sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Mulheres entre 50 e 60 anos mostram mais compaixão



  • Estudo americano descreve padrão no qual jovens e adultos têm menos sensibilidade aos problemas de terceiros, ao contrário de pessoas de meia idade. Pesquisa avaliou comportamento emocional de mais de 75 mil adultos nos EUA



Mais paciência. Pessoas de meia idade têm mais sensibilidade em relação aos questionamentos de terceiros
Foto: Fábio Rossi / Agência O Globo
Mais paciência. Pessoas de meia idade têm mais sensibilidade em relação aos questionamentos de terceiros Fábio Rossi / Agência O Globo
NOVA YORK - Mulheres na faixa dos 50 e 60 anos têm mais probabilidade de reagir emocionalmente às experiências de terceiros e também tentam se colocar no lugar das outras pessoas, segundo um estudo com mais de 75 mil adultos nos EUA.
— De uma forma geral, adultos na meia-idade mostram mais compaixão, mas as mulheres mais que os homens da mesma idade e que pessoas mais novas — diz Sara Konrath, coautora de um artigo sobre o tema na “Journals of Gerontology: Psychological and Social Sciences”.
Para o estudo, pesquisadores analisaram dados sobre compaixão de três grandes amostras de adultos americanos, duas das quais tiradas de uma pesquisa nacional representativa. Eles encontraram consistentes evidências de um padrão em formato de U invertido ao longo da expectativa de vida, com jovens e adultos relatando menos compaixão, ao contrário de pessoas de meia idade.
De acordo com o relatório, esse padrão acontece porque as habilidades cognitivas e a experiência emocional aumentam na primeira parte da vida adulta e diminuem na segunda metade. Mas mais pesquisas são necessárias para entender se este padrão é resultado da idade e experiência de cada indivíduo ou um efeito geral que reflete a socialização de adultos que estão na meia idade.
“Americanos nascidos nos anos 50 e 60, os de meia idade nas nossas amostras, foram criados durante movimentos sociais históricos, de direitos civis aos de contracultura e essas mudanças podem ter enfatizado os sentimentos e as perspectivas de outros grupos”, escreveram os autores.

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