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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Manga é antioxidante; confira 8 alimentos e seus benefícios


Saiba mais sobre manga e outros alimentos da primavera Foto: Getty Images
Saiba mais sobre manga e outros alimentos da primavera
Foto: Getty Images

Michelle Achkar
A estação das flores também destaca algumas frutas e hortaliças. Assim como em outras temporadas, a primavera é época de safra de alguns alimentos. É vantagem consumir itens que estão em alta, pois oferecem maiores quantidades de nutrientes do que os cultivados fora de época.
O cheiro e a cor mais fortes são características dos alimentos de safra, além do sabor mais intenso. Além de ganhar na saúde e no paladar, é possível ainda fazer economia, já que tais produtos costumam estar com preços mais baixos.
A nutricionista Marina Capella, da Clínica Dicorp, no Rio de Janeiro (RJ), fez uma seleção de oito alimentos em época de safra e destaca os principais nutrientes e os benefícios à saúde. Confira:
Abacaxi
Rico em vitamina C , que tem importante papel na produção de colágeno da pele, influencia na saúde e também nos processos de cicatrização e de envelhecimento cutâneo.
Abóbora
Possui um mineral que reduz a sensação de fadiga e participa da absorção de proteínas e carboidratos. Também é rica em vitamina A , em vitaminas do complexo B (B1, B2) e C. Entre os minerais, é excelente fonte de fósforo, potássio, cálcio, silício, magnésio, ferro, cloro.
Alcachofra
Contribui para o equilíbrio da flora intestinal favorecendo o crescimento de lactobacilos e bifdobactérias, que ajudam a aumentar várias funções imunes do organismo.
Banana
Fornece vitamina B6 e o aminoácido triptofano, que estão envolvidos na atividade da serotonina, um neurotransmissor relacionado com a sensação de bem-estar.
Brócolis
Rico em vitamina C. Para manter os índices de vitamina C, que ajuda a produzir colágeno, é importante também atentar para o consumo de alimentos com vitamina D (gema de ovo, fígado, manteiga, peixes), pois sua falta torna o colágeno mais instável e mais facilmente degradável. Também possui carotenoides, do tipo zeaxantina, e a luteína, que estão relacionadas com a proteção contra o desenvolvimento de doenças como a degeneração macular e catarata, pois fazem a filtragem dos raios ultravioletas na região. Outro benefício é o fornecimento de sulforanos, compostos que estão relacionados à redução da ocorrência de determinados tipos de câncer.
Espinafre
Alimento que contém vitamina C, que auxilia na absorção de ferro, além de ser antioxidante, prevenindo os danos provocados pelos radicais livres. Entre os carotenoides, possui os mesmos encontrados no brócolis, a zeaxantina e a luteína, que protegem os olhos contra doenças, como degeneração e catarata.
Mamão
A fruta contém papaína, enzima que auxilia na digestão dos alimentos e absorção de nutrientes pelo organismo, além de vitaminas A, C e do complexo B. Possui também sais minerais, tais como: ferro, cálcio e fósforo.
Manga
Também rica em vitamina C , oferece ao corpo ácido gálico, um polifenol com atividade antioxidante e anticarcinogênica. Entre os carotenoides, possui betacaroteno que tem função antioxidante, e também pode ser encontrado na cenoura.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estudo revela que romã tem poder antioxidante maior que o vinho




