quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Diabetes contribui para piora da capacidade cognitiva em idosos, aponta estudo.



Pesquisadores observaram que declínio de memória e raciocínio é mais rápido entre pessoas com a doença

Função cognitiva: mulhers que vivem em vizinhanças mais pobres têm habilidades como memória, atenção e percepção diminuídas
Função cognitiva: ter diabetes pode contribuir para que piora da cognição seja maior (Thinkstock)
O comprometimento da cognição, ou seja, a piora da memória, do raciocínio, da percepção e de outros processos mentais, que ocorre naturalmente conforme a idade avança, pode ser maior se um idoso sofrer de diabetes. Essa é a conclusão de um novo estudo publicado na edição deste mês do periódico Archives of Neurology e desenvolvido na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Saiba mais

COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer
Essa pesquisa acompanhou, durante dez anos, 3.069 idosos com idade média de 74 anos. Ao longo do estudo, eles responderam a questionários e realizaram testes que avaliaram a capacidade cognitiva de cada um. Os pesquisadores observaram que os indivíduos que já sofriam de diabetes no início do trabalho foram aqueles que tiveram os piores resultados nas avaliações de memória, raciocínio e outros aspectos da cognição. Além disso, esses participantes demonstraram as maiores taxas de declínio da capacidade cognitiva ao longo da pesquisa.

Segundo os autores do estudo, embora algumas pesquisas já tenham apontado para a relação entre diabetes, declínio cognitivo e risco de demências, como a doença de Alzheimer, pouco se sabe sobre as consequências da doença entre idosos. “Esse trabalho suporta a ideia de que idosos com diabetes têm reduzida sua capacidade cognitiva de maneira mais intensa, e que a falta de controle da glicose na corrente sanguínea contribui para esse quadro”, afirmam os pesquisadores no artigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário