quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Metade dos brasileiros está acima do peso e 15% da população já é obesa




Consultor Roberto Kalil e endocrinologista Claudia Cozer tiraram dúvidas.
Rio Branco é a capital com o maior índice, seguida do Rio e de Fortaleza.


Perder de 5% a 10% do peso em 6 meses a 1 ano já traz benefícios aos níveis de pressão, colesterol, frequência cardíaca e do coração em geral. É que, quanto menor a superfície corporal de uma pessoa, menos o músculo cardíaco precisa trabalhar para bombear sangue e menos obstruídas ficam as artérias. Isso diminui as chances de infarto e derrame cerebral, as duas principais causas de mortes no Brasil.
Mais da metade (52%) dos homens e 44% das mulheres no país têm sobrepeso. Ao todo, 15% da população está obesa. Rio Branco é a capital com o maior índice, seguida do Rio de Janeiro e de Fortaleza, enquanto Palmas fica em último no ranking, como a mais saudável.

O Bem Estar desta quinta-feira (12) teve a presença do cardiologista Roberto Kalil, que também é consultor do programa, e da endocrinologista Claudia Cozer, que falaram sobre os riscos da obesidade para o coração e a saúde em geral. Segundo a médica, o ideal é emagrecer gradativamente para não voltar a engordar. Tanto que até 40% dos pacientes bariátricos, que têm uma perda rápida, recuperam o peso total ou parcialmente.
Obesidadexcoração valendo (Foto: Arte/G1)
No estúdio, também participou o advogado Alexandre Berthe, que após uma cirurgia de redução de estômago já perdeu 30 quilos (de 124 para 94 kg) e baixou o índice de massa corporal (IMC) de 39 para 30 e o diâmetro da cintura de 122 para 107 centímetros. Ele contou como essa experiência está mudando a sua vida.

O colesterol total de Alexandre reduziu de 247 mg/dl para 150 mg/dl. O HDL (colesterol bom) era 51 mg/dl e passou para 29 mg/dl. Já o LDL (ruim) era 162 mg/dl e agora está em 102 mg/dl. Os triglicérides dele estavam em 172 mg/dl e, no novo exame, são 96 mg/dl. Kalil disse que o HDL dele ainda está baixo, mas deve subir com a prática de exercícios físicos.
 
O café da manhã de Alexandre, antes da operação, era apenas meio copo de água. Hoje ele ainda bebe a mesma quantidade de água, mas come 1/3 de pão francês com requeijão light. O almoço dele era baseado em picanha, torresmo, pastel, arroz, pouca cebola e tomate, e refrigerante - ou seja, uma refeição com poucas vitaminas e proteínas e excesso de gordura.
Atualmente, ele come 50 g de purê de mandioquinha, 50 g de arroz, meio filé de frango, um pouco de agrião e meio copo de água. No jantar, o advogado costumava consumir dois pedaços de pizza, queijo e presunto enrolados e um copo de refrigerante. Hoje ingere meio copo de suco de melancia, duas bolachas água e sal e dois queijinhos.

Na série Pensando Leve, a manicure Alexandra Silvério, que pesa 142 quilos, explicou que resolveu tomar uma decisão radical e eliminar pelo menos 30 quilos sem cirurgia após a morte de uma irmã e do namorado. Fábio pesava 225 quilos e esperou meses pela autorização do plano de saúde para colocar um balão gástrico que o ajudaria a emagrecer, mas não resistiu antes de isso acontecer. Agora, para Alexandra, perder peso é uma questão de sobrevivência.

A manicure passa muito tempo sentada e não gasta a energia que adquire por meio de uma alimentação desequilibrada, com muitos doces, e do sedentarismo. E a obesidade se repete na família: a irmã Adriana morreu aos 29 anos, um irmão têm excesso de peso e outra irmã fez redução de estômago.

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