quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Maconha na adolescência reduz a capacidade intelectual



Pesquisa divulgada nos Estados Unidos registrou uma queda de oito pontos no QI de usuários que começaram a fumar a droga antes dos 18 anos de idade

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Queda no QI não foi observada entre usuários que começaram a fumar maconha após os 18 anos (Doug Menuez/Thinkstock)
Fumar maconha regularmente durante a adolescência reduz a capacidade intelectual de forma permanente na vida adulta, aponta uma pesquisa publicada nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

O levantamento comparou o quociente intelectual (QI) de mil neozelandeses aos 13 anos e aos 38, incluindo fumantes regulares de maconha e não usuários. Entre os usuários que começaram a fumar na adolescência -- com o cérebro ainda em desenvolvimento -- e continuaram com o hábito até a fase adulta, houve uma queda de oito pontos no QI. Já entre os não usuários, o QI subiu até um ponto. "Em média, o QI deve permanecer estável à medida que a pessoa envelhece", explica a responsável pela pesquisa Madeline Meier, psicóloga da Universidade de Duke.

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A queda do QI não foi atribuída a diferenças na educação ou por abuso de outras substâncias, como álcool e outras drogas, destacou Meier.
 
Os que começaram a fumar maconha na adolescência também registraram piores resultados em testes de memória, concentração e raciocínio rápido. Os que abandonaram a maconha ou reduziram seu uso até um ano antes do teste dos 38 anos apresentaram os mesmos déficits intelectuais.
 
Período vulnerável - Por outro lado, os usuários que começaram a fumar maconha na idade adulta -- após os 18 anos -- não tiveram sua capacidade intelectual reduzida. "A adolescência é um período particularmente vulnerável no desenvolvimento do cérebro", destacou a pesquisadora. Os jovens que começam a fumar cedo "podem estar interrompendo processos normais chave para o cérebro", e de forma permanente.
 
Meier especula que um estudo mais aprofundado pode ajudar a determinar se abandonar a maconha por mais de um ano permitiria "recuperar a capacidade" intelectual. "Não estudamos isto, mas é definitivamente possível", concluiu ela.

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