Para pesquisadores, semente e polpa da romã têm alto teor de flavonóides e outros potentes antioxidantes. Foto de Arquivo
Para pesquisadores, semente e polpa da romã têm alto teor de flavonóides e outros potentes antioxidantes. Foto de Arquivo
RIO - Ela surgiu na região do sudoeste asiático, entre o Mediterrâneo e o Irã, e, nos textos bíblicos, é associada às paixões e à fecundidade. Na crença popular nacional, atrai dinheiro. Para pesquisadores, as sementes e a polpa da romã, o fruto da romãzeira, têm muito mais poderes: um alto teor de flavonoides (antocianinas) e outros potentes antioxidantes, como vitamina C, e ação de proteção contra câncer. Tanto que especialistas da Embrapa Agroindústria de Alimentos, em parceria com a Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), e a UFRJ iniciaram estudos visando melhorar a produção do fruto no Brasil e estimular o seu consumo entre os brasileiros.
E eles têm bons motivos para apostar nessa pesquisa. Estudos prévios, realizados na Universidade de Baroda, na Índia, já mostraram que a romã tem três vezes mais capacidade antioxidante que o vinho e o chá verde - tradicionalmente os mais incensados por tal característica.
E, apesar de os médicos ainda não recomendarem seu consumo para prevenir ou tratar doenças da próstata, inclusive o câncer na glândula, uma investigação da Universidade da Califórnia indicou que o suco de romã diminui a velocidade de aumento do antígeno prostático específico, o PSA, um marcador para o tumor maligno. Segundo os primeiros resultados, a bebida ajudaria a reduzir a multiplicação de células cancerígenas.
Nessa pesquisa, apresentada há dois anos no Congresso Americano de Urologia, médicos acompanharam 48 pacientes por seis anos. Eles bebiam cerca de 240ml de suco de romã por dia. Entre 15 e 60 meses depois, 60% dos pacientes apresentaram redução do PSA.
Isso é bem provável, afirma Regina Isabel Nogueira, coordenadora da pesquisa com a romã na Embrapa. Até porque as propriedades antiinflamatórias e vermífugas do fruto são conhecidas há bastante tempo:
- A romã pode ser considerada um dos melhores alimentos funcionais, isto é, além de nutrir, ela traz benefícios à saúde. É um potente antioxidante que auxilia na eliminação de excesso de radicais livres no organismo, as moléculas que em grande quantidade aceleram o envelhecimento e favorecem o aparecimento de doenças.
O problema é que há poucas áreas no Brasil, como o semiárido nordestino, onde o fruto pode ser cultivado em grande quantidade e com qualidade. Daí a importância do estudo da Embrapa. Os pesquisadores buscam produzir o melhor fruto - adaptado ao solo e ao clima brasileiro - entre espécies selecionadas lá fora, e usá-lo de diferentes maneiras. Tudo será aproveitado.
- Precisamos ver, por exemplo, se a atividade antioxidante encontrada no fruto cultivado aqui será tão boa quanto o produzido lá fora. Trouxemos espécies de diferentes países e estamos analisando vários aspectos. Por exemplo, algumas frutas são mais doces, outras nem tanto - diz Regina. - Ainda não sabemos qual vai se adaptar melhor e terá o sabor mais agradável ao paladar brasileiro.
Consumo também em forma de suco
A romã pode ser consumida em forma suco (inclusive em pó). Já o seu óleo é obtido por prensagem das sementes. A pesquisa ainda prevê a opção de cristalizar a casca, expondo-a em contato com a calda de açúcar para reduzir em até 50% o teor de água. Com isto, aumenta-se o tempo de conservação da fruta e seu peso e volume diminuem, gerando economia no custo de transporte, além de adocicar seu sabor levemente ácido.
- Esse processo é simples e pode despertar o interesse de produtores. A romã poderá ser consumida de forma semelhante ao gengibre cristalizado - explica. - O mercado para produtos extraídos da romã é grande em todo o mundo. Porém, in natura, ainda é um fruto caro para a maioria da população. Cerca de um 1kg sai por quase R$ 15. Porém se conseguirmos uma boa mistura, de qualidade, o consumidor não precisará comprar tantos frutos para ter seus benefícios.
No Brasil, o chá à base de casca de romã tem sido consumido como antibiótico, mas isso ainda precisa ser mais bem pesquisado, assim como os benefícios de outras formas de preparo da fruta. Sementes, casca e polpa estão sendo estudados.