumente conforme a população envelhece.
O estudo acompanhou, por 13 anos, 3.957 pacientes entre 60 anos e 102 anos. A triagem, feita entre 1991 e 1993, mostrou que 3.157 não tinham comprometimento cognitivo, 533 tinham comprometimento leve e 267 tinham comprometimento moderado ou severo. Durante o acompanhamento, 57% dos pacientes sem comprometimento morreram, frente a 68% daqueles com casos leves e 79% dos com moderado ou severo. O tempo médio de sobrevida foi de 138 meses para pacientes sem comprometimento, 106 meses para os leves e 63 meses para casos moderados a severos.

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