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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Novo cálculo de Índice de Massa Corporal deixa baixinhos mais gordos


Matemáticos da Universidade de Oxford descobriram que fórmula atual não leva em conta o ganho de peso natural relacionado ao crescimento das pessoas mais altas.




Baixinhos mais gordos com o novo cálculo do Índice de Massa Corporal
Foto: Divulgação
Baixinhos mais gordos com o novo cálculo do Índice de Massa Corporal Divulgação
RIO - Um novo cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC) feito pela Universidade de Oxford faz com que pessoas de baixa estatura sejam consideradas mais gordas. Os matemáticos descobriram que a fórmula atual do cálculo não leva em conta o ganho de peso natural de uma pessoa mais alta e recalcularam o índice, daí a diferença.
O professor Nick Trefethen calculou a nova fórmula após descobrir que o atual IMC, ao dividir o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado, dava um resultado excessivo para pessoas altas e pequeno demais para pessoas baixas. A nova fórmula é calculada da seguinte forma: 1,3 X peso (em quilogramas)/ altura (metros).
— Neste caso pessoas mais baixas são levadas a pensar que são mais magras do que na realidade são. E pessoas altas acham que são mais gordas. Merecemos uma explicação sobre o motivo pelo qual as autoridades de saúde usam esta fórmula — disse Trefethen ao jornal “The Telegraph”.
O IMC, calculado pelo cientista belga Adolphe Quetelet em 1830, é usado pelos médicos até hoje para saber se o paciente tem sobrepeso ou é obeso e determinar riscos para a saúde como pressão alta e doenças cardíacas. Como é feito hoje, o cálculo supõe um modelo de crescimento no qual se cresce mais rapidamente do que se ganha massa corporal.
Um IMC entre 18,5 e 24,9 é normal; menos de 18,5 é considerado abaixo do peso; entre 25 e 29,9 sobrepeso; e acima de 30, obeso. Para quem tem 1,50m a nova fórmula acrescenta um ponto de IMC, por exemplo, o suficiente para mudar uma pessoa da categoria sobrepeso para obeso. O contrário também acontece: uma pessoa com 1,80m perde um ponto de IMC pelo novo cálculo.
— O IMC é apenas um entre muitos fatores e inevitavelmente nem todos se enquadram no padrão. Sabemos que o IMC é um bom indicador populacional, mas nem tão bom assim individualmente — acredita Trefethen.

domingo, 14 de outubro de 2012

IMC - Tabela contestada



Pesquisadores gaúchos colocam em xeque um famosa fórmula que mostra se um indivíduo está ou não obeso. Bastante popularizado, o método, conhecido como Índice de Massa Corporal (IMC), sempre foi contestado. Os nutricionistas Gabriel Piccini de Carvalho e Lisandra Orlandini e o cardiologista Ubirajara de Carvalho realizaram durante um ano uma pesquisa de campo com mulheres acima dos 20 anos, para comprovar o perigo na sua utilização. 

O problema é que a tabela leva em conta apenas a altura e o peso. Uma pessoa obesa e outra com muita massa muscular podem ser enquadradas na mesma categoria. Um caso típico é a jogadora de basquete Karina Rodriguez, da equipe Knorr-Lamen. O cálculo de seu IMC a situa na faixa das pessoas com sobrepeso. "Se eu fosse gorda, não teria sido a cestinha do ano", brinca Karina, referindo-se ao fato de ter marcado mais pontos que qualquer outra jogadora no campeonato nacional. 

O contrário também ocorre, e quem está obeso pode se achar bem de saúde porque seu IMC não atinge o número marcado na tabela. "Isso expõe a pessoa a doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer, uma vez que ela não procura tratamento", diz Ubirajara de Carvalho. 

"A fórmula é importante para estudos populacionais amplos", afirma o especialista em medicina esportiva Bruno Molinari. "Mas para os casos individuais há métodos melhores." Um deles é o exame de bioimpedância, que mede a quantidade de gordura ao passar uma leve corrente elétrica pelo corpo do paciente, dos pés até as mãos. Quanto mais gordura, mais resistência à eletricidade. O teste da jogadora Karina revelou 25% de gordura - dentro do normal. Outro teste que mostra se a pessoa está obesa é o do consumo máximo de oxigênio, chamado de espirometria. "A relação entre gás carbônico e oxigênio expirados durante um exercício indica se a pessoa está queimando gordura ou simplesmente o carboidrato dos alimentos que ingeriu", explica Molinari. 

O teste mais simples, porém, é o exame de dobras cutâneas, feito com um aparelho chamado adipômetro. Semelhante a um alicate, ele mostra a quantidade de gordura em cada parte do corpo. No estudo dos cientistas gaúchos, 90% das pessoas consideradas normais pelo IMC tinham mais gordura do que o ideal, segundo o adipômetro.